🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: QUEM FICOU EM BAIXA E QUAIS FORAM AS SURPRESAS DE 2025? – ASSISTA AGORA

Por que o dólar continua tão alto, mesmo após o aumento da Selic?

Expectativa era de que alta da taxa básica de juros brasileira baixasse o câmbio, mas outros fatores estão mantendo o dólar alto

30 de março de 2021
6:24
Selic, Dólar, Real
Imagem: Shutterstock

Desde o início do ano, o dólar sobe mais de 10%. Agora cotado a quase R$5,80, considerável parcela do mercado esperava que o dólar aliviasse a pressão depois da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o que claramente não aconteceu. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vamos entender as razões para isso. Primeiro, vamos revisar as determinantes na variação cambial (paridade real - dólar). 

Podemos ilustrá-las em quatro principais derivadas:

  • a diferença entre a taxa de juros do Brasil e dos EUA;
  • os preços das commodities ao redor do mundo;
  • a força do dólar no mundo; e
  • o risco-país.

A reunião do Copom poderia aliviar o primeiro indicador, da diferença entre os juros, mas não os demais.

Mas vamos por parte, explicando cada um dos pontos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Brasil x Estados Unidos

Saímos do último encontro do BC com a noção de que os juros brasileiros não só estavam subindo mais do que o esperado, em 0,75 ponto percentual (p.p.), como também teríamos outra elevação da Selic na próxima decisão. Ou seja, a autoridade monetária contratou mais uma elevação dos juros, levando a Selic de 2,75% para 3,50%.

Leia Também

Enquanto isso, nos EUA, o Fed, o banco central americano, insiste em manter sua política expansionista, argumentando que a inflação vigente é de curto prazo (um fenômeno transitório) e que, portanto, a autoridade monetária deveria ficar indiferente a tais variações temporárias, ainda que as acompanhe com atenção.

Logo, você tem uma alta dos juros brasileiro e uma manutenção dos juros americanos, elevando o diferencial de juros e atraindo dólares para cá.

A atração de dólares seria natural em um ambiente como esse, valorizando o real.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas isso não ocorreu.

Por quê?

Bem, justamente pelos demais pontos apresentados.

É no mundo todo

Se, por um lado, as commodities estão em alta no mundo, engajados por uma força compradora estimulada pela alta das expectativas de demanda - desde 2020 as commodities têm ganhado espaço, na expectativa de uma retomada da economia, novo ciclo de emergente e uma abordagem mais multilateralista dos EUA -, por outro, a moeda americana também tem se fortalecido mais recentemente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A força do dólar no mundo depõe bastante contra a nossa moeda.

Depois de um grande ciclo de valorização do dólar, nos pós 2008, o triênio de 2018 a 2020 serviu para criar uma tese robusta de que o dólar começaria a se desvalorizar, principalmente por conta do grande expansionismo monetário e fiscal nos EUA. Isso, porém, teve um freio diante do processo de retomada econômica e da alta dos juros de 10 anos nos EUA.

Lembra que comentamos que o Fed não quer subir a taxa de juros?

Então, o mercado começa a temer que ele esteja agindo errado e começa a precificar uma maior inclinação da curva de juros. Esse processo atrai recursos para os EUA, valorizando a moeda americana.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Veja abaixo como o mercado está precificando um Fed significativamente mais agressivo em relação às expectativas do Fomc (Copom dos EUA). Historicamente, os mercados tendem a antecipar prematuramente aumentos nas taxas do Fed. Na maioria das vezes, choques deflacionários imprevistos forçam o Fed a permanecer mais dovish (postura mais complacente com a inflação) do que os mercados anteciparam.

É improvável que o Fed dê ouvidos ao mercado por enquanto.

Hoje, a autoridade opera sob uma estrutura que visa o crescimento inclusivo, que tolera uma inflação mais alta em relação ao passado e reage à inflação real em vez da projetada.

Adicionalmente, os EUA parecem estar saindo com muita força da pandemia, vacinando a população e com grandes pacotes de estímulos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Assim, um dólar mais forte no mundo em nada ajuda o real.

Nossos próprios problemas

Por fim, temos o ponto mais importante talvez, que tem pressionado bastante a nossa moeda, o risco-país – aqui medido pelo Credit Default Swap (CDS) de cinco anos, ou o prêmio para se proteger de um calote brasileiro nesse horizonte temporal.

Notamos um grande estresse no indicador de risco-país, principalmente por conta de:

  • pior momento da pandemia;
  • panorama fiscal complicadíssimo; e 
  • imbróglios políticos e jurídicos em Brasília.

Esses fatores desgastam a percepção positiva do Brasil, retirando dólares.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por isso, enquanto não arrumamos nossa casa, dificilmente veremos um dólar mais fraco aqui, mesmo que o diferencial de juros e a alta das commodities nos ajudem, uma elevação de 1,50 p.p. (somatório da última e da expectativa da próxima reunião do Copom) dificilmente conseguirá debelar a alta do CDS e do dólar no mundo.

Com tanta volatilidade e surpresa o investidor não pode se dar ao luxo de ficar desacompanhado.

Diante da problemática, Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus, a maior casa de análise de investimentos para pessoa física da América Latina, desenvolveu um projeto novo que se chama Investidor Definitivo.

Nele, Miranda pretende deixar tudo o que aprendeu em 20 anos de mercado, como se fosse o seu último projeto nesse formato, que terá participação integral dele por uma razão: muito provavelmente vai ser mesmo o seu último projeto com esse nível de participação e comprometimento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ele é "Definitivo" não só porque visa mudar a sua vida financeira com resultados significativos, mas porque esta é a primeira e única vez que vamos oferecer esse pacote.

O momento não poderia ser mais oportuno. Vivemos uma combinação de fatores raríssimos, um momento histórico que colocou muitas variáveis econômicas em nível que a gente nunca viu ou viveu antes. É a chance do investidor se valer das melhores cabeças do mercado nacional por meio do Investidor Definitivo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
TOUROS E URSOS #253

Ursos de 2025: Banco Master, Bolsonaro, Oi (OIBR3) e dólar… veja quem esteve em baixa neste ano na visão do Seu Dinheiro

24 de dezembro de 2025 - 8:00

Retrospectiva especial do podcast Touros e Ursos revela quem terminou 2025 em baixa no mercado, na política e nos investimentos; confira

AINDA MAIS PRECIOSOS

Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?

22 de dezembro de 2025 - 12:48

No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%

BOMBOU NO SD

LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro

21 de dezembro de 2025 - 17:10

Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana

B DE BILHÃO

R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista

21 de dezembro de 2025 - 16:01

Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias

APÓS UMA DECISÃO JUDICIAL

Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana

21 de dezembro de 2025 - 11:30

O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo

DESTAQUES DA SEMANA

Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques

20 de dezembro de 2025 - 16:34

Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas

OS MAIORES DO ANO

Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking

19 de dezembro de 2025 - 14:28

Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel

MEXENDO NO PORTFÓLIO

De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação

19 de dezembro de 2025 - 11:17

Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar

MERCADOS

“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237

18 de dezembro de 2025 - 19:21

Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)

ENTREVISTA

‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus

18 de dezembro de 2025 - 19:00

CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.

OTIMISMO NO RADAR

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem

18 de dezembro de 2025 - 17:41

Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário

PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar