Depois de frustrar as expectativas dos analistas ao anunciar prejuízo operacional de US$ 10 bilhões com o negócio ainda embrionário do metaverso e assistir sua base de usuários encolher pela primeira vez na história, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, teve seu próprio momento de frustração.
Isso porque o tombo que a dona do Facebook levou na NYSE — um dos maiores da história de Wall Street — foi o suficiente para tirar o bilionário da lista dos 10 mais ricos do mundo, atualizada em tempo real pela Forbes.
A empresa perdeu US$ 230 bilhões em valor de mercado quase instantaneamente após a divulgação dos seus resultados decepcionantes do quarto trimestre de 2021, levando junto a fortuna de Zuckerberg.
De uma hora para outra, o CEO da Meta perdeu mais de 25% do seu patrimônio, o que equivale a US$ 30 bilhões.
E agora?
Segundo informações obtidas pela Bloomberg, em resposta ao derretimento da companhia, Zuckerberg convocou reunião com os funcionários da Meta, em que defendeu que a empresa aumente o foco em produtos em vídeo.
O CEO ainda teria afirmado que o resultado é fruto da expectativa de que a empresa registre receitas frustrantes no trimestre corrente. E repetiu que a Meta tem enfrentado um nível de competição muito maior com o TikTok se tornando cada vez mais relevante.
De acordo com as fontes ouvidas pela Bloomberg, Mark Zuckerberg usava óculos e tinha os olhos vermelhos enquanto falava.
Ainda disse que seus olhos poderiam ficar cheios de lágrimas durante o discurso, não por estar assistindo sua empresa perder valor a uma velocidade impressionante, mas sim por ter arranhado o olho.
Fica, vai ter bolo
No dia 15 de fevereiro, ações distribuídas a título de remuneração aos colaboradores da Meta perdem suas restrições, ou seja, poderão ser negociadas no mercado. Além disso, o mês de março é quando, tradicionalmente, a empresa toma suas decisões sobre bonificações e promoções.
Isso fez com que a direção da companhia se preocupasse com uma possível debandada de funcionários e anunciasse algumas medidas na tentativa de mitigar esse risco.
Apesar de ter descartado a adoção de uma semana de trabalho de quatro dias, Zuckerberg defendeu a utilização dos dias de férias por funcionários que estejam se sentindo esgotados e deixou aberta a porta para fins de semana prolongados.