Um gestor multimercado aposta em Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3). Outros dois preferem ficar vendidos em bolsa. Quem está certo?
Gestores de fundos multimercado, Damont Carvalho (Claritas), Bruno Cordeiro (Kapitalo) e Felipe Guerra (Legacy) dividem suas estratégias

Alta nas commodities, disparada da inflação e bancos centrais em todo o mundo se mexendo para conter o avanço dos preços. De maneira resumida, é nesse cenário macro que os investidores têm navegado desde o final do ano passado - alguns melhores que outros.
Dizem que mar calmo nunca fez bom marinheiro, e, no caso dos mercados, o furacão atual tem formado ótimos navegadores. É o caso dos gestores Damont Carvalho, da Claritas, Bruno Cordeiro, da Kapitalo, e Felipe Guerra, da Legacy.
Eles são responsáveis pela estratégia de três fundos multimercado que estão se destacando em 2022 até agora. Durante o painel Multimercados da Semana de Fundos Vitreo, os gestores detalharam sua visão de curto prazo para o cenário macroeconômico e o que eles enxergam de promissor para você colocar na carteira.
O diferencial dos capitães dos fundos multimercados é a necessidade de ter uma visão holística do oceano e seus movimentos. Isso gera diferentes estratégias para um mesmo objetivo: manter o barco na superfície em meio a um furacão. Confira as escolhas de cada um deles:
Claritas em Petro e Vale
Damont Carvalho, da Claritas, considera que o cenário de commodities mais pressionado beneficia as empresas brasileiras exportadoras, aumentando a geração de caixa. Por isso, ele aponta as clássicas Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) como boas opções.
"Caso acabe a guerra na Ucrânia, as commodities podem até cair temporariamente, mas, mesmo assim, Petrobras está barata", aponta o gestor. "Vale também está gerando caixa de três ou quatro vezes o Ebitda (luro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)".
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Sem citar nomes, Carvalho também acredita que há boas oportunidades nas small caps, mas diz que falta "ambiente macro" para comprá-las.
Legacy vendida em bolsa
Na ponta oposta do navio, Felipe Guerra, da Legacy, afirma que os juros altos e a inflação persistente formam um ambiente desfavorável para a bolsa. Para ele, o ideal é ficar vendido tanto em bolsa quanto em dólar.
"A gente está direcionando o portfólio nesse sentido e tentando usar a volatilidade do mercado a nosso favor", conta.
Ao mesmo tempo, Guerra afirma que tem trabalhado com posições tomadas em juros, petróleo e ouro - esta última, uma estratégia de médio prazo.
"Gosto de aproveitar esses movimentos de juros pra cima, nos quais o ouro cai, para ir compondo opções de alta de ouro", explica.
Kapitalo quer commodities
Bruno Cordeiro, da Kapitalo, concorda com Guerra e acha que o ambiente não está propício para ativos de risco. No entanto, ainda que as commodities façam parte desse grupo, ele tem aproveitado para colocá-las na carteira.
"Tratamos commodities de maneira separada, não operamos índices. Há poucas commodities hoje que estamos vendidos", detalha.
O gestor relata que um caso recente de operação vendida em café deu muito certo. Com o Brasil sendo o maior exportador de café do mundo e a Rússia um grande importador, a Kapitalo decidiu se defender um pouco.
"O que pode acontecer, às vezes, é ter aversão a risco muito forte. O dólar anda, sai capital no setor e a commodity acaba caindo no curto prazo. Então a gente fez uma operação vendida no café, pois o mercado estava muito comprado. Do ponto que a gente fez a operação, o café caiu uns 15%", conta.
Veja abaixo a rentabilidade dos fundos dos gestores nos últimos meses:
Fundo | % mês | % ano | % 12 meses |
Claritas Total Return | 3,25% | 6,63% | 2,60% |
Kapitalo K10 | 4,14% | 8,23% | 44,61% |
Legacy Capital II | 5,00% | 10,55% | 8,77% |
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