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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

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O Banco Central adverte: a escalada da taxa Selic continua; confira os recados da última ata do Copom

Selic ainda vai subir mais antes de começar a cair, mas a alta do juro pelo Banco Central está próxima do pico

Campos neto escalando montanha
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, lidera a expedição do Copom rumo ao pico do Monte Selic. - Imagem: Shutterstock / Agência Brasil / Montagem Brenda Silva

Quem acompanha o intenso processo de aperto monetário conduzido pelo Banco Central (BC) entende que a escalada dos juros está perto do fim.

Entretanto, a equipe de alpinismo monetário de Roberto Campos Neto, o presidente do BC, ainda precisa de mais alguns metros — ou pontos-base — para chegar ao pico da taxa Selic.

A confirmação encontra-se na ata, divulgada hoje, da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, realizada na semana passada.

Monte Selic aumentou de tamanho

Até algumas semanas atrás, a maioria dos analistas de mercado via o nível de 13,25% ao ano como o pico da montanha de juros.

Na semana passada, quando a Selic finalmente chegou aos 13,25%, os diretores do BC disseram no comunicado que chegaram lá em cima e repararam que ainda havia mais o que subir.

O Copom “antevê um novo ajuste, de igual ou menor magnitude” para a próxima reunião de política monetária, programada para agosto, segundo o documento.

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A linguagem do comunicado foi confirmada na ata, divulgada na manhã de hoje.

Qual será o pico da taxa Selic?

A grande questão no momento é: qual será exatamente o pico do monte Selic?

O Copom antecipou que vai aumentar a taxa de juro em agosto. Deixou no ar se ela irá a 13,50% ou 13,75%.

Depois de argumentar que considera “apropriado que o ciclo de aperto monetário continue avançando significativamente em território ainda mais contracionista”, o Copom enfatiza na ata que “irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”.

Fim do ciclo de alta à vista

Embora alguns estejam revisando as projeções, os economistas consultados pelo Seu Dinheiro acreditam que os metros finais da escalada de juro do Banco Central — ou “taxa terminal”, no jargão mercado — encontram-se à vista.

“O Copom sinalizou uma taxa terminal dos juros mais alta por mais tempo”, afirmou Mirella Hirakawa, economista sênior da AZ Quest.

Para Mirella, o BC elevará a Selic a 13,75% em agosto e a manterá nesse nível por alguns meses.

Débora Nogueira, economista-chefe da Tenax Capital, prevê o mesmo movimento.

Segundo Claudio Ferraz e Bruno Balassiano, do BTG Pactual, a ata reforça a impressão, deixada já no comunicado, de “proximidade do fim do ciclo e a ausência de grandes reavaliações da Selic terminal”.

Na opinião de Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, “subir o juro para 13,50% ou 13,75% e mantê-lo por mais tempo nesse patamar é o suficiente” para que o Banco Central alcance o objetivo de trazer a inflação para a meta.

Copom pode subir a Selic ainda mais?

Os economistas citados até aqui consideram, baseados na ata, que o Banco Central levará a Selic a 13,75% e a manterá nesse nível até considerar que a inflação está sob controle.

Mas há quem acredite que o BC pode ir ainda mais longe na escalada dos juros.

Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações de renda variável da Ação Brasil, chama a atenção para o fato de o BC ter sugerido que apenas a "manutenção da taxa básica de juros por um período suficientemente longo não asseguraria, neste momento, a convergência da inflação para o redor da meta no horizonte relevante”.

Para ele, “serão necessários novos aumentos” nas reuniões seguintes à de agosto para que a inflação desacelere o suficiente para retornar para perto da meta de 4% ao fim de 2023.

“A cautela se dá não só pelos riscos locais, mas também pelo choque de oferta e da alta de juros ocorrendo no cenário externo, o que também pode contribuir para um inverno mais longo no Brasil, com a política contracionista imperando por mais tempo”, adverte Alves. “Só a inflação dirá por quantos meses isso irá acontecer.”

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