Lemann e sócios aceitam colocar mais dinheiro na Americanas e AMER3 dispara 10% fora do Ibovespa
Proposta em discussão entre sócios e credores da Americanas prevê capitalização de R$ 24 bilhões, contando aporte e conversão de dívida em ações
Os bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles resistiram o quanto puderam, mas cederam à pressão dos credores e agora aceitam fazer um aporte imediato de R$ 12 bilhões para encerrar o processo de recuperação judicial da Americanas (AMER3).
Pela nova proposta apresentada pelos sócios de referência, outros R$ 12 bilhões em dívidas seriam convertidos em participação acionária em favor dos bancos aos quais a Americanas deve.
A proposta anterior previa aporte de R$ 10 bilhões por parte dos sócios de referência e a conversão em equities de R$ 10 bilhões em dívidas.
Na prática, a proposta na mesa eleva de R$ 20 bilhões para R$ 24 bilhões a expectativa de capitalização da Americanas.
Está prevista ainda a recompra antecipada de R$ 8,7 bilhões em dívidas.
Se o acordo prosperar, a varejista sairá do processo de recuperação judicial com uma dívida bruta de R$ 1,875 bilhão — bem menos que os R$ 42,3 bilhões reconhecidos durante a atual crise da empresa.
Leia Também
Em reação à notícia, AMER3 subia 10% na primeira hora do pregão, cotada a R$ 0,88 por ação.
- ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? Analistas da Empiricus Research revelam suas principais recomendações para o mês em entrevista completa para o Youtube do Seu Dinheiro. Assista agora:
Um resumo da crise da Americanas
A atual crise da Americanas começou em janeiro, quando o então CEO Sergio Rial revelou a existência de um rombo contábil de aproximadamente R$ 20 bilhões.
No mês seguinte, Lemann, Sicupira e Telles foram autorizados a abrir uma linha de crédito por meio do qual poderiam emprestar até R$ 2 bilhões à Americanas.
Desse montante, a empresa já sacou até agora R$ 1,5 bilhão e tem prazo de 24 meses para devolver o dinheiro ao trio (a 128% do CDI).
Em março, a justiça acatou o pedido de recuperação judicial da varejista.
Três meses depois, a Americanas admitiu se tratar de uma fraude. Os lançamentos fraudulentos no balanço da companhia totalizavam R$ 21,7 bilhões em setembro de 2022.
No fim de setembro, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) chegou ao fim em Brasília sem apontar responsabilidades pela fraude.
Agora no início de outubro, dias antes da notícia do acordo, a Americanas veio a público informar que não conseguiu nenhuma oferta atraente pelo grupo Uni.co, dono das lojas Imaginarium e Puket.
Saída da recuperação judicial da Americanas depende de reapresentação de balanços
Antes que qualquer acordo seja efetivado, porém, a Americanas precisa republicar os balanços auditados de 2021 e 2022.
O trabalho de auditoria está a cargo da BDO desde junho, quando a companhia dispensou os serviços da PricewaterhouseCoopers (PwC).
A expectativa é de que a auditoria dos balanços dos últimos dois anos seja concluída até o fim do mês.
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total