Investimento em fundos de private equity: uma união entre paixão, vocação e oportunidade
Quando somos crianças, os nossos pais, as pessoas à nossa volta e a nossa percepção dos acontecimentos têm grande influência em quem nos tornamos. No meu caso, desenvolvi uma paixão pelo tema empreendedorismo por ter crescido no meio. Meu pai era empresário do ramo de postos de combustível, e seus amigos e os pais da maior parte dos meus amigos de infância também eram ou ainda são empreendedores.
Por conta disso, ao longo dos anos presenciei vários casos de sucesso. Porém, mais frequentemente do que gostaria, também vi de perto o lado negativo de ser um empresário.
Seu ganha pão mensal nunca está garantido, e a pressão de fazer a empresa performar não está limitada apenas ao bem-estar da sua família, mas também às diversas famílias cujos entes você emprega.
Além disso, empresários que nunca tiveram uma profissão antes de montar suas empresas podem ter dificuldade em encontrar um emprego tradicional para se reerguerem (como aconteceu com meu pai quando seus postos faliram).
Os retornos potenciais de montar um negócio são grandes, mas as consequências também são. Ao entender isso, fica mais claro porque os empresários têm uma dedicação fora do comum para com os seus negócios. Eles vivem, respiram e dormem pensando em sua empresa. O fracasso não é uma opção.
Apesar de toda a dedicação, as coisas sempre podem dar errado. Independentemente do sucesso anterior, um erro, uma falta de sorte ou os dois somados podem ter consequências sérias. Abaixo cito dois casos que afetaram pessoas próximas a mim.
Leia Também
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
O primeiro foi de uma companhia que valia centenas de milhões e pretendia abrir capital na Bolsa. Dias antes do IPO, o Lehman Brothers pede falência e dá início à crise de 2008, acabando com qualquer chance de o IPO ser realizado. Como a empresa era muito alavancada, as dívidas que seriam pagas com o capital do IPO se acumularam, resultando na falência da companhia anos depois.
O segundo foi de uma empresa que negociava com um grande banco de investimento a sua venda atrelada a um aporte de capital para financiar seu crescimento e viabilizar a competição com sua maior concorrente. Porém um detalhe jurídico e fiscal acabou com as negociações. A empresa não conseguiu capital para competir com a concorrente, que, por ter muito caixa vindo do investimento de fundos de private equity, conseguiu se consolidar e aumentar ainda mais sua liderança no setor.
Em ambos os casos, um fundo de private equity poderia ter sido a solução. Esses fundos, quando fazem um investimento, alocam muito mais do que apenas capital — eles procuram mitigar riscos, melhoram a governança, agregam know-how e fazem um planejamento robusto de crescimento. O objetivo é gerar o máximo de valor possível e mitigar riscos para que a companhia tenha um crescimento acelerado e alcance um valor muito superior ao de quando entraram.
Seja você um empresário de sucesso ou um trabalhador procurando rentabilizar seu capital, o investimento em fundos de private equity é uma ótima alternativa. Você consegue se expor aos seus concorrentes, ou a negócios que podem se tornar as grandes companhias do futuro, surfando sua valorização antes mesmo de esses nomes se tornarem conhecidos do grande público, como antes de um IPO, por exemplo.
Esse tipo de investimento pode ter taxas internas de retorno (TIR) próximas de 20%, com alguns podendo superar, em muito, esse valor. E até alguns anos atrás, a possibilidade de investir em fundos de private equity era restrita a clientes de private e wealth. Mas hoje, felizmente, sua distribuição é bem mais abrangente, com alguns veículos sendo oferecidos para clientes de segmentos como o Itaú Personnalité e mais abertamente em corretoras como BTG, Vitreo e XP.
A maior acessibilidade a esse tipo de oferta é prejudicada por uma regulação restritiva por parte da CVM, que limita esses produtos a investidores qualificados (aqueles com R$ 1 milhão em investimentos financeiros ou com alguma certificação da CVM) ou até mesmo a profissionais (aqueles com mais de R$ 10 milhões em investimentos).
Além disso, há uma grande assimetria de informação. As gestoras de private equity não divulgam publicamente todos os detalhes de seus históricos de retorno, as estruturas dos fundos e taxas são bem mais complexas que nos fundos tradicionais e o acesso aos gestores é bem mais restrito, aumentando a dificuldade de compreensão da estratégia.
Com todos esses obstáculos, não é de espantar que o investidor aplique em fundos que não são os melhores ou que não sejam apropriados para seu perfil. Nos fundos tradicionais, com seus prazos de resgate de 30 ou 60 dias, esse seria um problema rapidamente remediável, mas em um fundo de private equity, em que não existe resgate e seu capital ficará investido por dez anos, uma decisão errada tem consequências de longuíssimo prazo.
Aqui na série Os Melhores Fundos de Investimento fizemos nossa primeira recomendação de private equity com o objetivo de multiplicação da capital, acabando com essa assimetria de informação e dando todos os detalhes para nossos assinantes em uma publicação completa.
Apresentamos a gestora, a equipe e o fundo, além de trazer em detalhes o histórico de resultado dos seus quatro veículos anteriores, que investiram em 15 companhias, sem ter nenhuma perda até o momento. Tudo isso graças ao relacionamento criado com a equipe do fundo por meio de diversas conversas nos últimos 12 meses.
Essa equipe é composta por 14 pessoas, sendo que seus principais gestores somam mais de 70 anos de experiência em private equity e trabalham juntos há mais de dez anos fazendo a mesma coisa: investimento minoritário em empresas líderes de seus setores ou regiões.
Na nossa visão, a consistência de retorno das companhias investidas e a estratégia adotada mostram que essa gestora tem uma abordagem conservadora em private equity, focada em consistência e segurança para seus investidores.
Apesar da falência das empresas da minha família e das dificuldades que enfrentamos, minha paixão pelo tema empreendedorismo continuou firme, com minha admiração pelos empreendedores aumentando ao longo dos anos. Contudo, descobri minha verdadeira vocação no mercado financeiro.
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje
Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado
Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional
Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central
Se você é explicitamente “o menino de ouro” do presidente da República e próximo ao ministério da Fazenda, é natural desconfiar de sua eventual subserviência ao poder Executivo
Hapvida decepciona mais uma vez, dados da Europa e dos EUA e o que mais move a bolsa hoje
Operadora de saúde enfrenta mais uma vez os mesmos problemas que a fizeram despencar na bolsa há mais dois anos; investidores aguardam discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE) e dados da economia dos EUA
CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3), o ‘terror dos vendidos’ e mais: as matérias mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matéria sobre a exposição da Oncoclínicas aos CDBs do Banco Master foi a mais lida da semana; veja os destaques do SD
A debandada da bolsa, pessimismo global e tarifas de Trump: veja o que move os mercados hoje
Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3; veja o que está por trás desse movimento e o que mais pode afetar o seu bolso
Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa
Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento
Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?
Chegamos à situação contemporânea nos EUA em que o mercado de trabalho começa a dar sinais em prol de cortes nos juros, enquanto a inflação (acima da meta) sugere insistência no aperto
A nova estratégia dos FIIs para crescer, a espera pelo balanço da Nvidia e o que mais mexe com seu bolso hoje
Para continuarem entregando bons retornos, os Fundos de Investimento Imobiliários adaptaram sua estratégia; veja se há riscos para o investidor comum. Balanço da Nvidia e dados de emprego dos EUA também movem os mercados hoje