A maior criptomoeda do mundo viveu entre dias de luta e dias de glória. Durante a pausa para o feriado de carnaval aqui no Brasil, o bitcoin (BTC) chegou a avançar mais de dois dígitos em um único dia. Contudo, a guerra entre Rússia e Ucrânia praticamente apagou os ganhos da semana, depois de um fevereiro positivo.
Mesmo com uma queda de 4,51% no dia, a semana ainda deve terminar com alta de 3,07% para a maior criptomoeda do mundo. Assim, as moedas digitais do mundo acompanham o desempenho do bitcoin:
| # | Nome | Preço | 24h % | 7d % |
| 1 | Bitcoin (BTC) | US$ 40.655,40 | -4,51% | 3,07% |
| 2 | Ethereum (ETH) | US$ 2.668,88 | -5,57% | -2,13% |
| 3 | Tether (USDT) | US$ 1,00 | 0,00% | -0,03% |
| 4 | BNB (BNB) | US$ 386,67 | -3,63% | 4,56% |
| 5 | USD Coin (USDC) | US$ 0,9993 | -0,02% | -0,04% |
| 6 | XRP (XRP) | US$ 0,7322 | -1,99% | 2,07% |
| 7 | Terra (LUNA) | US$ 89,61 | -1,40% | 33,47% |
| 8 | Solana (SOL) | US$ 91,4 | -4,87% | -0,11% |
| 9 | Cardano (ADA) | US$ 0,8669 | -3,59% | -2,20% |
| 10 | Avalanche (AVAX) | US$ 78,11 | -0,44% | -0,46% |
De maneira semelhante, os fundos de índice, conhecidos como ETF, em criptomoeda caminham para uma semana mista.
O destaque especial vai para o QBTC11, o fundo da QR Capital que replica o preço à vista do bitcoin, que consegue avançar 2,99% nesta semana:
| Ticker | Gestora | Preço | Variação (24h%) | Variação (7d%) |
| HASH11 | Hashdex | R$ 36,35 | -8,32% | 0,97% |
| ETHE11 | Hashdex | R$ 40,06 | -9,80% | -3,07% |
| BITH11 | Hashdex | R$ 49,43 | -8,21% | 2,55% |
| DEFI11 | Hashdex | R$ 39,94 | -7,37% | -2,82% |
| QBTC11 | QR Capital | R$ 13,10 | -6,50% | 2,99% |
| QETH11 | QR Capital | R$ 9,89 | -10,17% | -3,04% |
| QDFI11 | QR Capital | R$ 7,09 | -5,47% | -3,14% |
O que podemos esperar da próxima semana?
Os investidores devem permanecer de olho nos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia. Rumores de um possível cessar-fogo já não movimentam mais o mercado, que agora espera por contornos mais bem definidos do conflito.
Para o final de semana, vale ficar de olho no Fear & Greed Index, o indicador de medo e ganância utilizado pelo mercado para calibrar o sentimento do investidor. Quanto mais próximo de 100, maior é a propensão ao risco do mercado.
Em outras palavras, os investidores ficam mais “gananciosos” e com menos medo do futuro, o que pode suscitar uma alta dos preços no curto prazo.
Na última quinta-feira (03), o índice chegou a ficar neutro em um determinado período, o que foi motivo de ânimo para o mercado. Contudo, o incêndio causado por um ataque russo a uma instalação nuclear piorou o sentimento geral dos mercados.
O que foi destaque esta semana
Bitcoin no centro da disputa entre Rússia e Ucrânia
Como as criptomoedas podem ajudar no meio de um conflito entre uma potência nuclear e uma ex-república soviética? A resposta não é simples, mas Lucas Schoch, CEO da Bitfy, deu algumas pistas de como o bitcoin apareceu no meio do conflito.
O fato de ser descentralizado torna o BTC uma reserva de valor como proteção contra o governo, tendo em vista que é impossível “tirar do ar” a blockchain das criptomoedas.
Bitcoin a US$ 44 mil
No primeiro dia de março o bitcoin atingiu os US$ 44 mil, em um movimento de alta que chegou a superar os dois dígitos.
Naquele ponto, o sistema de pagamento internacional, conhecido como Swift, já havia sido desligado a Rússia, o que gerou rumores no mercado de que o gigante do leste europeu poderia adotar o bitcoin como uma maneira de contornar as sanções de EUA e União Europeia.
O melhor do mês
Por falar em bom desempenho, a maior criptomoeda do mundo foi a medalha de ouro (digital) em fevereiro.
Mesmo com a forte valorização do ouro no mesmo período, o metal precioso teve uma alta de apenas 1,49%. Entretanto, vale lembrar que o avanço do preço do bitcoin se deve ao forte movimento de correção depois da forte queda de janeiro.
Real digital
O Banco Central divulgou nesta semana os ganhadores da primeira fase do LIFT Challenge, que busca empresas e entidades para ajudar a desenvolver aplicações para o real digital.
As moedas digitais de Banco Central (Central Bank Digital Currency ou CDBC) são uma alternativa para o mercado tradicional incorporar a tecnologia blockchain. Contudo, as aplicações dessas criptomoedas ainda são pouco claras.