Guerra se intensifica na Ucrânia, o novo tombo da Cosan (CSAN3) e o que o mercado acha do Congresso; confira os destaques do dia

A semana promete ser marcada pela divulgação de importantes dados de inflação no Brasil e no mundo, e dragões já circulam sobre os principais centros financeiros do planeta. Mas foram tanques de guerra em terra firme que mexeram com a cabeça dos investidores nesta segunda (10).
A guerra fria entre Estados Unidos e China ganhou mais um capítulo — com as novas restrições impostas aos fabricantes de semicondutores e chips asiáticos pressionando as empresas de tecnologia —, e o conflito entre Rússia e Ucrânia se intensificou, após semanas que pareceram desenhar uma iminente vitória de Kiev.
Em um pregão de liquidez reduzida por conta de um feriado local, as bolsas em Nova York fecharam no vermelho, com o Nasdaq liderando as perdas (-1,04%). O Dow Jones e o S&P 500 recuaram 0,32% e 0,75%, respectivamente.
O eco dos bombardeios em dezenas de cidades ucranianas voltou a pressionar o preço das commodities agrícolas, mas o barril do petróleo recuou após uma semana de fortes ganhos com o novo corte de produção anunciado pela Opep+.
Em meio à cautela global, o Ibovespa também recuou 0,37%, aos 115.940 pontos, puxado principalmente pelas ações de Cosan (CSAN3) e Vale (VALE3), ainda refletindo a confusão do mercado com a operação anunciada na última sexta-feira (07). O dólar à vista caiu 0,42%, a R$ 5,1906.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta segunda-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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BANCO EM CRISE
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PARCERIA
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RASPANDO O TACHO
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MERCADO NAS ELEIÇÕES
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VINGANÇA
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Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
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