Fed mantém juros dos EUA inalterados, mas se diz comprometido a usar “todas as ferramentas”
O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) manteve os juros do país inalterados e deu a entender que permanecerá com essa postura no curto prazo, mas também sinalizou que fará o que está ao seu alcance para ajudar a economia
Conforme esperado pelo mercado, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve a taxa de juros dos EUA inalterada na faixa entre 0% e 0,25% ao ano. A decisão foi divulgada nesta tarde — mas isso não quer dizer que o evento tenha tido pouco impacto nos mercados.
O comunicado da decisão trouxe algumas sinalizações interessantes quanto ao futuro. Por um lado, o Fed disse que as taxas permanecerão nesse nível "até que haja confiança de que a economia absorveu os eventos recentes", dando a entender que a adoção de juros negativos continua fora do radar.
E, de fato, o "dot plot" — uma espécie de mapa de votos dos dirigentes do Fed — mostra que os juros devem permanecer nos níveis atuais por um longo tempo. Todos os executivos veem as taxas permanecendo entre 0% e 0,25% ao ano até 2021 — em 2022, dois integrantes vêem espaço para alta.

O mapa de votação ainda mostra que, no longo prazo, o Fed atualmente vê que os juros dos EUA deve ficar entre 2% e 3% ao ano — a maior parte dos dirigentes coloca as taxas em 2,5% ao ano.
Mas, por outro lado, o banco central americano disse estar comprometido com o uso "de todas as suas ferramentas" no atual cenário desafiador, de modo a atingir a empregabilidade máxima e as metas de estabilidade inflacionária — uma fala que pode indicar uma predisposição em lançar novos pacotes de estímulo econômico.
Ou seja: quem esperava que o Fed desse o braço a torcer e admitisse a possibilidade de adotar juros negativos, quebrou a cara. Mas, como prêmio de consolação, o BC americano deu a entender que pode continuar injetando recursos no sistema, de modo a dar sustentação à economia — sinais mistos que mantiveram o grau de incerteza quase inalterado.
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Projeções
A decisão de hoje também era bastante aguardada pelos investidores porque traria uma atualização nas projeções econômicas do Fed — e, conforme esperado, as novas estimativas mostram um enorme pessimismo em relação à atividade no país.
Em termos de PIB, a autoridade monetária agora vê uma contração de 6,5% em 2020 — as projeções de dezembro apontavam para um crescimento de 2% da economia neste ano. Para 2021 e 2022, contudo, a visão agora é mais otimista: no ano que vem, a estimativa saltou de alta de 1,9% para avanço de 5%; em 2022, o crescimento esperado agora é de 3,5%, ante 1,8% no último boletim.
Já o desemprego deve cair no médio prazo, embora ainda siga em níveis relativamente elevados. O Fed trabalha com um cenário em que a taxa de desocupação terminará o ano em 9,3%, recuando para 6,5% em 2021 e para 5,5% em 2022 — níveis piores que os estimados em dezembro.

Powell hesitante
Por fim, declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, também contribuíram para dar o tom confuso à decisão: ele mostrou pessimismo em relação à economia americana no curto prazo, dizendo que o segundo trimestre tende a ser pior que o primeiro.
Mas ele também voltou a bater na tecla do "uso dos instrumentos" e da importância de garantir as condições de empregabilidade, novamente deixando subentendida a ideia de que mais estímulos estão a caminho.
E qual foi a reação dos mercados? Bem, tivemos uma montanha-russa nas bolsas: em determinados momentos, uma leitura positiva prevaleceu; em outros, um viés mais cauteloso se fez presente.
Ao fim da sessão, a prudência acabou se sobrepondo: o Ibovespa fechou em baixa de 2,13%, aos 94.685,98 pontos — muito perto da mínima do dia — e, nos EUA, o Dow Jones (-1,04%) e o S&P 500 (-0,53%) também pioraram.
No câmbio, o dólar à vista ampliou os ganhos, terminando em alta de 0,97%, a R$ 4,9355 — veja aqui nossa cobertura completa dos mercados.
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