Choque de preços tem causa temporária, mas persistência maior, diz Campos Neto
Em coletiva do RTI, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que os efeitos dos choques de preços têm durado mais que o previsto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avalia que os choques de preços vistos no mundo, em sua maioria, têm um caráter temporário. No entanto, ele também ressalta que a duração desses fenômenos tem sido mais prolongada.
"Esse é um debate em todos os bancos centrais mundiais", disse Campos Neto, referindo-se à natureza das pressões inflacionárias. "O choque de commodities tem sido mais persistente do que se imaginava".
No comunicado da última decisão de juros do Copom, na semana passada, o BC retirou algumas menções ao "choque temporário" nos preços, dando margem a interpretações por parte do mercado — alguns agentes entendem que essa mudança na comunicação implica num cenário de inflação mais estrutural.
Campos Neto, no entanto, não cravou que a atribuição de um caráter transitório às pressões inflacionárias foi um erro. Para ele, ainda há incertezas no horizonte, especialmente na relação de troca entre o setor de bens e o de serviços.
Com a reabertura gradual da economia brasileira, espera-se que a demanda por serviços aumente, ajudando a diluir a atual concentração no setor de bens. Ainda assim, ele lembra que, em muitos lugares do mundo, o alívio na demanda por produtos não ocorreu de maneira tão intensa quanto se imaginava.
"Parte grande do choque tem causa temporária, mas uma persistência e disseminação maiores. Por isso, entendemos que era importante o BC atuar como atuou", disse ele, fazendo menção à alta de 0,75 ponto na Selic e às sinalizações de continuidade do processo de normalização monetária.
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Risco energético
Quanto aos riscos de alta nos preços da energia com a ativação de usinas termoelétricas — e, consequentemente, a aceleração ainda mais intensa da inflação —, Campos Neto afirmou que, por enquanto, a autoridade monetária usa as informações públicas a respeito da crise hídrica em suas modelagens de cenário.
Não cabe a nós especularmos sobre o cenário de energia
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central
O Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central, divulgado mais cedo, faz menção à crise hídrica e mostra preocupação por parte da autoridade — o acionamento da bandeira vermelha 1 pela Aneel em maio foi elencado como um dos principais motivos para manter a inflação mais pressionada que o previsto.
"Espera-se que o patamar mais elevado de bandeira [nível 2], acionado neste mês de junho, seja mantido até o final do período seco", diz o BC, no relatório. "Dessa forma, o sistema de bandeiras deve financiar parte significativa do aumento de custos derivados do acionamento adicional de fontes mais caras de energia".
Questionado sobre o tema, Campos Neto disse apenas que uma deterioração adicional da situação energética do país precisará ser levada em conta pelo BC — ele ressaltou, no entanto, que o cenário atual é de retorno à bandeira vermelha nível 1 em 2021 e 2022.
Projeções do RTI
O relatório manteve a projeção de inflação de 5,8% em 2021, acima do teto da meta para o ano, de 5,25%; em 2022, a inflação esperada pelo BC é de 3,5%, exatamente no centro da meta.
No curtíssimo prazo, o BC trabalha com a continuidade das altas nos preços. Em junho, a autoridade monetária projeta um IPCA de 0,62%; em julho, a inflação será de 0,39% e, em agosto, de 0,26%.
Em relação aos próximos passos do Copom, o RTI mostra um tom não tão agressivo por parte do Banco Central. Apesar de continuar deixando a porta aberta para uma eventual alta de um ponto na Selic na reunião de agosto, a autoridade monetária fez diversas ponderações em prol de um novo aumento de 0,75 ponto, mesma magnitude vista nos últimos três encontros.
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