🔴 COPOM À VISTA: RECEBA EM PRIMEIRA MÃO 3 TÍTULOS PARA INVESTIR APÓS A DECISÃO – ACESSE GRATUITAMENTE

Ivan Ryngelblum

Ivan Ryngelblum

Jornalista formado pela PUC-SP, com pós-graduação em Economia Brasileira e Globalização pela Fipe. Trabalhou como repórter no Valor Econômico, IstoÉ Dinheiro e Agência CMA.

PESSIMISMO

Risco fiscal impede Brasil de aproveitar bom momento dos mercados globais

Rogério Xavier, da SPX Capital, e Carlos Woelz, da Kapitalo Investimentos, criticam duramente falta de interesse em controlar contas públicas

Ivan Ryngelblum
Ivan Ryngelblum
25 de novembro de 2020
13:13 - atualizado às 17:44
Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital | Fed | meta de inflação
Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital - Imagem: Divulgação/Santander

Dois dos gestores mais respeitados do País andam bastante preocupados com a trajetória fiscal do Brasil. O aumento do déficit e a trajetória ascendente da dívida soberana faz com que eles não compartilhem o excesso de otimismo visto no mercado acionário local.

Participando da live Investidor 3.0, promovida pela Empiricus e a Vitreo, Rogerio Xavier, sócio fundador da SPX Capital, e Carlos Woelz, sócio fundador e diretor da Kapitalo Investimentos, afirmaram que o cenário externo está altamente positivo, mas o Brasil não está em condições de surfar esta onda.

Eles compartilham a opinião de que a pandemia está próxima de ser controlada, graças ao avanço das vacinas e o conhecimento cada vez maior dos cientistas em relação à covid-19. Isto, junto com taxas de juros baixas, está criando as condições de crescimento da economia global e dos mercados. “O quadro global é positivo para risco, tanto em ativos de crédito como para bolsas ao redor do mundo”, disse Xavier.

Mas quando olham para o Brasil, o discurso muda. Embora a bolsa brasileira esteja acompanhando as principais praças internacionais, eles entendem que há uma desconexão muito grande entre o bom humor dos investidores e a situação interna, considerando a delicada situação fiscal.

Xavier exemplificou esta incoerência comparando os sinais positivos emitidos pelo mercado de renda variável com o que está ocorrendo no mercado de juros futuros, que aponta para uma inflação de 4,5% e juros de 9,0%.

“Essa divergência entre os mercados me deixa confuso. Qual o mercado que está correto? O otimista na bolsa ou o pessimista no mercado de juros?”, disse gestor da SPX Capital. “Vejo a performance da bolsa frágil.”

Leia Também

Executivo incompreensível

Os dois gestores fizeram duras críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro, ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao Congresso, por não terem um senso de urgência em relação à situação fiscal brasileira e à necessidade de realizar reformas estruturais.

Woelz, da Kapitalo, criticou o fato de o Executivo, principalmente o titular da Economia, não ter apresentado até o momento qualquer plano sobre como lidar com o crescimento do déficit fiscal e a trajetória de endividamento, focando mais em outras questões.

“Ao invés de falar de cabotagem, é preciso falar da trajetória da dívida”, disse. “O foco tem que ser trajetória de dívida, apresentando um cronograma e medidas que possam passar credibilidade [ao mercado].”

A falta de vontade política para realizar reformas também foi abordada. Para eles, isso é fruto do ciclo eleitoral iniciado neste ano, primeiro com o pleito nos municípios, seguido pela escolha dos novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, que acontece em fevereiro de 2021, e, por fim, a eleição presidencial de 2022.

Sem um ajuste não será possível controlar a trajetória dos gastos, uma vez que mais de 90% são de despesas obrigatórias. “Não consigo ver consenso, uma conjunção de força para mudar a Constituição para diminuir as despesas obrigatórias, necessário para abrir espaço no Orçamento”, disse Xavier. “Não tem senso de urgência na beira do precipício.”

Estratégia

A falta de ação do lado fiscal fez com que o gestor da SPX optasse por ficar de fora do câmbio, não vendo o real em patamares baratos. “Com o fiscal ruim, não há vantagem em ficar comprado em real contra o dólar”, disse. “Se o mercado de renda fixa estiver correto, o real vai ter que reagir.”

A situação vivida pelo País faz com que Xavier fique um pouco mais reticente em relação à bolsa brasileira, preferindo apostar na alta da inflação via títulos. Ele aproveitou ainda para criticar duramente o Banco Central (BC), afirmando que ele está “leniente” com a aceleração dos preços. “Estamos com juros muito baixos e um fiscal desancorado”, afirmou.  

Woelz também não compartilha do excesso de otimismo dos investidores. Apesar de acreditar que os ativos estão baratos, ele também pondera os efeitos da crise fiscal, optando por empresas com “evento específico”, uma situação positiva sem relação com o mercado, ou “dependentes do setor externo”, estando vendido em papéis com relação ao cenário doméstico.

Ele afirmou que a Kapitalo está praticamente zerada em câmbio e com posições apostando na aceleração da inflação no curtíssimo prazo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
buscando saídas

Bolsonaro diz que governo trabalha com alternativas para financiar Auxílio Brasil

31 de outubro de 2021 - 7:36

O Ministério da Cidadania já confirmou que o reajuste no Bolsa Família será apenas para R$ 240 em novembro e o governo conta com a aprovação da PEC dos precatórios para fazer um pagamento maior a partir de dezembro.

