A Petrobras (PETR4) no arraial da B3: ameaças à estatal desanimam a festa? O encontro de Bolsonaro e Musk e outros destaques do dia
“Olha a privatização da Petrobras! Tanto faz!”: A música toca, as ações riem, todos se divertem — afinal, levando em conta o desempenho da empresa, tanto faz!

As ações da bolsa formam parzinhos para dançar a quadrilha — ainda não é junho, mas uma dose de vinho quente cai muito bem nesse frio fora de época.
"Olha a chuva! É verdade!"
Tradicionais rivais, a Lu do Magalu e o Baianinho são os noivos e puxam a fila; brMalls e Aliansce, recém-casados na vida real, vêm em sequência; Localiza e Unidas, outro casal da bolsa, estão entre os mais animados.
"Olha a cobra! É mentira!"
E todo mundo vai se divertindo no saguão da B3 — mesmo a turma dos IPOs de 2021, que costuma andar cabisbaixa pelos cantos, está animada para a festa. Tudo vai bem, até que a Eletrobras resolve soltar o próximo grito:
"Olha a privatização da Petrobras! É verdade ou é mentira?"
Leia Também
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
A Eletrobras está por cima — depois de anos, seu processo de venda parece bem encaminhado. Já a Petrobras está mais para a quadrilha do Drummond: fadada a ficar sozinha na dança.
Por um segundo, as ações se entreolham, um pouco constrangidas. A venda da estatal é uma espécie de piada no dia-a-dia da bolsa, mas ninguém fala disso em voz alta. Será que ela vai ficar chateada e deixar a festa?
Pois, com a palavra, a petroleira: "Olha a privatização da Petrobras! Tanto faz!"
A música toca, as ações riem, todos se divertem. Afinal, a Petrobras tem razão: seu bom momento operacional, seu endividamento cada vez menor e seus dividendos monstruosos dão a ela uma segurança muito grande — é um papel interessante o suficiente para qualquer investidor, com ou sem venda do controle.
O Ruy Hungria, colunista do Seu Dinheiro, acompanhou de perto o arraial da B3 e foi testemunha dessa tentativa de intimidar a Petrobras. E ele garante: independente da eventual privatização, as ações da companhia são capazes de animar qualquer festa junina.
A análise completa sobre a petroleira, com os prós e contras de sua tese de investimento — e a comparação de suas métricas com as dos pares internacionais — é o tema da coluna do Ruy desta sexta-feira. Para ler o texto na íntegra, é só clicar aqui.
O que você precisa saber hoje
ESQUENTA DOS MERCADOS
Bolsas internacionais tentam recuperação após corte de juros na China; Ibovespa acompanha reunião de Bolsonaro e Elon Musk. Por aqui, investidores ainda assistem à divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas pelo Ministério da Economia.
FORA DA AGENDA
Envolto em denúncia de assédio sexual, Elon Musk chega ao Brasil para se reunir com Jair Bolsonaro. Encontro entre o homem mais rico do mundo e o presidente está previsto para a manhã de hoje em Porto Feliz, no interior de São Paulo.
BATENDO EM RETIRADA
GetNet (GETT11) surpreende com a intenção de cancelar registro na B3 e na Nasdaq sete meses após a estreia. A empresa não revelou os motivos por trás da retirada, mas uma breve análise do contexto macroeconômico e setorial pode fornecer várias pistas. Veja quanto a empresa pagará por ação.
COM AVAL DA PRIVATIZAÇÃO
Bancos e corretoras estruturam fundos para compra de ações da Eletrobras (ELET3) com recursos do FGTS. Os trabalhadores brasileiros poderão usar até 50% do FGTS para comprar ações da Eletrobras; bancos e corretoras já estruturam fundos.
SE DEGLADIANDO
Artilharia pesada: Ucrânia terá US$ 40 bilhões dos EUA contra Putin; Rússia responde com apoio da China. Se de um lado a Rússia tem uma ajuda indireta de Pequim com a compra de petróleo, de outro, Kiev conta com recursos polpudos aprovados pelo Congresso norte-americano.
NOITE CRIPTO
Na montanha-russa: bitcoin (BTC) retoma patamar de US$ 30 mil e opera em alta; confira a performance de outras criptomoedas. Esse nível é considerado importante para o momento, no entanto, há dificuldades de se sustentar nele e alçar novos voos.
MONEY TIMES
Streaming pago e com propaganda: Disney+ vê maioria de clientes de streaming em versão com anúncio. Cerca de 70% dos clientes do Hulu, o serviço de streaming da Disney voltado para espectadores de entretenimento mais gerais, escolhem um serviço com anúncios.
Uma ótima sexta-feira!
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA
O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje
No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed
O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso
Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda
Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard
O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução
Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)
No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas
Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?
Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores
A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)
Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos
Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento
Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar
As críticas a uma Petrobras ‘do poço ao posto’ e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (2)
No Brasil, investidores repercutem a aprovação do projeto de isenção do IR e o IPC-Fipe de setembro; no exterior, shutdown nos EUA e dados do emprego na zona do euro
Rodolfo Amstalden: Bolhas de pus, bolhas de sabão e outras hipóteses
Ainda que uma bolha de preços no setor de inteligência artificial pareça improvável, uma bolha de lucros continua sendo possível
Um ano de corrida eleitoral e como isso afeta a bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta quarta-feira (1)
Primeiro dia de outubro tem shutdown nos EUA, feriadão na China e reunião da Opep
Tão longe, tão perto: as eleições de 2026 e o caos fiscal logo ali, e o que mexe com os mercados nesta terça-feira (30)
Por aqui, mercado aguarda balança orçamentária e desemprego do IBGE; nos EUA, todos de olho nos riscos de uma paralisação do governo e no relatório Jolts
Eleições de 2026 e o nó fiscal: sem oposição organizada, Brasil enfrenta o risco de um orçamento engessado
A frente fiscal permanece como vetor central de risco, mas, no final, 2026 estará dominado pela lógica das urnas, deixando qualquer ajuste estrutural para 2027