As ações da Weg (WEGE3), que têm um dos melhores históricos da bolsa brasileira e que só no último ano subiram mais 130%, seguem bem avaliadas pelos analistas do Bank of America (BofA).
O banco emitiu um relatório reiterando a compra dos papéis da empresa, com preço-alvo de R$ 96 — seria uma alta de 28% sobre o preço de quinta-feira (1). As ações da Weg subiram 2,46% nesta segunda-feira (5), a R$ 76,91.
Segundo o BfoA, a fabricante de motores e equipamentos para o setor elétrico continua demonstrando uma capacidade de execução "única" ao "manter o ritmo das fábricas e evitando interrupções em sua cadeia de fornecimento global durante a pandemia".
"Além disso, a Weg conseguiu ajustar rapidamente sua estrutura de custo, foi beneficiada por um portfólio de produtos de ciclo longo, explorou os ventos favoráveis do câmbio e alavancou um mix de produtos premium", dizem os analistas.
Para o banco, a Weg entregará um resultado robusto em receita ainda no primeiro trimestre deste ano, por conta das vendas no mercado doméstico — um avanço de 26%, dizem —, enquanto as exportações crescerão 22%.
"Mais importante, nossa projeção é de alta de 42% do Ebitda [lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização], marcando o décimo trimestre consecutivo de expansão das margens (250 pontos percentuais, na base anual). O resultado final deve avançar 46%, para R$ 643 milhões".
No quarto trimestre de 2020, a Weg registrou lucro líquido de R$ 742,2 milhões, um aumento de 48,3% em relação ao mesmo período de 2019. No acumulado do ano, a alta foi de 45%, a R$ 2,3 bilhões.
No mercado externo, a empresa enfrentou volatilidade, principalmente na área de equipamentos eletroeletrônicos industriais, o que acabou reduzindo o ritmo de crescimento, resultando na queda da receita consolidada em moedas locais.