O governo estava confiante com o cronograma de desestatização da Eletrobras (ELET6), que prevê a conclusão da venda da companhia em maio. Contudo, uma novidade vinda diretamente do Tribunal de Contas da União (TCU) pode chover na festa da privatização.
A pauta de julgamento da próxima semana foi divulgada nesta sexta-feira (8) e não prevê a análise da segunda etapa do processo. Vale relembrar que, sem o sinal verde do TCU, não há como prosseguir com a privatização, prometida para até 13 de maio.
Mais cedo, fontes do governo ouvidas pelo Broadcast revelaram rumores de uma ligação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para os ministro da Corte sobre a Eletrobras. Com isso, as autoridades disseram que, se a privatização não for julgada, será um caso de interferência política.
A estatal ainda pode entrar na pauta a qualquer momento se houver um pedido de Aroldo Ceraz, relator do processo. O ministro, porém, não estará em Brasília pelas próximas duas semanas e não deve julgar o assunto virtualmente, já que este é considerado o julgamente mais importe do ano no TCU.
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
Oferta secundária da Eletrobras (ELET6)
Enquanto aguarda a autorização da Corte, o governo federal já regulamentou, por meio de decreto, uma possível oferta secundária de ações da Eletrobras (ELET6) caso seja necessária para diluir o controle acionário da União durante a privatização.
A possibilidade de uma segunda oferta de ações da empresa estava prevista na medida provisória, já convertida em lei, que autoriza a desestatização.
A privatização será feita por meio de aumento de capital, que é a venda de novas ações no mercado, mas sem a participação da União, que hoje possui 51,82% das ações ordinárias.
A expectativa é que o volume de ações adquiridas por entes privados seja suficiente para diluir essa participação.