🔴 UM SALÁRIO MÍNIMO DE RENDA TODO O MÊS COM DIVIDENDOS? – DESCUBRA COMO

A corrida tecnológica e seu esgotamento: a alta das ações de e-commerce chegou ao fim?

Ainda que as ações aparentem estar caras hoje e mereçam ser revisadas, em horizontes dilatados de tempo, elas ainda merecem um espaço nas carteiras

6 de abril de 2021
6:38 - atualizado às 8:54
compra online e-commerce
Imagem: Shutterstock

Quantas vezes você comprou alguma coisa pela internet em 2019?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E em 2020?

Houve alguma evolução na quantidade de compras realizadas pelos veículos de varejo digital, o famoso e-commerce?

Se você fizer parte da maior parte das pessoas, sua resposta para esta última pergunta será afirmativa.

É inegável que nossas vidas foram inundadas pela tecnologia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Processos que já estavam em andamento, no sentido de modernizar a sociedade, se aprofundaram ainda mais. Outras estruturas, ainda em estágio embrionário de disrupção, acabaram sendo antecipadamente alteradas. Com o movimento, vivemos hoje diversas mudanças paradigmáticas.

Leia Também

Em outras palavras, a pandemia acelerou a mudança para um mundo mais digital. Consequentemente, um universo mais digitalizado criou mais oportunidades nos diferentes segmentos ligados à tecnologia. A economia do stay at home (fique em casa em português) possibilitou uma nova frente de investimento e formação de expectativas.

O resultado?

Em poucos meses, presenciamos uma verdadeira corrida tecnológica que poderia durar alguns anos se fosse seguido o processo natural.

O ser humano se adapta... Essa é a grande lição.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ao passo em que os novos direcionamentos eram dados, todos compraram ações de tecnologia. Faz muito sentido – afinal, esse será o grande vencedor de longo prazo. Se a tendência estrutural de longo prazo ainda é a estagnação secular e os juros devem se estabilizar em patamares mais baixos, não há alternativa. Assim, foi preciso investir na nova tecnologia em detrimento da velha.

Por evidência, podemos verificar dois efeitos na economia real:

  • no curto prazo, para as empresas que souberam se posicionar rapidamente ou que já estavam no lugar correto, foi possível observar um ritmo de crescimento acelerado; e
  • mimetização dessa corrida nos países desenvolvidos nos países emergentes, inclusive na América Latina. Percebem?

O movimento que deveria ser estrutural se tornou algo temático (momentum).

Como muito bem lembrou a Atmos Capital em carta recente, a criação dessa narrativa, o aumento da indústria de ETFs (fundos negociados em Bolsas), o destaque dos fundos temáticos ativos e, por fim, o medo de ficar de fora da festa (FOMO, ou fear of missing out em inglês), criam um ciclo que se retroalimenta.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A consequência?

Empresas de tecnologia ou ligadas à digitalização ganharam capitalizações de mercado de proporções estrondosas, impulsionadas pelo juro baixo.

Basicamente, o mercado estava trazendo a valor presente todo o novo potencial de valorização das empresas.

Por um lado, o movimento é justificado uma vez que houve redução do custo de capital das empresas e a conjuntura de pandemia abriu espaço para a solidificação de vantagens competitivas.

Por outro, o mercado se valorizou unilateralmente demais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pela leitura da Atmos, em um primeiro momento, talvez fosse um sinal de que as empresas andaram rápido demais...

Para tal avaliação, eles se valem da análise de múltiplos das empresas ligadas ao e-commerce, que bombou e deverá continuar a bombar. Como a pandemia antecipou o crescimento de setores por inteiro, a capitalização se deu entre as empresas e seus diversos competidores, os quais, em circunstâncias regulares de mercado, não teriam sido capazes de atrair esses recursos.

Só foi possível, portanto, porque o mercado de tecnologia estava em euforia.

Abaixo, a tabela da Atmos ilustra como os múltiplos se tornaram confusos no setor de e-commerce (quase tudo em patamares considerados muito caros):

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fonte(s): Atmos Capital

Em ambientes mais competitivos, no longo prazo, a lógica deveria ser a inversa. Não todos do setor poderiam sair tão vencedores. Deveria estar mais distribuído entre setores e não valendo tanto. Assim, investidores começaram a temer que o varejo digital e o comércio eletrônico poderiam estar “sobre comprados” e, dessa forma, justificaria uma desmontagem de posição.

A mais recente alta dos yields americanos, a qual já discutimos inúmeras vezes aqui, que pressionou os juros de 10 anos nos EUA, foi a justificativa perfeita para que investidores atentos aos valuations esticados de tecnologia começassem a vender representantes de um duration longo em Bolsa e casos de crescimento (subida de juros prejudica a performance dos ativos ligados à crescimento).

O mercado vive de narrativas...

Ele é temático. E agora, acabou levando para casa a justificativa para realizar as posições que antes estavam sendo apontadas como caras.

Mas estariam mesmo?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ainda que o curto prazo aponte para isso, entendo que o estrutural não mudou.

Não há como voltar atrás no movimento secular como o que estamos vendo. De qualquer forma, a Atmos tem um argumento muito forte e verdadeiro. Tem coisa mal precificada para o presente momento e que justificará movimentos de venda em horizontes mais curtos de tempo.

