Bolsonaro vence, mas joga na retranca

Embora tenha nascido em 1977, não guardo recordações da seleção brasileira de 1982 comandada por Telê Santana, que para muita gente foi a melhor de todos os tempos, superando até a da Copa de 1970.
É possível que, se o Brasil tivesse vencido o mundial da Espanha, eu me lembrasse ao menos da festa que certamente tomaria conta das ruas. Por isso os pragmáticos defendem que o importante é o título, como o conquistado pela seleção de 1994 com o “futebol de resultados” de Carlos Alberto Parreira.
Na política, todos dizem preferir o jogo bonito, mas na prática acabam adotando a estratégia da busca pela vitória, mesmo que para isso seja preciso congestionar o meio de campo e dar bico para o mato.
Jair Bolsonaro se elegeu defendendo o que chamou de “nova política” e formou uma equipe de base mais técnica, com liberdade para os “atacantes” Paulo Guedes e Sergio Moro, que viraram “superministros”. Mas ele não demorou muito para promover mudanças na equipe em busca dos resultados.
Nessa guinada política, o presidente conquistou uma vitória importante ontem com as eleições de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco para o comando da Câmara e do Senado. Mas foi uma conquista obtida com base na retranca e com a escalação dos zagueiros do famoso Centrão.
Para o mercado financeiro, que é adepto da política de resultados, a vitória de Bolsonaro traz a promessa de que a agenda liberal e de reformas de Paulo Guedes enfim saia do papel. Saiba com a Jasmine Olga a reação dos investidores ao clima mais ameno em Brasília e tudo o que deve movimentar o pregão de hoje.
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O que você precisa saber hoje
MERCADOS
Diante da expectativa de que o Congresso seria comandado por políticos alinhados ao governo e o bom humor no mercado internacional com as vacinas, o Ibovespa encerrou ontem com alta de 2,13%, aos 117.517,57 pontos. O dólar caiu 0,45%, a R$ 5,4498.
EMPRESAS
Prejudicado pelos bilhões de reais que teve que fazer em provisões para fazer frente a perdas com a crise do coronavírus, o Itaú Unibanco registrou uma queda de 34,6% no lucro em 2020. Confira os principais números do balanço.
Apesar da queda no lucro, o Itaú informou que vai repassar mais R$ 1,3 bilhão aos acionistas. Considerando os dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) já pagos, o banco pagou o equivalente a 25% do lucro líquido de 2020.
A Eneva confirmou que negocia com a Petrobras a compra do Polo Urucu, no Amazonas. A notícia, adiantada ontem na mídia, fez as ações da geradora de energia subirem mais de 13%.
Depois de toda dor de cabeça com o evento geológico provocado pela atividade de sal-gema em Maceió, a Braskem deve reativar as operações da unidade de cloro e soda na cidade.
OPINIÃO
O que vai prevalecer nos mercados, a razão ou a sensibilidade? O movimento especulativo com ações promovido em fóruns na internet e a preocupação com o setor de tecnologia lá fora abalaram os investidores no mês passado. Na coluna de hoje, o Matheus Spiess conta para você o que esperar (e o que temer) a partir de agora.
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