🔴 SELECIONAMOS AS MELHORES RECOMENDAÇÕES DO BTG PACTUAL PARA VOCÊ – ACESSE GRATUITAMENTE

Por que o dólar continua tão alto, mesmo após o aumento da Selic?

Expectativa era de que alta da taxa básica de juros brasileira baixasse o câmbio, mas outros fatores estão mantendo o dólar alto

30 de março de 2021
6:24
Selic, Dólar, Real
Imagem: Shutterstock

Desde o início do ano, o dólar sobe mais de 10%. Agora cotado a quase R$5,80, considerável parcela do mercado esperava que o dólar aliviasse a pressão depois da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o que claramente não aconteceu. 

Vamos entender as razões para isso. Primeiro, vamos revisar as determinantes na variação cambial (paridade real - dólar). 

Podemos ilustrá-las em quatro principais derivadas:

  • a diferença entre a taxa de juros do Brasil e dos EUA;
  • os preços das commodities ao redor do mundo;
  • a força do dólar no mundo; e
  • o risco-país.

A reunião do Copom poderia aliviar o primeiro indicador, da diferença entre os juros, mas não os demais.

Mas vamos por parte, explicando cada um dos pontos.

Brasil x Estados Unidos

Saímos do último encontro do BC com a noção de que os juros brasileiros não só estavam subindo mais do que o esperado, em 0,75 ponto percentual (p.p.), como também teríamos outra elevação da Selic na próxima decisão. Ou seja, a autoridade monetária contratou mais uma elevação dos juros, levando a Selic de 2,75% para 3,50%.

Leia Também

Enquanto isso, nos EUA, o Fed, o banco central americano, insiste em manter sua política expansionista, argumentando que a inflação vigente é de curto prazo (um fenômeno transitório) e que, portanto, a autoridade monetária deveria ficar indiferente a tais variações temporárias, ainda que as acompanhe com atenção.

Logo, você tem uma alta dos juros brasileiro e uma manutenção dos juros americanos, elevando o diferencial de juros e atraindo dólares para cá.

A atração de dólares seria natural em um ambiente como esse, valorizando o real.

Mas isso não ocorreu.

Por quê?

Bem, justamente pelos demais pontos apresentados.

É no mundo todo

Se, por um lado, as commodities estão em alta no mundo, engajados por uma força compradora estimulada pela alta das expectativas de demanda - desde 2020 as commodities têm ganhado espaço, na expectativa de uma retomada da economia, novo ciclo de emergente e uma abordagem mais multilateralista dos EUA -, por outro, a moeda americana também tem se fortalecido mais recentemente.

A força do dólar no mundo depõe bastante contra a nossa moeda.

Depois de um grande ciclo de valorização do dólar, nos pós 2008, o triênio de 2018 a 2020 serviu para criar uma tese robusta de que o dólar começaria a se desvalorizar, principalmente por conta do grande expansionismo monetário e fiscal nos EUA. Isso, porém, teve um freio diante do processo de retomada econômica e da alta dos juros de 10 anos nos EUA.

Lembra que comentamos que o Fed não quer subir a taxa de juros?

Então, o mercado começa a temer que ele esteja agindo errado e começa a precificar uma maior inclinação da curva de juros. Esse processo atrai recursos para os EUA, valorizando a moeda americana.

Veja abaixo como o mercado está precificando um Fed significativamente mais agressivo em relação às expectativas do Fomc (Copom dos EUA). Historicamente, os mercados tendem a antecipar prematuramente aumentos nas taxas do Fed. Na maioria das vezes, choques deflacionários imprevistos forçam o Fed a permanecer mais dovish (postura mais complacente com a inflação) do que os mercados anteciparam.

É improvável que o Fed dê ouvidos ao mercado por enquanto.

Hoje, a autoridade opera sob uma estrutura que visa o crescimento inclusivo, que tolera uma inflação mais alta em relação ao passado e reage à inflação real em vez da projetada.

Adicionalmente, os EUA parecem estar saindo com muita força da pandemia, vacinando a população e com grandes pacotes de estímulos.

Assim, um dólar mais forte no mundo em nada ajuda o real.

Nossos próprios problemas

Por fim, temos o ponto mais importante talvez, que tem pressionado bastante a nossa moeda, o risco-país – aqui medido pelo Credit Default Swap (CDS) de cinco anos, ou o prêmio para se proteger de um calote brasileiro nesse horizonte temporal.

Notamos um grande estresse no indicador de risco-país, principalmente por conta de:

  • pior momento da pandemia;
  • panorama fiscal complicadíssimo; e 
  • imbróglios políticos e jurídicos em Brasília.

Esses fatores desgastam a percepção positiva do Brasil, retirando dólares.

Por isso, enquanto não arrumamos nossa casa, dificilmente veremos um dólar mais fraco aqui, mesmo que o diferencial de juros e a alta das commodities nos ajudem, uma elevação de 1,50 p.p. (somatório da última e da expectativa da próxima reunião do Copom) dificilmente conseguirá debelar a alta do CDS e do dólar no mundo.

