O cenário internacional não tem dado moleza para as criptomoedas. Com os mercados tradicionais pressionados, o bitcoin (BTC) recuou pelo quarto dia seguido e perdeu o suporte de preço de US$ 20 mil.
A aversão ao risco vem principalmente da expectativa com a inflação dos Estados Unidos, que não deve dar sinais de arrefecimento na próxima leitura, divulgada nesta quarta-feira (13).
O próprio governo norte-americano já assumiu que espera uma intensa alta de preços em junho, o que piorou ainda mais o sentimento do mercado.
Confira como operam as dez maiores criptomoedas do mundo hoje:
# | Nome | Preço | 24h % | 7d % |
1 | Bitcoin (BTC) | US$ 19.904,78 | -3,03% | 2,39% |
2 | Ethereum (ETH) | US$ 1.075,72 | -6,11% | -2,18% |
3 | Tether (USDT) | US$ 0,9992 | -0,02% | 0,02% |
4 | USD Coin (USDC) | US$ 1,00 | 0,02% | 0,00% |
5 | BNB (BNB) | US$ 226,43 | -2,39% | 0,78% |
6 | Binance USD (BUSD) | US$ 0,9992 | -0,08% | -0,11% |
7 | XRP (XRP) | US$ 0,3124 | -4,11% | -1,11% |
8 | Cardano (ADA) | US$ 0,4344 | -2,80% | -3,31% |
9 | Solana (SOL) | US$ 34,18 | -2,87% | 1,68% |
10 | Dogecoin (DOGE) | US$ 0,6178 | -3,99% | -6,50% |
ETFs de criptomoedas da bolsa brasileira
Ticker | Gestora | Preço | Variação (24h%) | Variação (7d%) |
HASH11 | Hashdex | R$ 17,79 | -3,26% | -3,58% |
ETHE11 | Hashdex | R$ 17,25 | -4,06% | -6,40% |
BITH11 | Hashdex | R$ 25,69 | -2,17% | -2,47% |
DEFI11 | Hashdex | R$ 19,94 | 4,34% | 1,27% |
WEB311 | Hashdex | R$ 18,47 | -3,40% | -2,28% |
QBTC11 | QR Capital | R$ 6,80 | -1,16% | -2,72% |
QETH11 | QR Capital | R$ 4,22 | -4,74% | -6,22% |
QDFI11 | QR Capital | R$ 3,68 | -6,36% | 0,27% |
NFTS11 | Investo | R$ 30,35 | 11,21% | 5,90% |
CRPT11 | Vítreo | R$ 5,10 | 0,99% | 2,00% |
Bitcoin ainda é imune à inflação?
O questionamento que os investidores mais se fazem é se as criptomoedas são uma tese resistente à crise — o “não” está claro, tendo em vista a queda de mais de 70% desde as máximas históricas.
Mas ainda existe uma tese do universo cripto que também deve ser derrubada com a divulgação dos dados do índice de preços norte-americanos: as criptomoedas são imunes à inflação?
Entendendo a matemática
O dinheiro que costumamos usar no dia a dia, emitido pelo Banco Central, tem a emissão infinita. Isso significa que não precisa existir um lastro correspondente para o papel que nós chamamos de real por aqui, por exemplo — a mesma regra se aplica ao dólar e ao euro.
No caso do bitcoin, existe um número limitado de tokens (criptomoedas) BTC: cerca de 21 milhões.
Ou seja, em aproximadamente 119 anos, o último bitcoin da rede será descoberto pelos mineradores de cripto e não haverá mais BTCs para serem colocados em rede.
Assim, o bitcoin pode ser considerado um ativo escasso e deflacionário devido a sua alta valorização, diferentemente das chamadas moedas fiduciárias (fiat, emitidas pelo Banco Central).
Entenda mais aqui:
Na ponta do lápis é verdade — na prática…
Mas as criptomoedas de modo geral — o BTC inclusive — têm se comportado muito mais como ações de tecnologia do que propriamente como um mercado à parte.
Falando com sinceridade, o mercado de criptomoedas ainda não adquiriu sua própria dinâmica e acaba reagindo pelas mesmas métricas que movimentam o setor tech.
Por isso, a inflação dos EUA tem influência — ainda que indireta — nas cotações das criptomoedas, derrubando os preços.
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