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Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
FECHAMENTO HOJE

Dólar e juros têm alta firme após Selic ir a 7,75% ao ano, e mercado segue precificando a deterioração do cenário fiscal; Ibovespa recua

A instabilidade foi a tônica da sessão, mesmo com as bolsas americanas mostrando mais um dia de apetite por risco. O Ibovespa chegou a operar no azul, mas não segurou o ritmo

Jasmine Olga
Jasmine Olga
28 de outubro de 2021
18:52 - atualizado às 19:23

A permanência de Paulo Guedes no cargo de ministro da Economia deixou de ser o suficiente para fazer o mercado financeiro acreditar que a situação fiscal do país está sob controle. Nem mesmo a Selic a 7,75% ao ano, refletindo a preocupação do Banco Central com a inflação e o rumo das contas públicas, foi capaz de aliviar o nervosismo dos investidores.

A maior pedra no sapato segue sendo a PEC dos precatórios, que mais uma vez teve a sua votação adiada para a próxima semana. Embora a pauta siga sendo empurrada para frente, o governo tem pressa.

É que caso o espaço no orçamento não seja liberado a tempo, a solução para o Auxílio Brasil pode ser decretar estado de calamidade para justificar os gastos - algo semelhante a um cheque em branco.

A instabilidade foi a tônica da sessão de hoje, mesmo com as bolsas americanas mostrando mais um dia de apetite por risco. O Ibovespa chegou a operar no azul em alguns momentos, mas a forte disparada dos juros futuros e a pressão no câmbio impediram que o índice se firmasse no campo positivo.

Para alguns, a atuação do Banco Central na decisão de ontem poderia ter sido mais dura diante dos riscos fiscais enfrentados pelo país. Para outros, os novos ruídos em torno da possibilidade de uma extensão do auxílio emergencial, sem sinal de um desfecho para a PEC dos precatórios, seguem aumentando a bola de neve que se tornaram os gastos públicos.

O resultado disso foi o dólar subindo mais 1,26%, aos R$ 5,6253 e alguns contratos de DI mais uma vez atingindo a oscilação máxima diária permitida. Para a próxima reunião do Copom, os investidores já começam a precificar uma atuação ainda mais forte do Banco Central, com alta de 1,75 ponto percentual na Selic. Já o Ibovespa fechou o dia em queda de 0,62%, aos 105.704 pontos.

Veja o fechamento dos principais contratos de DI nesta quinta:

  • Janeiro de 2022: de 8,42% para 8,46%
  • Janeiro de 2023: de 11,51% para 12,48%
  • Janeiro de 2025: de 11,81% para 12,73%
  • Janeiro de 2027: de 11,90% para 12,66%

Dia de digestão

A pressão na curva de juros hoje seguiu a mesma tendência que vem sendo observada nas últimas semanas. Matheus Jaconeli, economista da Nova Futura Investimentos, é do time que acredita que o BC poderia ter sido mais ousado na alta da Selic.

“Embora eles estejam sinalizando a preocupação com a inflação e também com os riscos fiscais, o mercado pode ver como certa displicência. Com o risco elevado e o aumento aquém do esperado, essas questões acabam sendo absorvidas pelos juros mais longos”. 

Felipe Guerra, sócio da Messem Investimentos, destaca também que, embora o BC tenha já deixado um aumento de 150 pontos-base contratado para a próxima reunião, o comunicado não se mostrou tão duro quanto poderia.

Recorde atrás de recorde

Nos Estados Unidos, a temporada de balanços segue em primeiro plano e trazendo bons números, mas a atenção dos investidores ficou dividida hoje com novos dados da economia

O Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre subiu 2%, mas ficou abaixo das estimativas, que indicavam um avanço de 2,5% no período.

Problemas também na leitura da inflação. O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), o indicador favorito do Federal Reserve para as decisões de política monetária, acelerou 4,5%. 

A elevação dos preços começa a se afastar significativamente da meta de 2% perseguida pela instituição, aumentando as apostas de uma normalização de política monetária mais rápida do que o inicialmente esperado.

A expectativa pelos balanços das big techs embalou os negócios e impulsionou o S&P 500 e o Nasdaq em direção a novas máximas históricas. 

  • Nasdaq: 1,39% - 15.448 pontos
  • S&P 500: 0,98% - 4.596 pontos
  • Dow Jones: 0,68% - 35.730 pontos

Sobe e desce do Ibovespa

A temporada de balanços fica agitada após o fechamento do mercado, com Petrobras e Vale divulgando os seus números. Mas isso é assunto para amanhã. Hoje foi a vez de a Ambev brilhar.

Os números da companhia animaram o mercado e as ações da empresa subiram quase 10%. Confira as maiores altas do dia: 

CÓDIGONOMEULTVAR
ABEV3Ambev ONR$ 16,709,72%
BRFS3BRF ONR$ 22,756,56%
PETR4Petrobras PNR$ 29,201,78%
MULT3Multiplan ONR$ 18,411,77%
KLBN11Klabin unitsR$ 23,601,37%

Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEULTVAR
AMER3Americanas S.AR$ 30,08-8,60%
LAME4Lojas Americanas PNR$ 4,87-7,41%
PRIO3PetroRio ONR$ 23,51-7,26%
GETT11Getnet unitsR$ 4,65-6,63%
CYRE3Cyrela ONR$ 14,40-5,26%

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