As cinco marcas de carros que mais se destacaram em 2022
Conheça as montadoras que se sobressaíram em mais um ano difícil para a indústria de carros, marcado por reviravoltas, surpresas e recuperação

Enquanto as entidades que representam as montadoras e importadoras de carros elaboram seus fechamentos do ano, tanto em produção quanto em vendas, os últimos dias de dezembro não vão mudar drasticamente os resultados no acumulado até a primeira quinzena de dezembro. Com base nessas informações, é possível constatar quem mais acelerou no ano que termina.
Nesta reportagem, vamos destacar cinco montadoras ou grupos que se sobressaíram em 2022, seja pelas boas vendas, mudanças de rumo, recuperação ou novos produtos, e têm tudo para continuarem brilhando em 2023.
Ford: estratégia que está dando certo
Após encerrar a produção de caminhões em São Bernardo do Campo (SP) no fim de 2019, e fechar as fábricas de carros de Camaçari (BA) e Taubaté (SP) em 2021, o destino da Ford não parecia muito promissor. Com portfólio limitado, a então fabricante passaria a ser apenas uma importadora.
No primeiro ano seria natural uma queda drástica de participação de mercado: de 7,14% em 2020 caiu para 1,91% em 2021. Até novembro deste ano só chegou a 1,05%.
Mas aos poucos a marca norte-americana se reestabelece. Lançou novas versões da picape Ranger, que só perdeu mercado porque sua sucessora fora anunciada com muita antecedência. Trouxe a picape média Maverick, ao mesmo tempo em que reestrutura sua rede de concessionárias (que passou de 283 para 110 lojas).
A estratégia, ao que tudo indica, deu certo: a marca comemora cinco trimestres seguidos com lucro na região. Nos três primeiros trimestres de 2023, a Ford conquistou Ebit de US$ 300 milhões na América do Sul.
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A engenharia brasileira, mesmo sem fábrica, continua contribuindo na lucratividade. A Ford reforçou seus centros de desenvolvimento em Tatuí (SP) e em Salvador e Camaçari (BA) gerando R$ 500 milhões em exportação de serviços. O objetivo é gerar mais receitas e tornar o Brasil em polo exportador de inteligência automotiva.
Os bons resultados a credenciaram para pleitear mais lançamentos de carros para o Brasil. Em 2023, estão prometidos dez novos carros ou versões da Ford.
Entre eles, a nova geração da Ranger e a Maverick Hybrid, aguardadas para o início do ano; o SUV elétrico Mustang Mach-e, a picape grande F-150, e três variações do comercial Transit: elétrica, Chassi e com transmissão automática.
Outros três lançamentos de carros ainda não foram divulgados, mas entre as possibilidades estão a nova geração do Territory, agora com 7 lugares; o novo Mustang, uma opção diferente do Bronco ou ainda o SUV Escape, do mesmo porte do Corolla Cross e Jeep Compass.
Honda: após frear em 2022, acelera firme em 2023

A marca de origem japonesa foi outra que teve o sinal de alerta aceso. No início de 2022, o showroom de suas lojas ficou restrito e parecia grande para ter apenas dois carros em exposição: City sedã e hatch. Saíram de cena Fit, WR-V, Civic e HR-V. Outros dois modelos importados, CR-V e Accord também tomaram chá de sumiço.
Depois de enxugar seu portfólio de forma drástica, a reestruturação veio com anúncio de cinco novidades para o mercado brasileiro: três SUVs, um sedã e um sedã esportivo.
Um deles, produzido no Brasil, chegou em duas fases. Em agosto, o reestilizado HR-V com motor aspirado e em novembro, o turbo.
O novo Civic, que era esperado para o fim deste ano, ficou para 2023, importado da Tailândia e híbrido.
Ainda no primeiro semestre a Honda deve iniciar as vendas do Civic Type R, vindo do Japão, com motor que extrapola os 300 cv de potência. Será um esportivo de nicho, pronto para enfrentar a versão GR do Toyota Corolla.
Outro bastante aguardado será o ZR-V, SUV do porte do Corolla Cross e acima do HR-V, que virá do México. Acima dele, o CR-V retorna híbrido provavelmente no segundo semestre.
A tática da Honda já deu certo. O City pulou de 6 mil vendidos em 2021 para 20.808 emplacamentos em 2022 (janeiro a novembro) após a chegada da nova geração.
O City Hatchback cumpre a missão em superar o Fit, que vendia 6.700 unidades no acumulado de 11 meses de 2021, versus 14.600 unidades do novo dois volumes, que começou suas vendas em março de 2022.
Com lineup reformulado e ofensiva eletrificada, a Honda tem forte potencial para melhorar sua participação de mercado, que foi de 5,3% em 2021 para 3,59% (comparando os acumulados de janeiro a novembro).
Hyundai: sem se acomodar

A marca de origem sul-coreana já vinha caminhando bem com seu compacto HB20, automóvel líder de vendas em 2021. Mas a Hyundai não se acomodou.
Uma atualização no visual e oferta de novos conteúdos foram ingredientes que ajudaram a manter o compacto no topo dos licenciamentos. O sedã, também reestilizado, tem forte potencial para crescer no segmento após o fim de carreira do VW Voyage junto com o Gol.
Mesmo com a carroceria antiga à venda, o novo Creta, que trouxe um visual polêmico, parece ter caído no gosto do brasileiro. Foi durante o ano, um dos SUVs mais vendidos e vai fechar 2022 entre os 4 ou 5 mais emplacados, superando o consagrado Jeep Renegade e o Fiat Pulse.
Se a sua postura arrojada permitir, espere mais lançamentos para o próximo ano, incluindo aquilo que falta à Hyundai: uma estratégia eletrificada, que pode estar a caminho a partir de 2023.
Caoa Chery: reviravoltas e novas apostas de carros

Eletrificação, aliás, foi a palavra de ordem na Caoa Chery, que teve um ano no mínimo diferente. Primeiramente, tirou de linha seu Tiggo 2, por não atender mais às novas normas de emissões.
Depois, anunciou o fechamento da fábrica de Jacareí (SP), concentrando a produção de seus veículos em Anápolis (GO) e tirando de linha um carro que nem havia completado um ano de mercado, o Tiggo 3x. O argumento é que a planta paulista passaria por adequações para reabrir em 2025, com a produção de modelos elétricos.
Em agosto, mais surpresas: a marca anunciava uma estratégia ousada de eletrificar seu portfólio. Todos os seus modelos passam a ter opções híbridas, convivendo com os similares a combustão interna, e a marca ainda iniciou as vendas do iCar, um subcompacto 100% elétrico.
A Caoa Chery encerra 2022 com pequeno recuo em participação de mercado (no acumulado de 11 meses entre 2021 e 2022 foi de 2,02% para 1,86%), sob nova direção – Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, herdeiro do fundador, falecido em 2021, assumiu a presidência do grupo em 1º de dezembro – e apostando forte na venda de veículos híbridos e elétrico.
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O gigante conglomerado não quer ser coadjuvante. Unindo forças e estratégias, Peugeot, Citroën e Ram dispararam suas vendas em 2022, enquanto Fiat e Jeep, mesmo enfrentando dificuldades com a paralisação de fábricas pela escassez de semicondutores e novos concorrentes, se mantêm firmes com modelos entre os mais vendidos.
A Jeep recebeu uma versão inédita híbrida do Compass e iniciou as vendas da picape Gladiator.
A Fiat fez barulho com seu principal lançamento do ano, o SUV Fastback, que ainda não “decolou”, mas manteve outros modelos — Mobi, Argo, Cronos, Strada e Toro — entre líderes ou mais vendidos de seus segmentos. A picape compacta, aliás, fecha pelo terceiro ano seguido como o veículo mais emplacado do país.
Mas os casos mais emblemáticos são as picapes Ram, que custam a partir de R$ 350 mil, ou seja, de alta rentabilidade, e esgotam rapidamente.
Tanto é que as concorrentes Chevrolet e Ford, de olho no filão, já anunciaram para 2023 a importação da Silverado e F-150, respectivamente.
O bom momento motivou a Ram a investir na produção de uma picape nacional de entrada, na fábrica de Goiana (PE), aguardada para 2023.
A Peugeot também viu suas vendas deslancharem: até novembro, alta de 51% sobre o mesmo período de 2021, quase 40 mil unidades, melhor resultado desde 2014. O market share da marca foi de 1,46% no ano passado para 2,24% em 2022. Boa parte, culpa do 208, compacto que recebeu motor 1.0 derivado da Fiat e dobrou seus emplacamentos este ano. A marca ainda investe na eletrificação, com o e-208 e e-2008.
Sua coirmã Citroën cresceu menos (37%) porque o lançamento do ano, o compacto C3, só iniciou suas vendas em agosto. Mesmo assim, demonstrou ter potencial, porque atinge tantos os compactos de entrada como os hatches pequenos. A participação de mercado da francesa subiu de 1,14% para 1,59%.
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