🔴 SD EXPLICA: COMO GARANTIR 1% AO MÊS NA RENDA FIXA ANTES QUE A SELIC CAIA – VEJA AQUI

2021 a 2030: um vislumbre sobre alguns tópicos importantes

O mundo se divide em dois: EUA e China, e as políticas fiscais e monetárias pouco usuais até aqui se tornaram regra

12 de janeiro de 2021
6:40 - atualizado às 21:53
Luta de boxe entre Estados Unidos e China
Imagem: Shutterstock

Como comentamos na última semana, começamos a refletir não só sobre um ano novo que se inicia, mas uma nova década também. Diferentemente de outras décadas, contudo, 2021 trouxe uma idiossincrasia completamente inesperada: os sopros ainda existentes da pandemia ao redor do mundo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Processos como o que vivemos na atualidade costumam marcar épocas.

Se tornam, a posteriori, o início de períodos mais longos, em que grandes tendências se formam. Afinal, o jogo mudou em diversos campos da vida humana, assim como várias alterações já iniciadas foram aceleradas de maneira grandiosa.

Passamos por um evento de baixíssima probabilidade e de alto impacto: sofremos uma interrupção global das cadeias de suprimentos, pessoas perderam seus empregos, hospitais não conseguiram suprir as necessidades da população, setores tradicionais da economia entraram em colapso e aviões ficaram parados.

Agora, após o choque exógeno sem precedentes em 2020, o mundo passa a acreditar que a crise da saúde será gradualmente contida em 2021, com o contínuo apoio das políticas fiscais e monetárias sustentando a recuperação econômica. Consequentemente, os investidores ao redor do mundo começam a esperar que o mundo alcance os níveis de produção anteriores à crise já na segunda metade de 2021, mesmo que o ritmo de tal retomada varie de localidade para localidade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por sinal, para que isso ocorra, a China, que já atingiu esse nível pré-pandêmico no segundo semestre de 2020, será fundamental. Os EUA deverão seguir os mesmos passos do titã asiático em algum momento do meio do ano em diante, enquanto a zona do euro, o Japão e a maioria dos países emergentes ficarão para trás relativamente — o Brasil terá um bom crescimento, mas ficará para trás.

Leia Também

O resultado?

A concorrência entre EUA e China se acelera, diante do iminente sucesso dos chineses — a China se tornará com alguns anos de antecedência a maior superpotência econômica mundial, superando os americanos antes do final da década.

Sob o aspecto positivo, a competição intensa e de longo prazo deve estimular mais inovação em ambas as nações e, assim, aumentar o crescimento econômico. Claro, a rápida recuperação econômica após a pandemia de Covid-19, as relações aprimoradas entre as nações (diante da saída de Donald Trump) e o novo plano de cinco anos do país são motivos adicionais que justificam uma exposição à China.

A dinâmica de crescimento e inovação tornará a distância entre mercados financeiros e realidade ainda mais afastada. Um exemplo disso foi a recuperação dos mercados financeiros no segundo semestre de 2020, mesmo diante das incertezas globais. O fruto do movimento foi o valuation com base em métricas tradicionais — as empresas parecem bem esticadas. Tecnologia e setores disruptivos não comportam bem o tradicionalismo da análise de ativos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Paralelamente, a economia dos EUA também deve alavancar continuamente sua posição forte no mundo. O crescimento se expandirá e os setores cíclicos apresentarão um desempenho acima da média. Além disso, o novo governo dos Estados Unidos, em um renovado espírito multilateralista, poderá melhorar as relações com parceiros globais, elevando o grau de comércio mundial.

Mas e se o mundo se recuperar muito rapidamente da Covid-19?

Um processo de muita liquidez e de crescimento cíclico acelerado, depois de um rompimento brusco da cadeia de suprimentos, produzirá inflação. Assim, se virmos o PIB de volta aos níveis anteriores à crise, podemos assumir que a inflação aumentará em 2021. Como as taxas de juros vão custar a subir ao redor do mundo, ao menos em um primeiro momento, a inflação poderá comer solta.

Abaixo, um esquema do banco J.P. Morgan sobre os ativos que desempenham melhor em diferentes ambientes de preço.

Fonte: J.P. Morgan

O lado do gráfico que nos interessa é o esquerdo, de inflação crescente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mais especificamente, o gráfico de inflação baixa (de onde estamos saindo), para um panorama de crescimento inflacionário, contexto que aconteceu apenas 4 vezes na história desde 1988.

Os campeões?

Ouro e mercados emergentes.

Sobre o segundo grupo, vale voltar um pouco para a China, que aos poucos ganha status de classe de ativos por si só em diversas gestoras de fortunas ao redor do mundo.

Basicamente, à medida que a China continua a se desvincular dos EUA e a investir em sua mudança estratégica de a) uma economia industrial voltada para a exportação para b) uma que se baseia em serviços e demanda interna, seus méritos como uma classe de ativos essenciais separada continuam a crescer.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ao contrário da maioria dos países emergentes, os quais não têm muito de um fator de produção específico (mão de obra barata), a China tem uma população cada vez mais instruída, além de promover continuamente investimentos em pesquisa e desenvolvimento e tecnologia.

