A pandemia da covid-19 acertou em cheio as empresas de educação privada na bolsa. Em meio à crise, muitos alunos que trabalhavam para pagar as mensalidades acabaram perdendo o emprego.
O resultado no balanço das companhias foi o aumento na inadimplência e a queda no número de estudantes nos cursos de graduação.
Mas como costuma acontecer nos momentos de dificuldade, oportunidades se abriram com a aceleração do ensino digital forçado pela pandemia. Nas aulas remotas, a sala de aula deixa os limites das quatro paredes, o que reduz custos para as donas de faculdades.
A crise também estimulou a consolidação do setor. E uma das empresas que se aproveitaram da ocasião para avançar no mercado foi a Ânima (ANIM3).
A rede, que apresentou um dos melhores desempenhos entre as empresas do segmento na bolsa, abocanhou os ativos da norte-americana Laureate no Brasil, em um negócio da ordem de R$ 4 bilhões.
E o apetite por aquisições do grupo ainda não está completamente saciado, afirmou Marcelo Bueno, CEO da Ânima, em uma entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro.
Na realidade do pós-pandemia, ele disse que as empresas de educação precisam ir aonde o aluno está, seja no ensino presencial ou digital.
Trata-se de um processo semelhante ao que aconteceu com o avanço do comércio eletrônico. Bueno, aliás, revelou que uma das inspirações para a Ânima foi a transformação adotada por uma gigante do varejo. Confira todos os detalhes da entrevista concedida ao Victor Aguiar.
O que você precisa saber hoje
MERCADOS
Em meio à onda de frio que chegou ao centro-sul do país, as bolsas pelo mundo seguem aquecidas pela temporada de balanços e na decisão de política monetária do Banco Central norte-americano (Fed). Saiba o que mais deve mexer com os negócios hoje.
Polêmicas, porém conquistando cada vez mais espaço, as criptomoedas e os ativos digitais serão protagonistas do novo programa de startups da Mastercard, com foco em expandir e inovar a tecnologia do universo cripto. Conheça as sete empresas selecionadas do programa.
Cinco ações para ficar de olho. O Victor Aguiar fez uma análise das empresas que foram destaque na bolsa na última semana. Confira o vídeo completo e aproveite para se inscrever no nosso canal no Youtube!
EMPRESAS
O Santander Brasil bateu os próprios recordes e alcançou o maior lucro da sua história, totalizando ganho de R$ 4,171 bilhões entre abril e junho deste ano. Trata-se de um crescimento de 8% em relação ao mesmo período de 2020. Veja o balanço completo.
Por falar em Santander, a unidade brasileira do banco espanhol chega ao fim de uma era. Sérgio Rial deixará a presidência da instituição no fim deste ano. Eu escrevi uma análise sobre a gestão do executivo, que levou o banco a alcançar a improvável liderança de rentabilidade entre os gigantes do setor financeiro no país.
O ano parece ser realmente promissor para as empresas produtoras de commodities. A CSN e a CSN Mineração divulgaram seus resultados com fortes altas anuais em seus lucros, e maior volume de vendas inclusive em relação ao primeiro trimestre. Confira os números da dupla.
A temporada de resultados também contou com os balanços do Assaí, Carrefour e Telefônica. Doce para uns, amargo para outros, confira nesta matéria os números das empresas negociadas na B3.
Mesmo depois de atingir lucro acima do esperado em seu balanço, a Apple viu suas ações caírem mais de 2% no after-market em Nova York após o anúncio do CFO da empresa sobre o próximo trimestre. Entenda o que preocupa os investidores.
ECONOMIA
O super-ministro está mais fraco? Depois de o presidente Jair Bolsonaro publicar a MP que recria o Ministério do Trabalho e Previdência, a pasta de Paulo Guedes ficou mais magra com a perda de dois cobiçados órgãos. Entenda a nova mudança do governo.
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