Com tanta volatilidade e surpresa o investidor não pode se dar ao luxo de ficar desacompanhado.

Diante da problemática, Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus, a maior casa de análise de investimentos para pessoa física da América Latina, desenvolveu um projeto novo que se chama Investidor Definitivo.

Nele, Miranda pretende deixar tudo o que aprendeu em 20 anos de mercado, como se fosse o seu último projeto nesse formato, que terá participação integral dele por uma razão: muito provavelmente vai ser mesmo o seu último projeto com esse nível de participação e comprometimento.

Ele é "Definitivo" não só porque visa mudar a sua vida financeira com resultados significativos, mas porque esta é a primeira e única vez que vamos oferecer esse pacote.

O momento não poderia ser mais oportuno. Vivemos uma combinação de fatores raríssimos, um momento histórico que colocou muitas variáveis econômicas em nível que a gente nunca viu ou viveu antes. É a chance do investidor se valer das melhores cabeças do mercado nacional por meio do Investidor Definitivo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DECOLANDO

Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)

12 de junho de 2025 - 18:23

Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco

MEXENDO NA BOLSA

Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças

12 de junho de 2025 - 17:40

Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras

MOVIMENTO INÉDITO

Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria

12 de junho de 2025 - 16:49

Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3

NA MIRA DO LEÃO

Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras

12 de junho de 2025 - 15:48

O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso

MENOS RENDIMENTOS

Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto

12 de junho de 2025 - 13:52

Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores

DE CARA NOVA

Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11

12 de junho de 2025 - 13:02

Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial

AJUSTES NO PORTFÓLIO

Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3

12 de junho de 2025 - 9:16

O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?

ANOTE NA AGENDA

Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber

11 de junho de 2025 - 19:40

A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos

CARTA MENSAL

Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”

11 de junho de 2025 - 16:04

Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação

A MAIOR ALTA DO IFIX

Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje

11 de junho de 2025 - 12:19

Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII

DE OLHO NA CONTA

Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber

11 de junho de 2025 - 11:39

A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023

SEU MENTOR DE INVESTIMENTOS

Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu

11 de junho de 2025 - 10:39

Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas

QUE SE FAÇA LUZ

Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%

10 de junho de 2025 - 19:29

A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado

COMPRAR OU VENDER

Sem dividendos para o Banco do Brasil? Itaú BBA mantém recomendação, mas corta  preço-alvo das ações BBSA3

10 de junho de 2025 - 18:00

Banco estatal tem passado por revisões de analistas depois de apresentar resultados ruins no primeiro trimestre do ano e agora paga o preço

É A HORA

Santander aumenta preço-alvo de ação que já subiu mais de 120% no ano, mas que ainda pode se valorizar e pagar dividendos

10 de junho de 2025 - 13:25

De acordo com analistas do banco, essa empresa do ramo da construção civil tem uma posição forte, sendo negociada com um preço barato mesmo com lucros crescendo em 24%

OPORTUNIDADE À VISTA

Dividendos e recompras: por que esta empresa do ramo dos seguros é uma potencial “vaca leiteira” atraente, na opinião do BTG

10 de junho de 2025 - 12:39

Com um fluxo de caixa forte e perspectiva de se manter assim no médio prazo, esta corretora de seguros é bem avaliada pelo BTG

LEÃO COM MAIS APETITE

“Caixa de Pandora tributária”: governo quer elevar Imposto de Renda sobre JCP para 20% e aumentar CSLL. Como isso vai pesar no bolso do investidor?

9 de junho de 2025 - 17:23

Governo propõe aumento no Imposto de Renda sobre JCP e mudanças na CSLL; saiba como essas alterações podem afetar seus investimentos

LÁ VAMOS NÓS DE NOVO…

FIIs e fiagros voltam a entrar na mira do Leão: governo quer tirar a isenção de IR e tributar rendimentos em 5%; entenda

9 de junho de 2025 - 17:14

De acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico, a tributação de rendimentos de FIIs e fiagros, hoje isentos, entra no pacote de medidas alternativas ao aumento do IOF

É PARA COMPRAR

UBS BB considera que essa ação entrou nos anos dourados com tarifas de Trump como um “divisor de águas”

9 de junho de 2025 - 13:10

Importações desse segmento já estão sentindo o peso da guerra comercial — uma boa notícia para essa empresa que tem forte presença no mercado dos EUA

A ESTRATÉGIA DO FII

Maior fundo imobiliário de renda urbana da B3 vende imóvel locado pelo Insper por R$ 170 milhões; veja o que muda para os cotistas

9 de junho de 2025 - 12:11

O FII anunciou nesta segunda-feira (9) que firmou um acordo para a venda total do edifício localizado na Rua Quatá, em São Paulo

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar