🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Ceci n’est pas une pipe: o início da maior oportunidade de compra em muito tempo

Mas até esse início, vamos com colete à prova de balas. Não tomamos como certo nenhum cenário. Optamos pela neutralidade e proteção diante do incerto. Não ter mapa algum é melhor do que ter um mapa errado

17 de março de 2020
7:46 - atualizado às 13:32
Comprar ou vender a ação, eis a questão
Imagem: Shutterstock

As semanas têm sido complicadas. Todo dia uma surpresa diferente e, subsequentemente, um recorde na Bolsa. Tais recordes, por sua vez, não são unidirecionais. Cada dia os ativos de risco caminham em uma direção, com uma elevação de amplitude de movimento notável.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em outra ocasião, neste mesmo espaço, expliquei brevemente o porquê de volatilidade ser algo desejável e que a falta da mesma acaba por acentuar os riscos ao invés de mitigá-los, como o senso comum poderia concluir.

O excesso de movimentos bruscos, contudo, acaba funcionando para deteriorar o grau de assertividade de precificação estipulada a priori, abalando um senso concreto de valor mais tangível e gerando, quase como se em referência circular, cada vez mais instabilidade.

Grosso modo, o excesso de volatilidade também é prejudicial, de modo que Bolsa em momento de volatilidade elevada acabam por desenhar uma rota de desvalorização ao longo dos pregões… Exatamente como temos observado nos dias atuais.

Curiosamente, o motivo deriva também de uma falta de poder de predição por parte dos agentes econômicos. As problemáticas do coronavírus e do choque do petróleo acabaram por criar uma configuração explosiva, de tal sorte que o cenário no futuro é altamente volátil e incerto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A evolução do grau de incerteza, ponderando inclusive a possibilidade de uma crise de crédito, adicionou muitos riscos difusos à mesa. Tem coisa nova nas equações dos investidores.

Leia Também

O problema, na verdade, é que boa parte de tais erros não são quantificáveis ex-ante, ou seja, impossível compreender o impacto das coisas no presente momento. Por exemplo, ninguém sabe qual será o efeito de longo prazo de quarentenas nas economias ocidentais, incluindo a dos EUA.

Qual seria o potencial desdobramento das decisões tomadas hoje para conter a disseminação do vírus de Wuhan se estendermos os horizontes ao longo prazo? Aqui, minha pergunta acaba tendo um carinho e atenção especial para as derivadas de segunda e terceira ordem do primeiro grau de impacto.

O efeito de destruição em cadeia pode ser catastrófico.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ao mesmo tempo, não podemos deixar nos enganar. Ceci n'est pas une pipe. Eu apenas estou evidenciando um dos lados das distribuições de probabilidades de cenários. Do outro lado ainda possuímos diversos fatores positivos para, potencialmente, acreditarmos que a instabilidade geradora do bear market atual é momentânea.

As amplitudes dos movimentos não seriam sinais de desgaste do ciclo ou do modelo econômico, mas, sim, apenas consequência da moderna dinâmica presente dos mercados, com quantidade e velocidade de informação exacerbado. O mercado, querendo ou não, acaba tendo um grau sensato de eficiência informacional em certo momento decisivos.

Resgatei os escritos da obra de René Magritte para a confecção do título desta peça e mais acima no transcorrer do texto em uma tentativa de resgate da arte surrealista, com a qual temos tanto a aprender em momento como este.

Nós, humanos, temos uma tendência insaciável por tentar reduzir o desconhecido ao conhecido, ao classificável, só para nos servir de entorpecente para nossas almas românticas. O homem, aqui no sentido de nossa civilização, é um ser em essência dramática e romântico, que gosta de viver intensamente e ter a sensação de controle.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A própria razão é uma grande emoção, é o desejo de controle, como sempre nos lembra Felipe Miranda, Estrategista-Chefe da Empiricus, ao citar Friedrich Nietzsche.

O surrealismo aceita em si mesmo, entretanto, a noção de complexidade do mundo em que vivemos. Altamente volátil, incerto e impactante. Como nos reforça o Manifesto Surrealista, “a atitude realista é fruto da mediocridade, do ódio, e da presunção rasteira”.

Não podemos nos dar ao luxo de sermos medíocres diante de um mundo convexo. Temos que abraçar nossa essência surrealista e entender que a realidade concreta não necessariamente é o que parece.

Basicamente, então, por mais que o momento seja de apreensão e de muito estresse dos agentes, no longo prazo continuaremos aqui. As grandes correções testemunhadas nos dias que correm acabam por funcionar, com isso, como abertura de janelas de oportunidades.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Note abaixo o S&P 500, índice americano de ações, em seu maior drawdown (queda desde o último topo) desde a crise de 2008. Saímos de um período de baixíssima volatilidade para caminharmos no extremistão de Nassim Taleb, onde os eventos de alto impacto são exuberantemente relevantes. Foi o caso da redução da taxa de juros americana, por exemplo.

Fonte: Bloomberg

Ainda podemos viver permeados pela incerteza e agressividade por parte dos ativos de risco, mas, no longo prazo, temos a chance de estarmos diante de uma grande oportunidade de compra.

É para sair comprando agora?

Claro que não. Ninguém pega uma faca caindo. O Ibovespa, nosso S&P, tem tudo para cair mais um pouco. Existem duas faixas de preços que o investidor deve se tornar mais aberto a compra. Entre os 50 mil e 60 mil pontos. E entre os 90 mil e 100 mil pontos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na primeira, o cenário de calamidade atual de aprofunda. No segundo, a precificação de uma crise exacerbou-se e a Bolsa retoma gradualmente seu patamar regular.

Até lá, vamos com colete à prova de balas. Muita proteção clássica, como ouro e dólar, paralelamente a uma exposição reduzida dos ativos de risco em carteira, até a tempestade passar.

Assim, não tomamos como certo nenhum cenário. Optamos pela neutralidade e proteção diante do incerto. Não ter mapa algum é melhor do que ter um mapa errado. Ceci n'est pas une pipe.

Felipe Miranda tenta passar quinzenalmente ideias como esta acima descrita em sua série Palavra do Estrategista, best-seller da Empiricus, a maior casa de publicações financeiras do Brasil. Convido-os a ler nosso conteúdo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje

16 de outubro de 2025 - 8:09

Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?

15 de outubro de 2025 - 19:57

Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)

15 de outubro de 2025 - 7:47

A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje

14 de outubro de 2025 - 8:08

Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China

14 de outubro de 2025 - 7:48

O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo

13 de outubro de 2025 - 19:58

Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?

13 de outubro de 2025 - 7:40

Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano

TRILHAS DE CARREIRA

ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho

12 de outubro de 2025 - 7:04

Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)

10 de outubro de 2025 - 7:59

No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação

SEXTOU COM O RUY

Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe

10 de outubro de 2025 - 6:03

Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)

9 de outubro de 2025 - 8:06

No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: No news is bad news

8 de outubro de 2025 - 19:59

Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)

8 de outubro de 2025 - 8:10

No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje

7 de outubro de 2025 - 8:26

No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso

7 de outubro de 2025 - 7:37

Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard

6 de outubro de 2025 - 20:00

O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)

6 de outubro de 2025 - 7:54

No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas

DÉCIMO ANDAR

Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?

5 de outubro de 2025 - 8:00

Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)

3 de outubro de 2025 - 8:06

Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos

SEXTOU COM O RUY

Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento

3 de outubro de 2025 - 7:03

Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar