Softbank: cenário de inflação e juros altos pode afetar valuation das startups
Líder do SoftBank no Brasil, Alex Szapiro aponta que liquidez pode ser menor neste ano, mas vê isso como algo cíclico.

Com o derretimento das ações das empresas de tecnologia desde o ano passado, muitos olhos se voltaram ao SoftBank, um dos maiores investidores globais nesse setor. Conhecido pelos aportes vultosos em startups promissoras, o grupo japonês é uma das razões por trás do sucesso de empresas como Uber, Alibaba e WeWork.
Mas será que o atual cenário macroeconômico global pode fazer o SoftBank mudar de estratégia? Não é o que parece, pelo menos na visão de Alex Szapiro, líder do SoftBank no Brasil e parceiro operacional do SoftBank Group International. O executivo participou de evento do Itaú BBA nesta quinta-feira (7), onde conversou com jornalistas.
Ainda que os aportes devam seguir, Szapiro reconhece que a conjunção de inflação e juros altos pode afetar o valuation das startups, ou seja, o resultado da medição de quanto vale a empresa. E isso afeta diretamente a quantidade de capital que ela conseguirá captar.
Acontece de forma semelhante às aberturas de capital na bolsa de valores, os IPOs. Quando o mercado está bem, é mais fácil que uma empresa consiga estrear na bolsa mesmo com um valuation questionável. Num cenário de crise, essa possibilidade se esgota.
Mas, para o ex-CEO da Amazon Brasil, quando uma empresa é, de fato, boa, ela o é em qualquer circunstância.
“Imagine como estariam empresas de sucesso hoje se desse uma dor de barriga na economia mundial e não tivessem investido nelas. Não existiria Facebook, AirBnb, Amazon, Tesla, etc”, exemplificou Szapiro.
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Dentre as empresas que já receberam aporte do Latin American Fund, fundo do SoftBank voltado a investimentos na área de tecnologia da região, estão Banco Inter, Nubank, Avenue, Rappi, QuintoAndar, Loft, entre outras.
SoftBank vê momento mais lento para investimentos
Apesar de reconhecer que os juros mais altos globalmente afetam os investimentos de maneira geral, Szapiro destacou que isso faz parte de ciclos.
“A beleza do venture capital é que estamos olhando para um negócio para os próximos 10, 15, 20 anos”, disse o líder do SoftBank no Brasil. “Pode ter momentos mais lentos e momentos mais rápidos, mas quando você estica o prazo, geralmente é uma reta ascendente.”
Szapiro aponta que o estoque global dos fundos de venture capital hoje está na casa de US$ 900 bilhões. Ou seja, uma hora ou outra, esse dinheiro será alocado.
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