Hoje, o governo chinês está empenhado na gradual liberalização e internacionalização de sua moeda. Isso é ajudado pela abertura dos mercados financeiros da China (segundo maior do mundo) para investidores estrangeiros.

Ademais, em um mundo onde todos os principais bancos centrais dos países desenvolvidos estão envolvidos na repressão financeira, a combinação de políticas da China permanece surpreendentemente convencional, tornando o mercado de dívida chinês altamente atraente, à medida que os investidores continuam a perseguir o rendimento.

Uma ruptura de paradigmas...

É o Oriente ressurgindo como líder econômico global depois de séculos de liderança Ocidental, que enfrenta seus próprios demônios políticos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo a Julius Baer, uma das maiores autoridades em gestão de fortunas ao redor do mundo, estamos saindo da fase neoliberal do capitalismo para um modelo de “patrocínio de estado”, conforme o esquema abaixo — aqui em relação à dependência e sensibilidade aos estímulos fiscais e monetários, de certo modo derivados da Teoria Monetária Moderna.

Fontes: Julius Baer

O mundo se divide em dois: EUA e China. As políticas fiscais e monetárias pouco usuais até aqui, que só seriam usadas em momentos extremos, se tornaram regra. A sociedade passa por uma disfunção em seu estilo de vida.

Diversas são as consequências:

  • tecnologia segue sendo um nome forte, mas principalmente na Ásia;
  • renda fixa perde ainda mais espaço; e
  • investimento responsável (W-ESG) se torna uma febre.

Nos próximos anos, o mundo realmente deverá abraçar a questão das mudanças climáticas de maneira mais enfática, até sob influência da liderança de Biden. Como consequência, os fabricantes limpam seus atos e as nações mais poluidoras se comprometem com as primeiras metas de redução de carbono.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nasce uma nova década!

Investimentos em países emergentes, com destaque para a Ásia (mais precisamente China), busca por ativos inovadores (tecnologia, estilo de vida e saúde), seleção de produtos com consciência ambiental (se tiver social também, melhor ainda) e preservação do poder de compra (metais, como ouro, e criptoativos).

Tudo isso, claro, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco, e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas.

Estando bem sedimentada a ideia, vale refletir sobre quem mais entende sobre as especificidades. No Brasil, este alguém tem nome e sobrenome: Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus. Em sua série quinzenal, a publicação “Palavra do Estrategista”, Miranda oferece suas melhores ideias para os mais diferentes tipos de investidores.

Para os mais dedicados, vale conferir o novo projeto de imersão de Felipe, em que o economista, a partir de hoje, vai se encontrar com você TODO DIA pelos próximos 30 dias, até que você coloque o lucro desta estratégia no seu bolso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mais do que isso, Miranda colocará foco total e recursos ilimitados nesse projeto para que você tenha acesso a operações de potencial realmente exponencial. Serão encontros diários pelos próximos 30 dias. Seja pela Palavra do Estrategista ou pela Imersão, vitoriosos serão aqueles que seguirem o Felipe Miranda na nova década que se inicia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As lições do Chile para o Brasil, ata do Copom, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje

16 de dezembro de 2025 - 8:23

Chile, assim como a Argentina, vive mudanças políticas que podem servir de sinal para o que está por vir no Brasil. Mercado aguarda ata do Banco Central e dados de emprego nos EUA

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Chile vira a página — o Brasil vai ler ou rasgar o livro?

16 de dezembro de 2025 - 7:13

Não por acaso, ganha força a leitura de que o Chile de 2025 antecipa, em diversos aspectos, o Brasil de 2026

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg

15 de dezembro de 2025 - 19:55

O fundador da Lumina Capital participou de um dos episódios de ‘Hello, Brasil!’ e faz um diagnóstico da realidade brasileira

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje

15 de dezembro de 2025 - 7:47

O Seu Dinheiro traz um levantamento do enorme volume de dividendos pagos pelas empresas neste ano e diz o que esperar para os proventos em 2026

VISÃO 360

Como enterrar um projeto: você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?

14 de dezembro de 2025 - 8:00

Talvez você ou sua empresa já tenham sua lista de metas para 2026. Mas você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações

12 de dezembro de 2025 - 8:26

Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas

SEXTOU COM O RUY

Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas

12 de dezembro de 2025 - 6:07

O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje

11 de dezembro de 2025 - 8:23

A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…

10 de dezembro de 2025 - 19:46

Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje

10 de dezembro de 2025 - 8:10

Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje

9 de dezembro de 2025 - 8:17

Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?

9 de dezembro de 2025 - 7:25

Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade

RALI, RUÍDO E POLÍTICA

Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza

8 de dezembro de 2025 - 19:58

A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje

8 de dezembro de 2025 - 8:14

Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana

TRILHAS DE CARREIRA

É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira

7 de dezembro de 2025 - 8:00

As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas

5 de dezembro de 2025 - 8:05

O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro

SEXTOU COM O RUY

Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos

5 de dezembro de 2025 - 6:02

Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje

4 de dezembro de 2025 - 8:29

Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje

3 de dezembro de 2025 - 8:24

Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje

2 de dezembro de 2025 - 8:16

Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar