Investimento em fundos de private equity: uma união entre paixão, vocação e oportunidade
Quando somos crianças, os nossos pais, as pessoas à nossa volta e a nossa percepção dos acontecimentos têm grande influência em quem nos tornamos. No meu caso, desenvolvi uma paixão pelo tema empreendedorismo por ter crescido no meio. Meu pai era empresário do ramo de postos de combustível, e seus amigos e os pais da maior parte dos meus amigos de infância também eram ou ainda são empreendedores.
Por conta disso, ao longo dos anos presenciei vários casos de sucesso. Porém, mais frequentemente do que gostaria, também vi de perto o lado negativo de ser um empresário.
Seu ganha pão mensal nunca está garantido, e a pressão de fazer a empresa performar não está limitada apenas ao bem-estar da sua família, mas também às diversas famílias cujos entes você emprega.
Além disso, empresários que nunca tiveram uma profissão antes de montar suas empresas podem ter dificuldade em encontrar um emprego tradicional para se reerguerem (como aconteceu com meu pai quando seus postos faliram).
Os retornos potenciais de montar um negócio são grandes, mas as consequências também são. Ao entender isso, fica mais claro porque os empresários têm uma dedicação fora do comum para com os seus negócios. Eles vivem, respiram e dormem pensando em sua empresa. O fracasso não é uma opção.
Apesar de toda a dedicação, as coisas sempre podem dar errado. Independentemente do sucesso anterior, um erro, uma falta de sorte ou os dois somados podem ter consequências sérias. Abaixo cito dois casos que afetaram pessoas próximas a mim.
Leia Também
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
O primeiro foi de uma companhia que valia centenas de milhões e pretendia abrir capital na Bolsa. Dias antes do IPO, o Lehman Brothers pede falência e dá início à crise de 2008, acabando com qualquer chance de o IPO ser realizado. Como a empresa era muito alavancada, as dívidas que seriam pagas com o capital do IPO se acumularam, resultando na falência da companhia anos depois.
O segundo foi de uma empresa que negociava com um grande banco de investimento a sua venda atrelada a um aporte de capital para financiar seu crescimento e viabilizar a competição com sua maior concorrente. Porém um detalhe jurídico e fiscal acabou com as negociações. A empresa não conseguiu capital para competir com a concorrente, que, por ter muito caixa vindo do investimento de fundos de private equity, conseguiu se consolidar e aumentar ainda mais sua liderança no setor.
Em ambos os casos, um fundo de private equity poderia ter sido a solução. Esses fundos, quando fazem um investimento, alocam muito mais do que apenas capital — eles procuram mitigar riscos, melhoram a governança, agregam know-how e fazem um planejamento robusto de crescimento. O objetivo é gerar o máximo de valor possível e mitigar riscos para que a companhia tenha um crescimento acelerado e alcance um valor muito superior ao de quando entraram.
Seja você um empresário de sucesso ou um trabalhador procurando rentabilizar seu capital, o investimento em fundos de private equity é uma ótima alternativa. Você consegue se expor aos seus concorrentes, ou a negócios que podem se tornar as grandes companhias do futuro, surfando sua valorização antes mesmo de esses nomes se tornarem conhecidos do grande público, como antes de um IPO, por exemplo.
Esse tipo de investimento pode ter taxas internas de retorno (TIR) próximas de 20%, com alguns podendo superar, em muito, esse valor. E até alguns anos atrás, a possibilidade de investir em fundos de private equity era restrita a clientes de private e wealth. Mas hoje, felizmente, sua distribuição é bem mais abrangente, com alguns veículos sendo oferecidos para clientes de segmentos como o Itaú Personnalité e mais abertamente em corretoras como BTG, Vitreo e XP.
A maior acessibilidade a esse tipo de oferta é prejudicada por uma regulação restritiva por parte da CVM, que limita esses produtos a investidores qualificados (aqueles com R$ 1 milhão em investimentos financeiros ou com alguma certificação da CVM) ou até mesmo a profissionais (aqueles com mais de R$ 10 milhões em investimentos).
Além disso, há uma grande assimetria de informação. As gestoras de private equity não divulgam publicamente todos os detalhes de seus históricos de retorno, as estruturas dos fundos e taxas são bem mais complexas que nos fundos tradicionais e o acesso aos gestores é bem mais restrito, aumentando a dificuldade de compreensão da estratégia.
Com todos esses obstáculos, não é de espantar que o investidor aplique em fundos que não são os melhores ou que não sejam apropriados para seu perfil. Nos fundos tradicionais, com seus prazos de resgate de 30 ou 60 dias, esse seria um problema rapidamente remediável, mas em um fundo de private equity, em que não existe resgate e seu capital ficará investido por dez anos, uma decisão errada tem consequências de longuíssimo prazo.
Aqui na série Os Melhores Fundos de Investimento fizemos nossa primeira recomendação de private equity com o objetivo de multiplicação da capital, acabando com essa assimetria de informação e dando todos os detalhes para nossos assinantes em uma publicação completa.
Apresentamos a gestora, a equipe e o fundo, além de trazer em detalhes o histórico de resultado dos seus quatro veículos anteriores, que investiram em 15 companhias, sem ter nenhuma perda até o momento. Tudo isso graças ao relacionamento criado com a equipe do fundo por meio de diversas conversas nos últimos 12 meses.
Essa equipe é composta por 14 pessoas, sendo que seus principais gestores somam mais de 70 anos de experiência em private equity e trabalham juntos há mais de dez anos fazendo a mesma coisa: investimento minoritário em empresas líderes de seus setores ou regiões.
Na nossa visão, a consistência de retorno das companhias investidas e a estratégia adotada mostram que essa gestora tem uma abordagem conservadora em private equity, focada em consistência e segurança para seus investidores.
Apesar da falência das empresas da minha família e das dificuldades que enfrentamos, minha paixão pelo tema empreendedorismo continuou firme, com minha admiração pelos empreendedores aumentando ao longo dos anos. Contudo, descobri minha verdadeira vocação no mercado financeiro.
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.