Pátria reage contra oferta hostil da Capitânia pelo fundo imobiliário (FII) PATC11. Como ficam os investidores?
Pouco mais de uma semana após a oferta da Capitânia ser aprovada pela B3, o Pátria declarou publicamente que considera a operação desvantajosa para os cotistas
Os telespectadores brasileiros estão ansiosos pela estreia (e as tretas) de mais uma edição do Big Brother Brasil. Mas, para quem acompanha o mercado de fundos imobiliários (FIIs), o fogo no parquinho já está acontecendo há alguns dias e fica cada dia mais intenso.
Tudo começou quando a Capitânia Investimentos anunciou a intenção de fazer uma Oferta Pública de Aquisição de Cotas (OPAC) do Pátria Edifícios Corporativos (PATC11).
Como a operação não foi negociada com o Pátria Investments, gestor do FII, temos aqui um típico caso de oferta hostil, que costuma ser mais comum em empresas com ações na bolsa.
Pouco mais de uma semana após a oferta da Capitânia ser aprovada pela B3, o Pátria decidiu reagir e declarou publicamente que considera a operação desvantajosa para os cotistas.
Em um comunicado divulgado na última sexta-feira (14), a gestora negou qualquer participação na oferta - feita por meio de fundos geridos pela Capitania e que detêm 44,52% das cotas do PATC11 - e reforçou que os investidores minoritários não são obrigados a vender suas cotas.
Barato demais para vender
O primeiro ponto que desagrada o Pátria é o preço oferecido na oferta: segundo o edital, a Capitânia pagará R$ 65 por cota a ser adquirida em leilão.
Leia Também
Apesar de se aproximar da cotação atual no mercado - a cota é negociada a R$ 65,57 nesta segunda-feira (17), com alta de 0,43% -, o preço está distante do valor patrimonial do fundo.
De acordo com a Pátria, na data base de 31 de dezembro do ano passado, o indicador estava em R$ 86,51 por cota. Ou seja, há um desconto de 25% em relação ao valor oferecido para a venda.
A avaliação dos imóveis do portfólio, em R$ 13.315/m², também fica de 42% a 53% abaixo do custo de reposição. “Uma adesão à oferta significa renunciar ao investimento no fundo em um de seus vales históricos de preço, movimento injustificável sob qualquer análise de fundamento imobiliário”, destaca o comunicado.
Jovem demais para morrer
Um dos objetivos por trás da proposta da Capitânia é destravar o valor do investimento. Para isso, a gestora deixou claro que pretende liquidar o FII após a compra e capturar os ganhos com a venda de aproximadamente R$ 300 milhões em ativos imobiliários.
E esse é outro ponto fraco da oferta na visão da Pátria. Para eles, uma transação dessa magnitude em um ano ainda assombrado pela pandemia de covid-19, a chegada das eleições e o ciclo de alta dos juros “não deve maximizar os ganhos ao investidor”.
Para reforçar que a liquidação seria precoce, a gestora defende que o FII pode se valorizar muito no médio prazo: “O PACT11, desde meados de 2021, está totalmente alocado, com um portfólio de ótimos ativos a preços competitivos, contratos saudáveis e bons inquilinos”.
Além disso, ainda segundo o comunicado, a gestão conta com um pipeline robusto para novas transações, “a ser continuamente trabalhado até que se abra uma janela para novas captações e/ou se desenhe uma estrutura de alavancagem adequada”.
E o investidor?
É claro que, sendo um produto importante da casa, a Pátria Investimentos defenderia com unhas e dentes a permanência dos investidores para a manutenção do PACT11.
Mas, para quem não se convenceu com os argumentos e está interessado em vender suas cotas, o leilão está marcado para a próxima segunda-feira (24).
No caso do investidor que decidir não vender suas cotas e permanecer no PACT11, há dois cenários mais prováveis para o futuro caso a OPAC da Capitânia tenha sucesso.
O primeiro é a possibilidade de lucrar com a venda futura dos ativos do fundo, caso a Capitânia seja capaz de vendê-los em condições melhores.
Já o segundo cenário considera que, em caso de imprevistos na negociação dos imóveis, os investidores terão que lidar com um ativo com baixa (ou nenhuma) liquidez no mercado até que o impasse seja solucionado.
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
