O valor de um aceno: ânimo pós-Meirelles, Super Quarta, taxação dos dividendos e outras notícias que mexem com os seus investimentos hoje
Os investidores não têm como desviar a atenção da Super Quarta. No Brasil e nos Estados Unidos, os diretores do Banco Central e do Fed abrem hoje suas reuniões de política monetária
A semana não tinha começado bem para os mercados financeiros. Os negócios eram dominados pela perspectiva de uma nova alta de 75 pontos-base na próxima reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), marcada para a quarta-feira.
Eis que o principal índice da bolsa brasileira virou por conta própria perto da hora do almoço e manteve o rali até fechar em alta de 2,33% ontem. O que mudou o ânimo dos investidores foi a participação de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda, em um evento no qual oito ex-candidatos à Presidência da República manifestaram apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva.
Não é que Lula tenha declarado adesão ao “chama o Meirelles”, slogan do ex-banqueiro central em sua campanha para presidente em 2018. Também não se pode dizer que o apoio de Meirelles por si só atraia um caminhão de votos para Lula. Em 2018, a votação no ex-emedebista, agora no União Brasil, mal chegou a 1,2% dos votos válidos.
Entretanto, a duas semanas do primeiro turno das eleições, a aproximação entre Lula e Meirelles pode representar o aceno que faltava para quebrar o gelo entre o ex-presidente e setores do empresariado, da Faria Lima e da classe média refratários a um eventual retorno do petista ao Palácio do Planalto. A questão agora é mensurar o fôlego desse aceno.
Enquanto isso, os investidores não têm como desviar a atenção da Super Quarta. No Brasil e nos Estados Unidos, os diretores do Banco Central (BC) e do Fed abrem hoje suas respectivas reuniões de política monetária.
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O que você precisa saber hoje
ESQUENTA DOS MERCADOS
Ibovespa deve destoar do exterior mais uma vez com eleições no radar enquanto bolsas internacionais seguem no vermelho mais um dia. Os investidores aguardam a ‘Super Quarta’, com perspectiva de que os Bancos Centrais elevem os juros ainda mais.
EM BUSCA DE REESTRUTURAÇÃO
Com dívidas de R$ 600 milhões, Rossi (RSID3) entra com pedido de recuperação judicial. O processo da incorporadora será conduzido pela Justiça de SP; em paralelo às dívidas, a empresa vive um mau momento operacional.
EXPANDINDO OS NEGÓCIOS
CVC (CVCB3) está de olho na plataforma de viagens Ōner Travel. A empresa anunciou a intenção de compra nesta segunda-feira e o prazo para avaliação da aquisição é de 60 dias. Entenda o que brilhou aos olhos da companhia de viagens.
INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
Braskem (BRKM5) cria hub de negócios com investimento de US$ 150 milhões. Saiba como a Oxygea vai atuar. Do aporte total, US$ 50 milhões serão destinados à unidade de incubação e US$ 100 milhões para a de investimento.
ESTRATÉGIA?
Demissões seguem à vista: Credit Suisse desliga 21 funcionários no Brasil. Segundo o banco, o corte no quadro de funcionários está “em linha com a estratégia de fortalecer e simplificar” o plano operacional.
ELEIÇÕES 2022
Lula vai a 47% no Ipec e aumenta chance de ganhar em primeiro turno. Enquanto o petista ganhou um ponto porcentual em relação à rodada anterior, o presidente Jair Bolsonaro permaneceu com 31% das intenções de voto.
O LEÃO VEM AÍ
Imposto de renda sobre dividendos é só questão de tempo? Lula, Bolsonaro, Ciro e Tebet são a favor da taxação. O Seu Dinheiro inicia hoje uma série de reportagens sobre as propostas dos principais candidatos à Presidência que podem afetar diretamente os investidores. Confira!
Uma boa terça-feira para você!
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Veja os destaques da semana na ‘De repente no mercado’
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