A troca de comando da Petrobras (PETR4), que é destaque do noticiário nos últimos dias, recebeu mais um importante sinal verde nesta segunda-feira (27). Mas, mesmo em meio à nova dança das cadeiras, a estatal não interrompeu sua política de desinvestimentos e retomou o processo de venda de três ativos de seu portfólio.
As refinarias Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, e Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul, integram o plano de desinvestimento em refino da petroleira.
A meta da estatal é negociar oito ativos - incluindo as estruturas logísticas integradas a eles - que representam 50% da capacidade de refino nacional, com processamento diário 1,1 milhão de barris de petróleo.
A venda de um deles, a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), foi concluída em novembro do ano passado. Além disso, a Petrobras já assinou o contrato de outros três ativos e está em fase vinculante da negociação da Refinaria Gabriel Passos (REGAP).
"As operações integram o compromisso firmado pela Petrobras com o Cade em junho de 2019 para a abertura do setor de refino no Brasil", destaca a empresa em nota.
As três últimas refinarias na prateleira da Petrobras (PETR4)
Portanto, a notícia de hoje marca o reinício das negociações das últimas três refinarias do plano. A Petrobras (PETR4) venderá 100% de sua participação em todos os ativos.
Os pacotes da RNEST, REPAR e REFAP incluem uma refinaria, dois terminais de armazenamento e um conjunto de oleodutos de curta e longa extensão que interconectam as plantas aos terminais.
O sistema de conexão também possibilita acesso direto à cadeia de suprimento de petróleo e ao mercado consumidor brasileiro de derivados de petróleo a partir dos três estados.
Critérios para participação
Para as empresas interessadas no negócio, o teaser liberado pela Petrobras traz, além das informações sobre cada uma das refinarias, os critérios que devem ser atendidos pelos compradores.
A participação no processo só poderá ocorrer se a companhia atender a pelo menos uma das seguintes exigências:
- se for uma empresa do setor de óleo e gás, registrar receita bruta superior aos US$ 3 bilhões em 2021 e possuir e operar ativos de produção, refino, transporte, logística, varejo, comercialização ou distribuição de petróleo e/ou seus derivados.
- ou, caso seja player financeiro, possuir ativos sob gestão em valor superior a US$ 1 bilhão.
Além disso, os interessados também serão vetados caso estejam incluídos nas listas restritivas do Office of Foreign Assets Control, Cadastro de Empresas Inidôneas e Suspensas, Cadastro Nacional de Empresas Punidas e Empresas impedidas de transacionar com a Petrobras.