Governo de São Paulo diz que morte de voluntário não teve relação com a vacina
Testes da Coronavac foram interrompidos pela Anvisa por conta de “efeito adverso grave”; conforme apuraram veículos de imprensa, trata-se da morte de um voluntário, provavelmente por suicídio

Integrantes do governo de São Paulo vieram a público, nesta terça-feira (10), dizer que "o evento adverso grave" que provocou a suspensão dos testes da Coronavac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não teve qualquer relação com a vacina.
Em entrevista coletiva, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Carlo Gorinchteyn, e o secretário executivo do Comitê de Contingência do Coronavírus em São Paulo, João Gabbardo, não revelaram qual foi o "evento adverso grave" e nem suas circunstâncias, por respeito ético à vítima e familiares, segundo Covas.
No entanto, conforme o Estadão e outros veículos de imprensa apuraram, tratou-se da morte de um voluntário, ocorrida no dia 29 de outubro, provavelmente por suicídio.
O evento foi reportado à Anvisa no último dia 6, e a agência optou por ordenar a suspensão dos testes ontem à noite, procedimento padrão quando um evento adverso grave ocorre em estudos com vacinas, ainda que não esteja clara sua relação com o medicamento.
No entanto, segundo Dimas Covas, a suspensão "causou surpresa, insegurança e indignação", uma vez que a Anvisa já estava de posse da informação de que a morte do voluntário não tinha relação com a vacina. Covas disse ter sido comunicado da decisão da agência pela imprensa, antes de receber comunicado formal da Anvisa.
O presidente do Instituto Butantan reforçou que 94,7% dos pacientes em teste não tiveram qualquer efeito adverso, e 5,3% apresentaram efeitos de baixa gravidade, como dor no local da aplicação, conforme já relatado em entrevista em setembro.
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Segundo João Gabbardo, é "impossível" que a morte do voluntário tenha relação com a vacina, uma vez que o intervalo entre a aplicação e o evento foi superior a três semanas. Além disso, o voluntário pode ter feito parte do grupo que recebeu placebo.
Lembrando que mesmo o suicídio pode constituir uma possível reação adversa a medicamentos, logo a relação causal deverá, de qualquer forma, ser investigada.
Apelidada de Coronavac, a vacina brasileira contra o coronavírus vem sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
O que diz a Anvisa
Em entrevista coletiva realizada há pouco, o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, é preciso confirmar que não há causalidade entre a vacina e o "evento adverso grave não esperado" antes de se retomarem os testes. A agência evitou estabelecer prazos.
A Anvisa alegou, ainda, que as informações enviadas pelo Instituto Butantan, ao reportar o evento, estavam incompletas.
Mendes afirmou, ainda, que a notificação do Instituto Butantan demorou três dias para chegar à agência, em razão de ataque hacker feito contra os órgãos federais.
Segundo a Anvisa, a retomada dos testes depende, agora, de o Instituto Butantan acionar o Comitê Internacional Independente, responsável por dar um parecer sobre a realização dos testes, com informações detalhadas.
*Com Estadão Conteúdo
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