Elon Musk bagunçou o coreto: depois de suspender acordo para comprar o Twitter, agora ele desistiu de desistir
O homem mais rico do mundo alega estar incomodado com a falta de informações sobre o número de contas falsas e spams na rede social
Elon Musk simplesmente não sossega. Depois de anunciar a suspensão temporária do acordo para a compra do Twitter, agora ele diz que desistiu de desistir.
O anúncio da suspensão temporária do acordo foi feito hoje pela manhã - ainda era madrugada na Califórnia - pelo próprio CEO da Tesla. Via Twitter, claro.
“O acordo com o Twitter está temporariamente suspenso à espera de detalhes confirmando cálculos de que a proporção de contas spam ou falsas realmente representam menos de 5% dos usuários”, escreveu Elon Musk, com link para uma reportagem da agência de notícias Reuters.
Depois do anúncio do acordo, no fim de abril, Elon Musk mencionou como uma de suas prioridades a remoção dos "bots de spam" da plataforma.
No início de maio, a empresa havia estimado que contas falsas ou de spam representavam menos de 5% de seus usuários ativos diários monetizáveis durante o primeiro trimestre.
Leia Também
Em reação à pretensa suspensão, as ações do Twitter chegaram a cair mais de 20% no pré-mercado em Nova York.
Elon Musk e seu interminável 'morde-assopra' com o Twitter
Mal houve tempo para entender o que estava acontecendo quando Elon Musk atacou novamente.
Pouco mais de duas horas depois de suspender o acordo de US$ 44 bilhões, o bilionário "mudou de ideia" de novo.
Na mensagem seguinte, em resposta a si mesmo, o homem mais rico do mundo declara-se "ainda comprometido com a aquisição.
O comentário adicional sobre o tema retirou parte da pressão sobre os papéis do Twitter, mas a queda ainda era forte.
Nos primeiros minutos de pregão em Nova York, a ação - cujo BDR pode ser encontrado na B3 sob o ticker TWTR34 - recuava cerca de 10% em relação ao fechamento de ontem.
E agora, dona SEC?
O Twitter ainda não se pronunciou sobre a suspensão do acordo. Também não houve manifestação por parte da Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM norte-americana).
Um acordo entre Musk e a xerife do mercado de capitais dos Estados Unidos proíbe o bilionário de se manifestar nas redes sociais sobre a Tesla, a montadora de carros elétricos da qual ele é CEO, sem a autorização de advogados.
Embora o acordo não abranja o Twitter, não será de espantar que em breve a SEC busque um acerto nos mesmos moldes.
Afinal, ainda que Elon Musk tenha planos de fechar o capital da empresa, ela ainda é uma companhia de capital aberto.
O que se sabe até o momento é que autoridades regulatórias estão passando um pente-fino no acordo entre Musk e o Twitter.
- SIGA A GENTE NO INSTAGRAM: análises de mercado, insights de investimentos e notícias exclusivas sobre finanças.
Twitter perdeu US$ 9 bilhões em valor de mercado desde acordo com Elon Musk
O fato é que, antes mesmo da bagunça promovida hoje por Elon Musk, a compra do Twitter pelo bilionário estava longe de ser uma certeza para parte do mercado.
Alguns investidores já consideram, inclusive, haver o risco de a transação melar, embora uma cláusula do acordo entre as partes estipule multa de US$ 1 bilhão caso Elon Musk desista do negócio.
No fim de abril, Musk concordou em pagar o equivalente a US$ 54,20 por ação. Na sessão de ontem, o papel fechou a US$ 45,08.
Além de um recuo de 13% no período, o movimento representa uma queda de US$ 9 bilhões em valor de mercado para o Twitter.
Investidores colocam acordo em dúvida
Embora o conselho de administração do Twitter tenha aprovado a compra, ainda pode levar meses para que um acordo seja fechado. E nada garante que isso venha a se concretizar.
“O mercado está tendo um pouco menos de confiança de que o acordo será concluído devido a questões regulatórias”, disse Mark Mahaney, analista da Evercore ISI, citado pela CNBC.
Dan Ives, analista da Wedbush Securities, estima que há 90% ou mais de chance de que o acordo seja fechado, mas levanta alguns pontos que poderiam melar o negócio.
Além da questão regulatória, ele considera controverso o plano de Musk para financiar a transação.
Segundo Ives, o plano está alavancado na participação detida pelo bilionário na Tesla e participantes do mercado temem que Musk desista do negócio caso não consiga mitigar potenciais impactos sobre as ações de sua montadora.
A única certeza, prossegue Ives, é de que o assunto está longe de se esgotar.
“Isso é uma novela. Ainda teremos muitos capítulos diferentes.”
*Com informações da Reuters e da CNBC.
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026