SOB PRESSÃO

Furo no teto e Guedes na corda bamba elevam apostas para os próximos passos da Selic; contratos de DI atingem oscilação máxima

22 de outubro de 2021 - 13:15

Hoje os olhos do mercado se voltam para o próprio Guedes, com temores de que o ministro seja o próximo a pular fora do barco. A curva de juros reage

Renda fixa vive

Com lambança fiscal do Auxílio Brasil, taxa dos títulos do Tesouro Direto já rende quase 1% ao mês

21 de outubro de 2021 - 11:13

Quem investir hoje no título do Tesouro Direto prefixado com vencimento em 2031 leva para casa um retorno de 12,10% ao ano, o equivalente a 0,9563% ao mês

Vamos com calma

Cuidado fiscal: Presidente da Câmara quer PEC dos Precatórios dentro do teto de gastos

24 de agosto de 2021 - 13:06

Arthur Lira (PP-AL) afirma que vai conversar com o STF para que a corte faça a intermediação com o governo para encontrar uma solução

Tendência da bolsa

AGORA: Ibovespa futuro abre em queda de mais de 1% enquanto dólar avança hoje

19 de agosto de 2021 - 9:04

Os bons dias da bolsa brasileira parecem ter ficado para trás e o clima da eleição de 2022 tomou conta das decisões do Congresso

Esquenta dos Mercados

Pré-mercado: Ata do Fed repercute nas bolsas e Ibovespa deve cair hoje com risco fiscal e aumento da cautela no radar

19 de agosto de 2021 - 7:48

Os bons dias da bolsa brasileira parecem ter ficado para trás e o clima da eleição de 2022 tomou conta das decisões do Congresso

Tendência da bolsa

AGORA: Ibovespa futuro opera em alta, mesmo com risco fiscal e exterior em compasso de espera antes da ata do Fed; dólar avança hoje

18 de agosto de 2021 - 9:06

A tensão política também aumenta em Brasília e a reforma do Imposto de Renda segue sem um acordo entre os entes da federação

Esquenta dos Mercados

Pré-mercado: Risco fiscal pressiona bolsa brasileira, que deve digerir Brasília em dia de cautela antes da Ata do Fed

18 de agosto de 2021 - 7:42

As reuniões dos Poderes e de representantes do Banco Central devem movimentar os negócios hoje

Esquenta dos Mercados

Pré-mercado: sem maiores indicadores no exterior, bolsa deve sentir risco fiscal e prévia do PIB (IBC-Br) hoje

13 de agosto de 2021 - 7:52

Além disso, o Ipea deve divulgar a inflação por faixa de renda ainda hoje e os balanços após o fechamento e antes da abertura também devem movimentar os negócios

Insights Assimétricos

As rainhas do curto prazo: a variante delta e o quadro fiscal brasileiro

10 de agosto de 2021 - 6:46

Como a vida de Maria Stuart pode nos ensinar sobre as diferenças entre os ruídos do momento e a consistência necessária no longo prazo

mercados hoje

Queda de Vale e Petrobras pressiona, mas Ibovespa e dólar se agarram ao menor sinal de respeito ao teto de gastos

9 de agosto de 2021 - 10:38

Além disso, o medo da variante delta do coronavírus segue pressionando os mercados e as commodities de energia e infraestrutura

MERCADOS HOJE

Risco fiscal e cautela pré-Copom pesam e o Ibovespa recua 1%; Petrobras tem forte queda antes do balanço

4 de agosto de 2021 - 10:37

A temporada de balanços segue a todo vapor, mas o Ibovespa também fica de olho nos atritos políticos em Brasília e nas contas públicas

Lucas Carrasco, Gauss Capital

Luz no fim do túnel: superávit primário está mais próximo do que o mercado imagina

2 de junho de 2021 - 5:36

Mesmo com tentativa de furar o teto de gastos, orçamento fictício e novos gastos extraordinários, o país pode ter superávit de 0,4% do PIB em 2023

Segurando os gastos

Bolsonaro, sobre auxílio: nossa capacidade de endividamento está no limite

28 de maio de 2021 - 7:29

Além de justificar as decisões sobre os valores do programa social, presidente criticou Lula e descartou intervenção sobre os preços da carne

passa no rh

Após diversas polêmicas, Guedes demite secretário da Fazenda, dizem sites

27 de abril de 2021 - 13:09

Waldery Rodrigues foi duramente criticado pela forma com que conduziu o processo de aprovação do Orçamento de 2021

prejuízo

Marcos Pontes classifica corte de orçamento como “estrago” para pesquisas

25 de abril de 2021 - 19:10

Presidente Jair Bolsonaro vetou R$ 200 milhões que seriam usados no desenvolvimento da vacina contra covid-19 “100% brasileira”

perigo

Máquina pública pode parar após cortes orçamentários, avalia IFI do Senado

25 de abril de 2021 - 8:41

Em nota técnica, a instituição afirma que o risco de shutdown é elevado e que a composição do corte poderá levar a prejuízo de políticas públicas essenciais

encaixando tudo

Governo e Congresso fecham acordo, mantêm emendas e deixam R$ 125 bi fora do teto

20 de abril de 2021 - 6:53

Governo cedeu à pressão e deve preservar R$ 16,5 bilhões em emendas dentro do Orçamento a partir de cortes em custeio e investimento

trajetória preocupante

Selic maior pode elevar dívida do Brasil em R$ 100 bilhões

3 de abril de 2021 - 10:52

Tesouro pode optar por mudanças na estratégia de emissões de papéis para suavizar o impacto nos próximos meses, diz economista

ah, o amor

Por lei apoiada por Michelle, Bolsonaro dribla Economia

27 de março de 2021 - 16:14

Cálculos do governo apontam o risco de aumento na despesa com o BPC em R$ 5 bilhões com lei que declara a visão monocular como deficiência

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar