Seguindo o caminho de reorganizar seus negócios, a Ultrapar (UGPA3) informou nesta terça-feira (12) ter pedido autorização para compartilhar as operações da Ultragaz com a Supergasbrás. A parceria inclui também o uso de toda a infraestrutura das bases de armazenamento e envaze de gás de cozinha (GLP).
Agora, o negócio depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
O objetivo é aproveitar as eficiências operacionais de cada empresa, permitindo, entre outras coisas, que a Ultragaz amplie sua presença no mercado, passando das atuais 19 bases para um total de 25.
O documento enviado pela Ultrapar (UGPA3) também reforça que não haverá alterações na operação comercial das companhias.
Outro negócio importante para a Ultrapar (UGPA3)
Dona da rede de postos Ipiranga, a Ultrapar (UGPA3) vem se movimentando bastante no mercado nos últimos anos, em busca de ganhar mais eficiência e gerar valor aos negócios geridos pela empresa.
Um desses movimentos ganhou a autorização do Cade há poucas semanas: a venda da Extrafarma para a Pague Menos (PGMN3).
A operação milionária demorou mais de um ano para ser aprovada com restrições, mas representa um passo importante para a companhia, já que fazia parte do processo de enxugamento de seu portfólio. Neste caso, a rede de farmácias não tinha grandes impactos no balanço de sua controladora.
Reação das ações
Os papéis da Ultrapar (UGPA3) na bolsa estão entre os que sofrem com o clima de aversão ao risco ao longo deste ano. Desde o início de 2022, as ações recuam 16,8%. No entanto, alguns analistas do mercado acreditam que esse ainda é um ativo "atrasado". Ou seja, a holding pode se beneficiar tanto de sua revisão de portfólio quanto do ambiente de competição entre distribuidores de combustível.
