🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Muito além de Hollywood: você investiria numa empresa que sofreu um ataque cibernético?

Empresas de todos os setores, sem exceção, estão sujeitas a ataques cibernéticos; a resposta a essa pergunta vai ser diferente para cada uma delas

7 de abril de 2022
6:53 - atualizado às 13:11
Porto Seguro
Empresas de todos os setores, sem exceção, estão sujeitas a ataques cibernéticos. Imagem: Shutterstock

Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia. Tenho certeza que, nas últimas semanas, você viu pelo menos uma ou duas manchetes sobre ataques cibernéticos a grandes empresas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Muitos deles, imagino, com insinuações de um pano de fundo envolvendo a guerra na Ucrânia.

Neste contexto, recebi um convite para uma entrevista cujo tema, num primeiro momento, me soou até estranho: se o fato de uma empresa ter sido vítima de um ataque cibernético deveria afastar investidores das suas ações.

Sondando colegas analistas e jornalistas, percebi o quanto a cobertura de investimentos sobre o tema ainda é parecida com a visão de "Hollywood".

Na coluna de hoje, vou explorar esse tema em mais detalhes e responder à pergunta do título.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ataques cibernéticos são mais comuns do que se imagina

Existe sim, diariamente, uma quantidade enorme de ataques cibernéticos ao estilo Hollywood, de pessoas brilhantes direcionando toda a sua inteligência para invadir os sistemas de terceiros.

Leia Também

Mas, acredite, esses casos são uma minoria.

Pelas estimativas da Okta (Nasdaq: OKTA), a maior empresa de gestão de logins do mercado, avaliada em mais de US$ 20 bilhões enquanto escrevo essa coluna, mais de 90% de todas as invasões acontecem por vazamentos de credenciais.

Na maioria das vezes, um funcionário distraído clicou onde não deveria e abriu as portas para um ataque cibernético.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os exemplos mais famosos de "phishing" são as réplicas perfeitas de sites que os funcionários estão acostumados a acessar.

Por exemplo, você recebe um e-mail da "Amazon" dizendo que precisa mudar sua senha. Ao clicar, é direcionado imediatamente para uma página que é uma réplica perfeita da Amazon.

Os mais atentos sequer irão clicar no e-mail,  pois sabem que a Amazon não requisitaria proativamente essa mudança; mas algumas pessoas também perceberiam um link poluído, repleto de símbolos e letras aleatórias na suposta página da Amazon.

Muitos, porém, após clicarem, acabam preenchendo os campos de senha. Ao fazê-lo, você está fornecendo a um terceiro os dados para acessar a sua conta na Amazon.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa é uma das portas de entrada mais tradicionais para crimes cibernéticos, e se baseia simplesmente em falhas humanas, e não em incríveis algoritmos altamente  complexos.

Muitos dos vazamentos corporativos de que ouvimos falar se originam assim: um funcionário com acesso privilegiado aos sistemas concede suas credenciais, muitas vezes sem perceber.

E depois?

No Brasil, me lembro recentemente de episódios de invasões envolvendo empresas como Lojas Renner, Fleury, Cosan e outras.

No exterior, me lembro de casos ainda maiores: nos últimos meses, a própria Okta que mencionei há pouco foi invadida, tal como a Nvidia, que está entre as dez empresas mais valiosas do mundo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em comum há o seguinte: o grande público nunca obtém o acesso completo ao que aconteceu.

Sob um véu de sigilo

Do lado da empresa, existe a necessidade de manter o sigilo e investigar a fundo, o mais rápido possível, qual a brecha que permitiu a invasão dos seus sistemas.

E do outro lado, existe também um incentivo a divulgar o menos possível: a maioria das invasões não ocorrem por motivações políticas ou pessoais; elas ocorrem por motivações financeiras.

Os invasores exigem das empresas um "resgate", um pagamento para que nenhuma das informações obtidas sejam reveladas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Grandes episódios, como o famoso caso da SolarWind, empresa americana de tecnologia que teve seus sistemas comprometidos durante meses, no que muitos dizem ter sido um ataque político, mirando espionar pessoas e instituições americanas, são raros.

Na maior parte das vezes, o conflito é encerrado num acordo privado, sem que os detalhes sejam revelados.

Daí a pergunta: o fato de uma empresa ter sofrido um ataque cibernético bem sucedido deveria afastar os investidores da ação?

A resposta não é óbvia

A pergunta me causa estranheza pelo seguinte: todas as empresas estão sujeitas a ataques cibernéticos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Repito: todas, sem exceção.

A corrente é tão forte quanto o seu elo mais fraco, e em muitos casos, as empresas não sabem qual o seu elo mais fraco.

Pense sobre como é difícil convencer executivos que não entendem os meandros da tecnologia a investirem na prevenção de algo que talvez nunca aconteça.

Em outros casos, mesmo quando todos estão plenamente cientes dos desafios, os vazamentos podem acontecer, como no caso da Nvidia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ataques cibernéticos serão cada vez mais comuns e frequentes

Ao investidor, cabe avaliar se a empresa será capaz de aprender com seus erros e investir em sistemas mais parrudos, ou se ela será eternamente uma vítima dos mesmos agressores.

Parte dessa análise deveria acontecer naturalmente, na avaliação da cultura de uma organização.

Por isso, se você investe numa empresa em que você acredita e admira as pessoas que trabalham lá, como para mim é o caso da Nvidia, é natural dar um voto de confiança à gestão após um evento como esse.

Em casos opostos, o vazamento dos sistemas emergirá apenas como mais um, em meio a tantos outros episódios, de uma gestão corporativa ruim, falhas estratégicas e tantos outros erros que levarão as ações da empresa a performar mal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A resposta para a pergunta do título dessa coluna é diferente para cada empresa analisada: simplesmente não há uma regra universal para tomar essa decisão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico

20 de outubro de 2025 - 19:58

Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje

20 de outubro de 2025 - 7:52

Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana

BOMBOU NO SD

CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana

19 de outubro de 2025 - 15:02

Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas

VISAO 360

Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas

19 de outubro de 2025 - 8:00

Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais

17 de outubro de 2025 - 7:55

O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje

SEXTOU COM O RUY

Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)

17 de outubro de 2025 - 6:07

Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos

VONTADE DOS CÔNJUGES

Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança

16 de outubro de 2025 - 15:22

Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje

16 de outubro de 2025 - 8:09

Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?

15 de outubro de 2025 - 19:57

Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)

15 de outubro de 2025 - 7:47

A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje

14 de outubro de 2025 - 8:08

Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China

14 de outubro de 2025 - 7:48

O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo

13 de outubro de 2025 - 19:58

Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?

13 de outubro de 2025 - 7:40

Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano

TRILHAS DE CARREIRA

ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho

12 de outubro de 2025 - 7:04

Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)

10 de outubro de 2025 - 7:59

No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação

SEXTOU COM O RUY

Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe

10 de outubro de 2025 - 6:03

Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)

9 de outubro de 2025 - 8:06

No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: No news is bad news

8 de outubro de 2025 - 19:59

Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)

8 de outubro de 2025 - 8:10

No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar