Fed deixa a porta aberta para elevar juros em março; veja a decisão do banco central dos EUA e a reação dos mercados
Autoridade monetária já vinha dando sinais de que a taxa básica iria subir ainda no começo deste ano para conter a inflação no maior nível em quase 40 anos
O Federal Reserve (Fed) vai enfrentar a turbulência dos mercados e a fúria da inflação com um aumento em breve dos juros, mantidos nesta quarta-feira próximos de zero. A sinalização deixa a porta aberta para o que os investidores esperavam: um aperto monetário mais agressivo em março.
“O Comitê busca alcançar o máximo de emprego e inflação à taxa de 2% no longo prazo. Em apoio a essas metas, o Comitê decidiu manter a faixa-alvo para a taxa de juros entre zero e 0,25% ao ano. Com a inflação bem acima de 2% e um mercado de trabalho forte, o Comitê espera que em breve seja apropriado aumentar a meta para a taxa básica de juros”, diz o Fed.
A porta aberta que deve levar à primeira elevação da taxa de juros desde dezembro de 2018 não surpreendeu e vem em resposta a uma inflação que chegou ao nível mais alto em quase 40 anos. Confira a reação dos mercados à decisão do Fed.
Nos últimos dias, as bolsas norte-americanas vinham sendo atingidas pelo temor dos investidores de que o Fed pudesse apertar a política monetária mais do que o esperado. Até o momento, os membros do comitê do banco central dos Estados Unidos indicam três elevações de juros neste ano.
O que diz o comunicado
O comunicado do comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) não forneceu um prazo específico sobre quando o aumento dos juros poderá ocorrer, mas tudo indica que o aperto monetário deve começar em março.
Isso porque as compras de títulos adotadas no auge da pandemia, em março de 2020, devem ser zeradas em março deste ano e o Fed já vinham indicando que assim que essas aquisições acabarem, o processo de aumento de juros aconteceria.
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Sobre essas compras, o banco central norte-americano indicou hoje que, a partir de fevereiro, o comitê irá adquirir US$ 20 bilhões mensais em títulos do Tesouro e US$ 10 bilhões em títulos lastreados em hipotecas por mês - nível muito abaixo dos US$ 120 bilhões até outubro de 2021.
“As compras e posse de títulos em curso pelo Federal Reserve continuarão a promover o bom funcionamento do mercado e condições financeiras acomodatícias, apoiando assim o fluxo de crédito para famílias e empresas”, diz o Fed.
Fed e seu balanço
O Fed indicou em um comunicado separado que começaria a encolher seu balanço patrimonial após aumentar as taxas, uma ação de aperto adicional que muitos investidores podem esperar que o banco central tenha evitado fazer imediatamente.
Em dezembro de 2021, o Federal Reserve deu início aos planos para começar a cortar a quantidade de títulos que detém, com seus dirigentes dizendo que uma redução no balanço deve começar algum tempo depois que a autoridade monetária começar a aumentar a taxa de juros.
Embora as autoridades não tenham feito nenhuma determinação sobre quando o Fed começará a liberar os quase US$ 8,3 trilhões em títulos que mantém, declarações do último encontro de 2021 indicaram que o processo poderia começar este ano, possivelmente nos próximos meses.
O Fed usa seu balanço patrimonial para, entre outras coisas, manter as condições financeiras facilitadas, garantir o bom funcionamento da economia e garantir o alcance de suas metas de pleno emprego e estabilidade de preços.
Em março de 2020, o banco central norte-americano passou a inflar seu balanço ao comprar títulos lastreados em hipotecas e também títulos do Tesouro. Conforme a economia dos Estados Unidos foi se fortalecendo dos efeitos da covid-19, essas aquisições de ativos foram sendo reduzidas para serem zeradas até março.
Economia, emprego e inflação
Sob os olhos do Fed, a economia norte-americana e o mercado de trabalho não são um problema, diferentemente do que acontece com a inflação.
Enquanto o banco central atesta que os ganhos de emprego foram sólidos nos últimos meses, e a taxa de desemprego diminuiu substancialmente nos Estados Unidos - ainda que alguns setores tenham sido afetados pelo aumento de casos de covid-19 no país - a inflação segue acima do tolerável.
“Os desequilíbrios da oferta e da demanda relacionados com a pandemia e a reabertura da economia continuaram a contribuir para níveis elevados de inflação”, diz o comunicado.
A inflação encerrou 2021 nos Estados Unidos em 7%, o nível mais elevado em quase 40 anos e também muito acima da meta de 2% ao ano.
Por trás dos sinais do Fed
Para Marcos Mollica, gestor do Opportunity Total, o Fed fez uma descrição do cenário econômico que mostra uma rápida aproximação dos seus objetivos de emprego e inflação. Em particular, indicou que irá utilizar “todas as suas ferramentas para garantir que a inflação não se torne arraigada à economia”.
"Portanto, embora a decisão tenha sido aproximadamente em linha com o esperado, a mensagem geral foi significativamente mais hawk [favorável ao aperto monetário]. Neste contexto, a pressão nas taxas intermediárias deve aumentar, uma vez que ainda precifica uma taxa de juros de fim de ciclo muito baixa, na nossa visão", disse.
João Beck, economista e sócio da BRA, alerta que sobre as chances de haver menos liquidez ao longo do ano e isso deve pesar nos mercados.
"Em outras ocasiões de ciclo de alta de juros, mercados norte-americanos performaram bem. Mas dessa vez a inflação ameaça de forma mais forte e já vemos alguns sinais de desaceleração da atividade econômica nos Estados Unidos (vide auxílio desemprego)", afirma.
O Goldman Sachs chama atenção para o fato de o Fomc divulgar um novo conjunto de princípios de normalização para reduzir o tamanho do balanço do Fed.
"Os princípios estabelecem que a redução do balanço terá início 'após o início do processo de aumento da faixa da para a taxa básica de juros', o que implica que o comitê pode decidir iniciar a normalização em qualquer reunião após março", diz.
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