Por ora, o mercado está viciado em teses que possuem o fluxo de caixa mais no presente, da economia tradicional, ligadas às commodities e à reabertura. O pano de fundo, porém, continua sendo o mesmo.

Lembre-se que os temas têm se tornado cada vez mais globais e menos regionais. O Brasil embarca nesse movimento, como temos visto nas últimas semanas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Lá fora, Joe Biden promete vacinar todos os adultos americanos até maio, enfia vários pacotes fiscais trilionários na economia americano e há uma possibilidade real de superaquecimento cíclico da economia dos EUA.

Nunca se viu tanto estímulo monetário e fiscal e a inflação está à espreita. O mercado agora olha para empresas do setor financeiro e para as commodities. Essa é a chamada "velha economia".

Ah, e não se esqueça das que ficaram baratas e que precisam subir também, como shoppings, varejo físico e educacionais com foco no presencial – nomes da economia doméstica ligados à reabertura.

É verdade, esse movimento existe; mas, no longo prazo, a presença dele hoje não impede as teses estruturais de tecnologia. Ela veio para ficar, ponto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ou seja, ainda que as ações aparentem estar caras hoje, como o caso das empresas de e-commerce, e mereçam ser revisadas frentes as teses que apresentei agora acima, que se beneficiam do movimento atual, em horizontes dilatados de tempo elas ainda merecem um espaço nas carteiras, mesmo que de maneira mais seleta.

Veja, não vai ser mais qualquer coisa que vai subir, como foi no ano passado.

Tudo isso, claro, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco, e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas.

Ao longo da próxima década, devemos observar um ciclo de crescimento rápido para inovadores em setores em transformação tecnológica estrutural. As fintechs, por exemplo, como muito bem nos lembrou o pessoal da Vitreo em sua newsletter, deverão experimentar uma evolução de receita dos US$ 150 bilhões de 2018 para US$ 500 bilhões em 2030, implicando em uma taxa média de crescimento anual cerca de três vezes mais rápida do que o setor financeiro tradicional.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As empresas inovadoras em tecnologia da saúde e as de "subscription" não ficam para trás. O primeiro grupo deverá se beneficiar da ascensão da telemedicina e do monitoramento digital de saúde. Já o segundo, das "empresas de assinatura" (de subscrição, ou "subscription"), podemos esperar um crescimento constante de receita, sólida geração de fluxo de caixa e capacidade de melhoria de margem – deve dobrar até 2025, tornando-o um dos segmentos de crescimento mais rápido em nível global.

O e-commerce não deverá ficar para trás

No curto prazo, porém, as ações de crescimento podem permanecer voláteis à medida que os mercados se adaptam ao ambiente inflacionário.

Ainda assim, muito embora o setor de tecnologia deva ter um desempenho inferior ao cíclico nos próximos 12 a 24 meses, os investidores ainda devem se beneficiar da exposição de longo prazo à tecnologia. Basta ser um pouco mais seletivo nos nomes e deixar de comprar qualquer coisa no setor; isto é, para o longo prazo o alpha será mais importante que o beta.

Para isso, nada como uma das assinaturas mais vendidas da Empiricus que serve justamente para ajudar seus assinantes a encontrar as melhores oportunidades. Fala aqui da série As Melhores Ações da Bolsa. Venha conferir o que nossos especialistas apontam como sendo as assimetrias mais convidativas para investimentos a longo prazo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O INSACIÁVEL

A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação

1 de dezembro de 2025 - 9:55

Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje

1 de dezembro de 2025 - 8:43

Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje

OS VERDADEIROS DUELOS

O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA

1 de dezembro de 2025 - 6:01

De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa

28 de novembro de 2025 - 19:52

Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348

28 de novembro de 2025 - 13:09

Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA

OPERAÇÃO POÇO DE LOBATO

Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis

27 de novembro de 2025 - 14:48

Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor

ALOCAÇÃO GLOBAL

Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas

27 de novembro de 2025 - 14:01

Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026

PORTFÓLIO DE IMÓVEIS

FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal

27 de novembro de 2025 - 10:16

Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura

MERCADOS

Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346 

26 de novembro de 2025 - 18:35

As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados

TOUROS E URSOS #249

Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção

26 de novembro de 2025 - 12:30

No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767

25 de novembro de 2025 - 19:00

Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje

24 de novembro de 2025 - 19:30

Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira

BALANÇO DA SEMANA

Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana

23 de novembro de 2025 - 14:21

Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana

ADEUS À B3

JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho

22 de novembro de 2025 - 13:32

Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos

FEITO INÉDITO

A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”

21 de novembro de 2025 - 18:03

Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão

MERCADOS HOJE

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso

21 de novembro de 2025 - 17:07

A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão

MERCADOS HOJE

Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA

21 de novembro de 2025 - 16:08

Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje

BAITA DOR DE CABEÇA

O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores

21 de novembro de 2025 - 14:10

A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista

OPAS E INTERNACIONALIZAÇÃO

Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?

21 de novembro de 2025 - 6:18

Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor

VIRADA NOS MERCADOS

Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir

20 de novembro de 2025 - 15:59

A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar