Cada vez mais países devem formar reservas de bitcoin ao longo de 2022; entenda como você pode aproveitar

Você provavelmente já viu uma imagem similar a esta abaixo. Ela mostra o conceito da curva de adoção, em S, de uma nova tecnologia ou produto.

A curva em formato de sino é um reflexo da curva em S, mostrando o tamanho, ao longo do tempo, dos públicos que aderem a tal inovação.
Malcolm Gladwell discute em seu livro “O Ponto da Virada” como, a partir de certo ponto, "abre-se a porteira" para a adoção em massa por novos usuários.
Quando pensamos no mercado de cripto, tomando, por exemplo, a adoção do bitcoin pelo varejo e, mais recentemente, pelo mercado institucional, podemos vislumbrar uma curva muito similar a essa.
Os inovadores e “early adopters” topam maior risco no início ao adotar algo até então desconhecido em troca de um retorno potencial muito maior do que o de quem chega no meio ou final da festa.
Esse conceito pode ser extrapolado para vários subsegmentos de públicos que entram para o mercado de cripto.
Leia Também
Em 2021, acompanhamos uma entrada mais forte de agentes institucionais, como fundos de investimento, nesse espaço. Talvez, porém, um dos fatos que mais tenha chamado a atenção tenha sido a adoção em nível nacional por El Salvador.
O que para muitos pode ter parecido (e ainda soar como) loucura foi comemorado pela comunidade como um passo importante na adoção de criptoativos de forma ainda mais relevante.
Agora, é curioso como aquilo que, inicialmente, parecia um fato isolado e apenas uma espécie de jogada de marketing de um país pequeno começa a se transformar em uma narrativa mais séria e ampla.
Nos últimos dias, a Fidelity Investments, companhia do mercado tradicional, que possui mais de US$ 4 trilhões (isso mesmo, trilhões) sob gestão, publicou um relatório em que afirma que os países que se anteciparem hoje para adquirir reservas de bitcoin estarão melhor posicionados para o futuro do que seus pares.
Se há uma verdade que eu aprendi sobre tecnologia e vi se repetir no mercado financeiro é que poucos topam ser os primeiros a adotar algo novo, mas ninguém quer ser o último.
O argumento da Fidelity vai justamente nessa linha, incorporando um pouco da teoria dos jogos em seu raciocínio.
"Mesmo que um país não concorde com os fundamentos do bitcoin, ele será forçado a adquiri-lo como forma de seguro" e "é um preço baixo a ser pago hoje como hedge, comparado a um custo potencial muito maior no futuro" são duas frases do relatório.
Claro, não?
Na minha opinião, o tamanho de mercado total dos criptoativos ainda é pequeno o suficiente para que narrativas assim se construam, em que players grandes (nesse caso, países e grandes instituições) vejam como um custo muito pequeno para se capturar todas as opcionalidades que esse mercado carrega consigo.
Fato é que, hoje, o bitcoin está no centro de tal narrativa, simplesmente por ser o ativo mais amplamente conhecido. Mas não precisa, e provavelmente, não deve continuar assim.
Conforme o mercado amadurece, vamos observando uma separação mais clara entre setores e, possivelmente, uma menor correlação entre eles.
Assim, é de se esperar, que narrativas paralelas sejam construídas para DeFi, para o mercado de jogos e NFTs, contratos inteligentes, etc., e, no fim, ninguém queira ser o último a estar posicionado em tecnologias promissoras como as que vêm sendo desenvolvidas nesse ecossistema.
Eu acredito, sim, que mais países passarão a ter reservas de bitcoin ao longo de 2022, e também que isso não ficará mais restrito apenas ao maior ativo em valor de mercado que conhecemos hoje.
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA
O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje
No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed
O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso
Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda
Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard
O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução
Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)
No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas
Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?
Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores
A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)
Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos
Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento
Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar
As críticas a uma Petrobras ‘do poço ao posto’ e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (2)
No Brasil, investidores repercutem a aprovação do projeto de isenção do IR e o IPC-Fipe de setembro; no exterior, shutdown nos EUA e dados do emprego na zona do euro
Rodolfo Amstalden: Bolhas de pus, bolhas de sabão e outras hipóteses
Ainda que uma bolha de preços no setor de inteligência artificial pareça improvável, uma bolha de lucros continua sendo possível
Um ano de corrida eleitoral e como isso afeta a bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta quarta-feira (1)
Primeiro dia de outubro tem shutdown nos EUA, feriadão na China e reunião da Opep
Tão longe, tão perto: as eleições de 2026 e o caos fiscal logo ali, e o que mexe com os mercados nesta terça-feira (30)
Por aqui, mercado aguarda balança orçamentária e desemprego do IBGE; nos EUA, todos de olho nos riscos de uma paralisação do governo e no relatório Jolts