Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais adotam cautela com novas punições à Rússia e Ibovespa acompanha crise na Petrobras (PETR4)
Além disso, permanece no radar do investidor o índice do gerente de compras (PMI, em inglês) dos EUA e do Brasil

A semana começou com poucas novidades vindo do extremo-leste da Europa, sem novos avanços para a conclusão do conflito entre Rússia e Ucrânia. Somado a isso, a agenda mais esvaziada nos primeiros dias de abril deu espaço para as bolsas internacionais avançarem no pregão de ontem (04).
As principais praças na Europa fecharam em terreno positivo, enquanto os índices de Nova York tiveram avanço de mais de 1%. Quem destoou do clima ameno do exterior foi o Ibovespa, que digeriu os problemas envolvendo uma das maiores empresas da bolsa: a Petrobras (PETR4)
O principal índice da B3 encerrou o pregão da última segunda-feira (04) em queda de 0,24%, aos 121.179 pontos. Entretanto, o dólar à vista também fechou o dia no vermelho, em um recuo de 1,27%, a R$ 4,6081.
Sem maiores novidades para o dia, permanece no radar a divulgação dos índices de gerentes de compras (PMI, em inglês) tanto aqui quanto no exterior.
Saiba o que movimenta bolsa, dólar e Ibovespa hoje:
Guerra e a pressão nas bolsas
Estados Unidos e União Europeia anunciaram uma nova rodada de sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia. O presidente do país atacado, Volodymyr Zelensky, afirmou que as forças de Moscou atacaram civis nos arredores de Bucha.
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O fato desencadeou uma nova rodada de punições econômicas à Rússia, em especial por parte da Europa, que deve propor o banimento de exportações ao país no valor de 10 bilhões de euros, além do bloqueio do acesso rodoviário e marítimo ao território do bloco europeu.
Dessa forma, o petróleo voltou a subir e é negociado acima dos US$ 100 o barril, tanto do Brent — utilizado como referência internacional — quanto o WTI.
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Por que isso afeta as bolsas?
A economia global altamente integrada gera um efeito em cadeia nos países, um dos motivos pelos quais analistas estavam preocupados com o desligamento do Swift, o sistema de pagamentos internacional.
Pouco depois do início da guerra, parte das operações russas foram excluídas do Swift, o que gerou preocupações quanto ao pagamento de exportações por parte da Rússia.
Dessa forma, novas sanções ao país podem gerar problemas tanto para Europa, que depende do gás russo, quanto para outras nações.
O exterior hoje
Com isso, as bolsas da Europa e os futuros dos Estados Unidos seguem pressionados pela manhã e operam no campo negativo, de olho na nova rodada de sanções à Rússia e com grande expectativa para o final da guerra.
Dia de PMIs nas bolsas
O índice do gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) varia em uma escala que vai até 100 e indica se a atividade analisada está em expansão (acima dos 50) ou retração (abaixo dos 50).
E nesta terça-feira teremos importantes PMIs, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Assim, o investidor terá um panorama mais bem definido da situação econômica de ambos os países, o que deve refletir na política de juros dos Bancos Centrais de cada um.
Digerindo a crise na Petrobras
Por aqui, as desistências de Rodolfo Landim para a presidência do Conselho de Administração da Petrobras e de Adriano Pires da presidência da estatal continuam ecoando na bolsa local.
No caso de Pires, a recusa veio em virtude de um possível conflito de interesses entre a chefia da Petrobras e sua agência de consultoria, o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), do qual um de seus filhos também faz parte do corpo de administração.
Dessa maneira, o secretário Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Caio Mario Paes Andrade, voltou a ser cotado para a presidência executiva da estatal. Andrade já havia sido citado antes da demissão de Joaquim Silva e Luna e é um dos subordinados do ministro da Economia, Paulo Guedes.
E a greve continua
Ao mesmo tempo, a greve dos servidores do Banco Central permanece no radar do investidor, agora com novos capítulos incluindo a Receita Federal e até mesmo a CVM.
Os agentes do Fisco informaram o ministério da Economia que o órgão pode parar no primeiro trimestre por falta de recursos. Mesmo com o anúncio de novos recursos para a Receita, as operações-padrão permanecem ameaçadas de shutdown.
Aliás, este é um dos motivos pelos quais os auditores da Receita não aderiram à greve: a escassez do orçamento para o Fisco pode implicar em uma suspensão involuntária das atividades a partir do próximo mês.
Tesouro, BC e CVM
Quem se juntou à paralisação dos funcionários da Receita Federal e do Banco Central foram os servidores da Comissão de Valores Mobiliários, a CVM.
Assim, os servidores devem cruzar os braços a partir da próxima terça-feira (12) para exigir aumento salarial.
Vale lembrar que essa tensão com os funcionários públicos da Receita, BC e CVM aconteceu após o presidente da República, Jair Bolsonaro, conceder reajuste apenas aos policiais federais em detrimento de outras categorias.
A equipe econômica usa a metáfora de “cobertor curto” para se referir às contas públicas e o reajuste dos policiais — base de apoio eleitoral do presidente — despertou revolta dos servidores. Dessa maneira, eles exigem compensação de salário pelas perdas inflacionárias.
Agenda do dia
- Brasil: PMI composto e de serviços de março (10h)
- Congresso Nacional: Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) tem sabatina para analisar indicados para diretoria do BC. São eles: Diogo Guillén (Política Econômica) e Renato Dias Gomes (Organização do Sistema Financeiro e Resolução) (9h)
- Estados Unidos: Balança comercial de fevereiro (9h30)
- Estados Unidos: PMI composto (final) e de serviços em março (10h45)
- Feriado na China mantém os mercados fechados hoje
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Com um corte de juros nos EUA amplamente esperado para amanhã, o dólar fechou o dia na menor cotação desde junho de 2024, a R$ 5,2981. Já o Ibovespa teve o terceiro recorde dos últimos quatro pregões, a 144.061,64 pontos
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