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Guilherme Valle
GUERRA CAMBIAL

Rússia vai exigir que países opositores paguem pelo gás em rublos; entenda os objetivos por trás da decisão

Medida pode causar interrupções no fornecimento de gás russo para a Europa e serve como contra-ataque às sanções que isolaram o país economicamente

Guilherme Valle
23 de março de 2022
16:11 - atualizado às 13:03
Presidente da Rússia, Vladimir Putin
Vladimir Putin, presidente da Rússia - Imagem: Shutterstock

Após uma série de sanções econômicas impostas à Rússia pelos países ocidentais, o governo Putin tenta contra-atacar na mesma moeda. A partir de agora, nações consideradas ‘hostis’ pelo Kremlin precisarão pagar pelo gás russo em rublos — dólares ou euros não serão mais aceitos.

A medida tem como objetivo conter o derretimento da moeda russa, que já amarga uma desvalorização de 30% no ano — apenas no dia em que foram anunciadas as medidas mais drásticas contra o governo Putin, o rublo chegou a cair 20%.

O crescente isolamento da economia russa levou Putin a dar um ultimato: governo e banco central teriam de encontrar uma solução para o problema em uma semana. A saída encontrada foi passar a exigir pagamentos em moeda local, dando a volta nas sanções com a ajuda dos próprios países que decidiram adotá-las.

A Rússia se aproveita de ser responsável pelo fornecimento de 40% de todo o gás utilizado na Europa, o que significa um consumo diário na faixa entre 200 e 800 milhões de euros.

Quem quiser comprar esse gás terá de comprar rublos primeiro, o que garantiria à Rússia acesso à euros e dólares.

A fala teve desdobramentos imediatos no mercado de hidrocarbonetos: o barril de petróleo Brent voltou a valer mais de 120 dólares, e o gás natural também disparou. 

Do lado russo, o rublo ganhou alguma força, beirando 6% de ganho até às 14:25. Mesmo assim, desde o início da guerra a moeda russa já recuou quase 17%.

Problemas para a Europa

Mas… quem a Rússia considera como nação hostil? A lista inclui importantes compradores do gás russo, como toda a União Europeia e a Grã-Bretanha. O grupo concentra aproximadamente 70% do gás que a Rússia exporta.

A Alemanha, principal economia da UE e dependente do gás vindo da Rússia, ainda não se pronunciou sobre a decisão. Mas o segundo maior comprador de gás da Europa, a Itália, não gostou nada da ideia. 

O conselheiro para assuntos econômicos do primeiro-ministro italiano, Francesco Giavazzi, disse, em evento da Bloomberg, que pagar em rublos enfraqueceria o regime de sanções adotado pelos países europeus.

Interrupção no fornecimento

E os problemas não param por aí: quem compra gás diretamente da Gazprom, estatal russa que detém o monopólio para exportação do combustível, também poderá enfrentar grandes desafios. 

A exigência de pagamento em rublos pode levar a renegociações contratuais — o que poderia culminar numa interrupção no fornecimento, mesmo que temporária. Isso agravaria a crise energética na Europa, já que aproximadamente 58% de todo gás exportado pela Gazprom é pago em euros, e 39% em dólares. 

Nos primeiros 15 dias deste mês, a empresa exportou diariamente uma média de 384 milhões de metros cúbicos de gás para toda a Europa.

*Com informações da Bloomberg e da Al Jazeera

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