O Banco do Brasil (BBAS3) informou na segunda-feira (22) à noite não ter recebido qualquer indicação de mudança na composição de seu corpo diretivo.
O fato relevante divulgado pela instituição se deve o recente noticiário envolvendo a companhia e a oscilação atípica dos papéis. As ações do banco despencaram 11,65% ontem, em meio aos temores de que o BB seria o próximo alvo de interferências do governo.
Em valor de mercado, a empresa perdeu R$ 10,9 bilhões em apenas um dia.
Os temores estão baseados no interesse que o presidente Jair Bolsonaro demonstrou no mês passado de mexer no comando do Banco do Brasil.
O presidente quis demitir o presidente do banco, André Brandão, pelo desgaste provocado com o anúncio de fechamento de 112 agências, com desligamento de 5 mil funcionários do banco.
Apesar de a reestruturação do banco ter agradado investidores e equipe econômica na ocasião, o comunicado foi considerado inoportuno quando o Executivo negociava apoio com parlamentares em troca de aliados nos comandos da Câmara e do Senado.
A indicação do general Joaquim Silva e Luna para o comando da Petrobras, após Bolsonaro se desentender com o atual presidente da estatal, Roberto Castello Branco, a respeito da política de reajustes de preços dos combustíveis, reascendeu os receios de que uma interferência do tipo possa ocorrer no Banco do Brasil.
* Com informações da Estadão Conteúdo