Fed anuncia expansão de programas de empréstimos para sustentar economia
BC americano disse que disse que as compras de Treasuries e títulos lastreados que aprovou há uma semana serão basicamente ilimitadas

O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) anunciou nesta segunda-feira uma agressiva expansão de programas de empréstimos para impulsionar os mercados de crédito, ajustando seus dispositivos para incluir certos tipos de dívida corporativa e municipal.
Em comunicado, o Fed disse que as compras de Treasuries e títulos lastreados que aprovou há uma semana serão basicamente ilimitadas. O BC americano informou que comprará US$ 375 bilhões em Treasuries e mais US$ 250 bilhões em títulos lastreados em hipotecas nesta semana.
Segundo o Fed, as compras dos títulos serão feitas nos volumes necessários para garantir "o bom funcionamento dos mercados e eficiente transmissão da política monetária para condições financeiras mais amplas e para a economia".
O Fed também anunciou que começará a comprar títulos comerciais lastreados em hipotecas emitidos por entidades com apoio do governo.
"Como grandes incertezas persistem, ficou claro que nossa economia vai enfrentar severos transtornos", disse o Fed no comunicado. "Agressivos esforços devem ser feitos nos setores público e privado para limitar as perdas de emprego e de renda e promover uma rápida recuperação assim que os transtornos diminuírem."
O Fed também anunciou que vai lançar mais três dispositivos de crédito, dois dos quais se destinarão a grandes empregadores, e um terceiro, conhecido como TALF, para apoiar financiamento para consumidores e empresas.
Leia Também
A ideia é que os três dispositivos apoiem US$ 300 bilhões em novos financiamentos, e o Departamento do Tesouro irá cobrir US$ 30 bilhões em perdas, disse o BC americano.
O Fed também ampliou dois outros dispositivos anunciados na semana passada para incluir novos tipos de dívidas municipais.
O BC dos EUA informou ainda que em breve anunciará um novo programa para incentivar empréstimos a pequenas e médias empresas.
Bancos poderão utilizar colchão de capital
Em nova nota, o Fed informou sobre "mudança técnica para apoiar a economia dos EUA e permitir que os bancos continuem emprestando a famílias e empresas com crédito".
No comunicado, o Fed destacou que a nova regra facilitará o uso do TLAC, um colchão adicional de capital e dívida de longo prazo que poderá ser destinado a recapitalizar um banco se ele estiver em perigo.
De acordo com o Fed, na última década, bancos de todos os tamanhos dos EUA construíram níveis substanciais de capital e liquidez além de seus requisitos mínimos.
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
A tarifa como arma, a recessão como colateral: o preço da guerra comercial de Trump
Em meio a sinais de que a Casa Branca pode aliviar o tom na guerra comercial com a China, os mercados dos EUA fecharam em alta. O alívio, no entanto, contrasta com o alerta do FMI, que cortou a projeção de crescimento americano e elevou o risco de recessão — efeito colateral da política tarifária errática de Trump.
Rodolfo Amstalden: Seu frouxo, eu mando te demitir, mas nunca falei nada disso
Ameaçar Jerome Powell de demissão e chamá-lo de frouxo (“a major loser”), pressionando pela queda da taxa básica, só tende a corromper o dólar e alimentar os juros de longo prazo
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros
O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)
Bitcoin (BTC) em alta: criptomoeda vai na contramão dos ativos de risco e atinge o maior valor em semanas
Ambiente de juros mais baixos costuma favorecer os ativos digitais, mas não é só isso que mexe com o setor nesta segunda-feira (21)
A bolsa de Nova York sangra: Dow Jones cai quase 1 mil pontos e S&P 500 e Nasdaq recuam mais de 2%; saiba o que derrubou Wall Street
No mercado de câmbio, o dólar perde força com relação a outras moedas, atingindo o menor nível desde março de 2022
Agenda econômica: é dada a largada dos balanços do 1T25; CMN, IPCA-15, Livro Bege e FMI também agitam o mercado
Semana pós-feriadão traz agenda carregada, com direito a balanço da Vale (VALE3), prévia da inflação brasileira e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)
Powell na mira de Trump: ameaça de demissão preocupa analistas, mas saída do presidente do Fed pode ser mais difícil do que o republicano imagina
As ameaças de Donald Trump contra Jerome Powell adicionam pressão ao mercado, mas a demissão do presidente do Fed pode levar a uma longa batalha judicial
Você está demitido: Donald Trump segue empenhado na justa causa de Jerome Powell
Diferente do reality “O Aprendiz”, o republicano vai precisar de um esforço adicional para remover o presidente do Fed do cargo antes do fim do mandato
Show de ofensas: a pressão total de Donald Trump sobre o Fed e Jerome Powell
“Terrível”, “devagar” e “muito político” foram algumas das críticas que o presidente norte-americano fez ao chefe do banco central, que ele mesmo escolheu, em defesa do corte de juros imediato
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Por essa nem o Fed esperava: Powell diz pela primeira vez o que pode acontecer com os EUA após tarifas de Trump
O presidente do banco central norte-americano reconheceu que foi pego de surpresa com o tarifaço do republicano e admitiu que ninguém sabe lidar com uma guerra comercial desse calibre
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Felipe Miranda: Do excepcionalismo ao repúdio
Citando Michael Hartnett, o excepcionalismo norte-americano se transformou em repúdio. O antagonismo nos vocábulos tem sido uma constante: a Goldman Sachs já havia rebatizado as Magníficas Sete, chamando-as de Malévolas Sete
Agenda econômica: PIB da China, política monetária na Europa e IGP-10 são destaques em semana de balanços nos EUA
Após dias marcados pelo aumento das tensões entre China e Estados Unidos, indicadores econômicos e os balanços do 1T25 de gigantes como Goldman Sachs, Citigroup e Netflix devem movimentar a agenda desta semana
Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed
Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China