🔴 [EVENTO GRATUITO] COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE AQUI

Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
I GOT THE POWELL

Inflação dá trégua nos EUA e investidor comemora — será que o CPI pode mudar os planos do Fed?

Banco central norte-americano anuncia na quarta-feira (14) a última decisão de política monetária do ano e a expectativa era de uma redução no ritmo de alta do juro

Carolina Gama
13 de dezembro de 2022
15:00 - atualizado às 15:13
Imagem mostra Jerome Powell como grande estrela do mercado financeiro
Imagem: Shutterstock, com intervenções de Andrei Morais

Wall Street está celebrando nesta terça-feira (13) dados de inflação mais mornos do que o esperado. O Nasdaq, por exemplo, chegou a subir mais de 3% após a abertura das negociações em Nova York — não só pela desaceleração do índice de preços ao consumidor norte-americano (CPI, na sigla em inglês), mas também de olho no Federal Reserve (Fed)

O banco central norte-americano anuncia amanhã (14) a última decisão de política monetária do ano, e o que muito investidor se pergunta agora é se o CPI será capaz de mudar os planos do Fed. 

Repetidas vezes, Jerome Powell, presidente do BC dos EUA, disse que um dado isolado não é o suficiente para mudar os planos do Federal Reserve em relação ao aumento da taxa de juro — que atualmente está na faixa de 3,75% a 4% ao ano. 

Nas palavras do próprio Powell, para que a trajetória do aperto monetário seja alterada, o Fed precisa estar convencido de que a inflação finalmente está cedendo. 

Então vamos olhar mais de perto o comportamento do CPI nos últimos meses. O gráfico abaixo mostra a evolução do CPI em 2022, na comparação anual:

Fonte: Fonte: U.S. Bureau of Labor Statistics

Desde junho de 2022, quando atingiu o pico de 9,1% na variação anual, o índice de preços ao consumidor norte-americano vem desacelerando até chegar em 7,1% de novembro. 

E aqui cabe uma ressalva: o CPI não é a medida preferida do Fed para a inflação e sim o PCE, sigla para índice de preços para gastos pessoais — que também vem desacelerando nos últimos meses, segundo dados do Departamento do Comércio dos EUA:

  • Janeiro: 6,1%
  • Fevereiro: 6,4%
  • Março: 6,8%
  • Abril: 6,4%
  • Maio: 6,5%
  • Junho: 7,0%
  • Julho: 6,4%
  • Agosto: 6,2%
  • Setembro: 6,3%
  • Outubro: 6,0%

Inflação fará o Fed baixar o juro?

Como diria o velho ditado: “devagar com o andor, o santo é barro”. O momento da redução do juro nos EUA ainda não chegou, mas tudo indica que o Fed deve reduzir o ritmo de alta a partir de amanhã. 

Há algumas semanas, Powell sinalizou ao mercado que a ideia do banco central era pegar mais leve com o aumento da taxa — até mesmo para evitar que a economia mergulhe em uma recessão, afinal, nem mesmo os EUA aguentam quatro elevações seguidas de 0,75 ponto percentual (pp) como vem acontecendo. 

O relatório de emprego de novembro, o chamado payroll, divulgado na sexta-feira (9), chegou a colocar uma grande interrogação entre os investidores sobre se a alta de 0,50 pp para o encontro de amanhã ainda seguia válida. Mas o CPI divulgado hoje devolveu a esperança de que o Fed vai seguir uma trajetória bem menos agressiva de aperto monetário. 

O que dizem os especialistas

Para James Knightley, economista-chefe internacional do ING, a inflação mais fraca é sinal de que o pico da taxa de juro nos EUA está próximo. 

“Como o Fed foi prejudicado no passado com a narrativa de uma inflação transitória, acredito que terá cautela ao declarar agora o arrefecimento dos preços. A aposta para amanhã continua sendo de uma alta de 0,50 pp”, afirmou. 

Já Thomas Felmate, diretor e economista sênior da TD Economics, lembra que apesar de as pressões inflacionárias mostrarem arrefecimento, o núcleo da inflação ainda é três vezes maior do que a meta de 2% do Fed. 

“Embora suspeitemos que a hora de começar a reduzir os aumentos chegou — com uma alta de 0,50 pp para amanhã — acreditamos que os membros do comitê de política monetária ainda precisarão ver mais convicção nos dados antes de desistir do ciclo de aperto”, disse.

Os analistas da Schwab afirmam em relatório que o dado de inflação de hoje acalmou o mercado sobre a possibilidade da manutenção de aumentos agressivos do juro. 

“Continuam trabalhando com um cenário de alta de 0,50 pp para o juro na decisão do Fed de amanhã”, afirmaram.

Compartilhe

DE OLHO NAS REDES

Por que a China deve colocar “panos quentes” para impedir que as coisas piorem (ainda mais) no Oriente Médio? 

19 de abril de 2024 - 18:29

Enquanto as coisas parecem ficar cada vez mais delicadas no Oriente Médio, com os ataques do Irã a Israel no último final de semana, os mercados lá fora não parecem estar muito alarmados com a possibilidade de uma escalada no conflito — o que poderia ser desastroso para a economia global.  E uma das explicações […]

ESCALANDO…

É o fim da guerra das sombras? A mensagem do revide de Israel ao Irã para o mundo — e não é o que você espera

19 de abril de 2024 - 14:15

O mais recente capítulo desse embate aconteceu na madrugada desta sexta-feira (19), quando Israel lançou um ataque limitado ao Irã

RECADO DADO

A punição de Biden: EUA não perdoam ataque a Israel e castigam o Irã — mas o verdadeiro motivo das sanções não é econômico

18 de abril de 2024 - 13:17

O Tesouro norte-americano anunciou medidas contra uma dezena de pessoas e empresas iranianas e ainda avalia restrições ao petróleo do país, mas, ao contrário do que parece, medidas também mandam uma mensagem a Netanyahu

GUERRA QUENTE

Por essa nem Putin esperava: a previsão que coloca a Rússia à frente da maior economia do mundo

17 de abril de 2024 - 18:41

O Fundo Monetário Internacional (FMI) atualizou as projeções para a economia russa e os números revelam o segredo de Putin para manter o país em expansão

COM OU SEM CHAMPANHE?

O maior bilionário do planeta ficou quase R$ 30 bilhões mais rico hoje. O que fez a fortuna do dono da Dior e da Louis Vuitton disparar?

17 de abril de 2024 - 17:55

O patrimônio do magnata de luxo francês acompanha a valorização das ações da LVMH; conheça os números do conglomerado que animaram o mercado hoje

DECRETO CONTINUA

Milei tem vitória no “STF” da Argentina e mantém decreto em vigor, mas batalha ainda não terminou  

17 de abril de 2024 - 10:31

Mesmo que a Corte resolvesse barrar o DNU, Milei ainda tem uma carta na manga: ele poderá indicar até dois novos juízes para o tribunal

MAGNATA INDONÉSIO

Como este bilionário que você provavelmente não conhece transformou uma fortuna de US$ 5 bilhões em US$ 51 bilhões de em um ano

16 de abril de 2024 - 19:33

O magnata asiático da indústria de energia conseguiu multiplicar a sua fortuna em dez vezes em um ano; entenda o que aconteceu

ELON MUSK TINHA RAZÃO?

Invasão da China: como Biden e Trump querem frear os elétricos chineses liderados pela BYD nos EUA

16 de abril de 2024 - 18:58

Os veículos elétricos ainda não são vendidos no país, mas despertam cada vez mais preocupação de políticos e empresários do segmento, que colocam planos para barrar a maré vermelha à prova

A VIDA VAI MELHORAR (?)

Segura, Javier Milei: Argentina terá inflação de “apenas” 150% em 2024, mas contração econômica será maior, diz FMI

16 de abril de 2024 - 16:47

As projeções para 2025 melhoram, com a expectativa de que a inflação fique em 45% no ano e a atividade econômica cresça 5% em relação a 2024

ÁGUA NO CHOPE DO MERCADO

Juros em alta? Presidente do Fed fala pela primeira vez após dado de inflação e dá sinal claro do que vai acontecer nos EUA — bolsas sentem

16 de abril de 2024 - 15:35

A declaração de Powell voltou a sacudir os mercados: Wall Street devolveu ganhos, com o S&P 500 no vermelho, e os yields (rendimentos) dos títulos do Tesouro norte-americano voltaram a disparar

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar