TJRJ impede agências de turismo de usarem Buser em viagens regulares
Uso do aplicativo foi suspenso em 2019 e restabelecido no ano passado, mas ainda é alvo de disputa na Justiça

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou que três agências de turismo parem de vender passagens para viagens interestaduais regulares realizadas por meio do aplicativo Buser.
A medida, em caráter liminar, já havia sido tomada em dezembro de 2019, mas as empresas recorreram e conseguiram derrubá-la em abril do ano passado. Conforme divulgado na sexta-feira (8), a proibição provisória foi restabelecida em decisão colegiada de segunda instância por 2 votos a 1. O mérito da questão ainda será analisado.
O processo foi movido pela Associação Brasileira de Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), entidade que representa as empresas que operam os serviços rodoviários regulares. A Abrati alega que a Marlu Turismo, a TJ Agência de Viagens e Turismo e a Aliança Turismo estariam infringindo as normas legais.
A maioria dos desembargadores entendeu que, conforme a legislação em vigor, o transporte regular interestadual de passageiros é um serviço de interesse público realizado mediante concessão pela União e que os interessados em exercer tal atividade precisam obter autorização.
Dessa forma, as empresas que obtêm aval para exercer a atividade são obrigadas a manter equipe profissional treinada e frotas dentro de padrões de segurança e manutenção, além de se comprometerem em garantir determinadas rotas e horários, inclusive as que são menos lucrativas.
"Não se mostra justo que determinadas empresas, que se destinam precipuamente ao serviço de fretamento, escolham as rotas, dias e horários de maior interesse público – e, portanto, mais rentáveis – não possuindo qualquer responsabilidade em manter tais serviços em relação aos locais, dias e horários em que a rentabilidade não é tão atrativa", registra o acórdão.
Leia Também
Conforme a decisão, cabe às agências de turismo oferecer serviços de fretamento turístico e eventual. Podem realizar ainda o fretamento contínuo destinado ao deslocamento de trabalhadores de pessoa jurídica. No entanto, não estão autorizadas a oferecer transporte coletivo regular. O acórdão diz que as agências vinham ofertando viagens com diversas origens e destinos predeterminados e com locais de embarque predefinidos, além de vender passagens para qualquer pessoa sem haver necessidade de ida e volta no mesmo veículo.
“Em análise de cognição sumária, verifica-se que as empresas rés vêm prestando serviço de transporte coletivo regular interestadual, com frequência e habitualidade, oferecendo passagens individuais, com valores cobrados por trecho e a emissão dos respectivos bilhetes de viagens realizados por meio do site parceiro Buser Brasil Tecnologia Ltda, sem possuir qualquer autorização para tanto", diz o documento.
A maioria dos desembargadores destaca ainda que, sem aval para tal atividade, a ausência de fiscalização do Poder Público permite que as agências ignorem direitos garantidos aos usuários desse tipo de serviço, tais como gratuidade para idosos e deficientes físicos de baixa renda.
A Agência Brasil fez contato com as três agências de turismo, mas não obteve retorno. No processo, as agências sustentaram que não estão fazendo transporte regular, mas sim fretamento colaborativo, e argumentaram que a Constituição assegura o livre exercício da atividade econômica.
Também pediram, sem sucesso, que a tramitação do caso fosse deslocada para a Justiça federal, alegando que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deveria figurar como parte, já que é responsável pela fiscalização do transporte interestadual.
Aplicativo
Embora não seja alvo da ação judicial, a Buser também foi procurada pela reportagem. Para os responsáveis pelo aplicativo, o acórdão está em dissonância com o entendimento de outros tribunais.
O Buser cita recente decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), na qual as atividades do aplicativo foram consideradas legais e responsáveis por promover "uma aproximação de forma extremamente qualificada entre os passageiros e as empresas que são autorizadas a prestar serviços de fretamento particular".
O Buser afirma ainda que as empresas fretadoras adotam diversas medidas de segurança, como a garantia de assentos prioritários para mulheres, o monitoramento por meio de câmeras internas e o uso de equipamentos capazes de aferir a velocidade dos ônibus em tempo real e identificar motoristas cansados ou com sono.
"Toda a operação realizada por meio de fretamento recolhe tributos, significando uma importante arrecadação aos cofres públicos, o que certamente há de ser considerado pelo Estado", acrescenta o aplicativo.
Azul (AZUL4) e Gol (GOLL54) lideram as altas da B3 nesta sexta-feira (12), em meio à queda do dólar e curva de juros
As companhias aéreas chegaram a saltar mais de 60% nesta semana, impulsionadas pela forte queda do dólar e da curva de juros
Simplificação do negócio da Raízen é a chave para a valorização das ações RAIZ4, segundo o BB Investimentos
A companhia tem concentrado esforços para reduzir o endividamento, mas a estrutura de capital ficará desequilibrada por um tempo, mesmo com o avanço de outros desinvestimentos, segundo o banco
Nova aposta do Méliuz (CASH3) para turbinar rendimentos com bitcoin (BTC) traz potencial de alta de mais de 90% para as ações, segundo o BTG
Para os analistas do banco, a nova negociação é uma forma de vender a volatilidade da criptomoeda mais valiosa do mundo e gerar rendimento para os acionistas
BTG vê avanço da Brava (BRAV3) na redução da dívida e da alavancagem, mas faz um alerta
Estratégia de hedge e eficiência operacional sustentam otimismo do BTG, mas banco reduz o preço-alvo da ação
Banco do Brasil (BBAS3): está de olho na ação após MP do agronegócio? Veja o que diz a XP sobre o banco
A XP mantém a projeção de que a inadimplência do agro seguirá pressionada, com normalização em níveis piores do que os observados nos últimos anos
Petrobras (PETR4) produz pela primeira vez combustível sustentável de aviação com óleo vegetal
A estatal prevê que a produção comercial do produto deve ter início nos próximos meses
Francesa CMA conclui operação para fechar capital da Santos Brasil (STBP3), por R$ 5,23 bilhões
Com a operação, a companhia deixará o segmento Novo Mercado da B3 e terá o capital fechado
O que a Petrobras (PETR4) vai fazer com os US$ 2 bilhões que captou com venda de títulos no exterior
Com mais demanda que o esperado entre os investidores gringos, a Petrobras levantou bilhões de reais com oferta de títulos no exterior; descubra qual será o destino dos recursos
A conexão da Reag, gigante da Faria Lima investigada na Carbono Oculto, com o clube de futebol mais querido dos paulistanos
Reag fez oferta pela SAF do Juventus junto com a Contea Capital; negócio está em fase de ‘due diligence’
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3) e Copasa vão distribuir mais de R$ 500 milhões em proventos; veja quem tem direito a receber
Ambas as companhias realizarão o pagamento aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio
Méliuz (CASH3) lança nova opção de negociação para turbinar os rendimentos com bitcoin (BTC)
A plataforma de cashback anunciou em março deste ano uma mudança na estratégia de tesouraria para adquirir bitcoins como principal ativo estratégico
Nem tarifas de Trump, nem fusão entre BRF e Marfrig preocupam a JBS (JBSS32), diz CEO
Gilberto Tomazini participou do Agro Summit, do Bradesco BBI, nesta quinta-feira, e explicou por que esses dois fatores não estão entre as maiores preocupações da companhia
Braskem (BRKM5) na corda bamba: BTG diminui preço-alvo ao apontar três riscos no horizonte e um potencial alívio
Excesso de oferta global, disputas acionárias e responsabilidade em Alagoas pressionam a companhia, mas incentivos fiscais podem dar algum fôlego ao lucro
O que o investidor pode esperar da MBRF, a gigante que nasce da fusão de Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)? O Safra responde
Após o negócio ter sido aprovado sem restrições pelo Cade, as empresas informaram ao mercado que a data de fechamento será 22 de setembro
Banco Master no escanteio e fundador fora do comando: o que esperar da Oncoclínicas (ONCO3) se a reestruturação da Starboard for aceita
A ideia da Starboard é trazer fôlego às finanças apertadas da empresa de tratamentos oncológicos — mas a gestora terá uma tarefa hercúlea para conseguir a aprovação da proposta ambiciosa
Cyrela (CYRE3) sobe mais de 5% após Bradesco BBI apontar ação como favorita e mais falada entre investidores. O que ela tem que as outras não tem?
Após alta de mais de 80% em 2025, Cyrela surge entre as maiores altas do Ibovespa nesta quinta-feira (11) com a revisão do preço-alvo para R$ 40
Novo homem mais rico do mundo foi criado pelos tios e abandonou faculdade duas vezes
De infância humilde em Chicago ao trono de homem mais rico do mundo, Larry Ellison construiu um império com a Oracle e uma vida marcada por luxo e esportes
Exclusivo: Proposta de reestruturação na Oncoclínicas (ONCO3) pela gestora Starboard pode nem chegar ao conselho
Fonte afirmou ao Seu Dinheiro que proposta desconsidera movimentos recentes de reestruturação e tenta desvalorizar a empresa
Petrobras destina R$ 21 milhões a iniciativas de combate às mudanças climáticas; veja como participar
Empresas e instituições podem se inscrever até 27 de outubro com propostas voltadas à adoção de tecnologias de mitigação e adaptação nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul
Caixa Seguridade (CXSE3) lidera as quedas do Ibovespa desta quinta (11), após destituir CEO; veja como fica o comando da companhia
O comunicado enviado ao mercado não detalha a motivação para o conselho de administração ter realizado a mudança no alto escalão