Rogério Xavier, da SPX Capital: Paulo Guedes hoje é mais bolsonarista do que um economista liberal
Ministro se converteu como se fosse quase uma religião e não deve deixar o governo, segundo o gestor, que participou hoje de transmissão ao vivo no YouTube
Bastante conhecido no mercado por suas visões pessimistas, o gestor Rogério Xavier, da SPX Capital, fez hoje duras críticas à forma como as autoridades brasileiras estão lidando com a pandemia do coronavírus, em todos os níveis.
Xavier não poupou nem mesmo o ministro da Economia, Paulo Guedes, que segue idolatrado pela maior parte do mercado financeiro.
“O Paulo [Guedes] hoje é muito mais bolsonarista do que um economista liberal. Ele já se converteu como se aquilo fosse quase uma religião”, afirmou o sócio da SPX, que participou hoje de uma transmissão ao vivo ao lado de Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus.
Para Xavier, o ministro está hoje comprometido com o projeto do governo Bolsonaro, que já não é o mesmo daquele da época em que o presidente foi eleito.
O gestor descartou qualquer possibilidade de a economia brasileira ter uma rápida recuperação no pós-crise, como defende Paulo Guedes.
Para ele, o Brasil não tem liderança nem plano para combater a pandemia do coronavírus, o que só agrava a situação econômica. E as críticas, nesse caso, não foram dirigidas apenas ao governo federal, mas também aos prefeitos e governadores.
Leia Também
Banco Central ridicularizado
Crítico da postura mais ousada do Banco Central de cortar a Selic em 0,75 ponto na última reunião do Copom, o gestor da SPX foi ainda mais contundente ao falar por que considera a decisão errada.
Xavier disse que o BC brasileiro tem sido “ridicularizado” pelas autoridades monetárias de outros países emergentes, como a do México, que vem adotando cortes de juros mais conservadores.
Sobre o argumento de que a inflação abaixo da meta permite ao Banco Central cortar mais os juros, o sócio da SPX disse que essa é uma visão correta, mas ingênua de economista.
“O economista tinha que virar gestor para saber que a vida é bem diferente do livro-texto” – Rogério Xavier, SPX Capital
Se a queda mais agressiva da Selic provocar um descontrole do câmbio e as expectativas de inflação piorarem, o BC terá de reverter o movimento, e de forma abrupta.
Para ele, o mercado não está preparado para esse risco ao seguir aplicado nas taxas de juros de prazos mais curtos.
Brasil irrelevante
Com R$ 40 bilhões sob gestão, a SPX é uma das maiores e mais reconhecidas gestoras independentes do mercado. Xavier, que hoje vive em Londres, disse que o Brasil já estava fora do radar do investidor estrangeiro mesmo antes da pandemia do coronavírus.
“O Brasil é irrelevante nas conversas. Na City [centro financeiro de Londres], o tempo que se discute o Brasil é o mesmo que países como Ucrânia, Egito ou Vietnã.”
Esse movimento vem pelo menos desde 2016, o que fez com que os investidores de fora do país perdessem o movimento de recuperação da bolsa que ocorreu até o início deste ano, segundo o gestor.
A percepção, contudo, piorou na gestão de Jair Bolsonaro, principalmente depois de episódios como as queimadas na Amazônia. “Dizer que é brasileiro hoje é quase uma vergonha irreparável”, afirmou.
Assista abaixo a íntegra da transmissão:
Depois do adeus de Campos Neto com alta da Selic, vem aí a decisão dos juros nos EUA — e o mercado diz o que vai acontecer por lá
Novos dados de inflação e emprego da maior economia do mundo deixam mais claro qual será o próximo passo do Fed antes da chegada de Donald Trump na Casa Branca; por aqui, Ibovespa recua e dólar sobe
Acionistas da Lojas Renner (LREN3) aprovam incorporação de administradora de cartões e aumento de capital em meio bilhão de reais
A incorporação da Renner Administradora de Cartões de Crédito (RACC) não acarretará em emissão de novas ações ou impacto financeiro para a varejista, por se tratar de uma subsidiária
Caça ao tesouro (Selic): Ibovespa reage à elevação da taxa de juros pelo Copom — e à indicação de que eles vão continuar subindo
Copom elevou a taxa básica de juros a 12,25% ao ano e sinalizou que promoverá novas altas de um ponto porcentual nas próximas reuniões
Stuhlberger à procura de proteção: lendário fundo Verde inicia posição vendida na bolsa brasileira e busca refúgio no dólar
Com apostas em criptomoedas e dólar forte, o Verde teve desempenho consolidado mensal positivo em 3,29% e conseguiu bater o CDI em novembro
Encontros e despedidas: Ibovespa se prepara para o resultado da última reunião do Copom com Campos Neto à frente do BC
Investidores também aguardam números da inflação ao consumidor norte-americano em novembro, mas só um resultado muito fora da curva pode mudar perspectiva para juros
Ibovespa aguarda IPCA de novembro enquanto mercado se prepara para a última reunião do Copom em 2024; Lula é internado às pressas
Lula passa por cirurgia de emergência para drenar hematoma decorrente de acidente doméstico ocorrido em outubro
Petrobras (PETR4) acena com dividendos fartos e Goldman Sachs diz que é hora de comprar
Nos cálculos do banco, o dividend yield (retorno de dividendos) da petroleira deve chegar a 14% em 2025 e a 12% para os próximos três anos
Nova máxima histórica: Dólar volta a quebrar recorde e fecha no patamar de R$ 6,08, enquanto Ibovespa sobe 1% na esteira de Vale (VALE3)
A moeda chegou a recuar mais cedo, mas inverteu o sinal próximo ao final de sessão em meio à escalada dos juros futuros por aqui e dos yields nos Estados Unidos
Trump, Rússia, Irã e Israel: quem ganha e quem perde com a queda do regime de Assad na Síria — e as implicações para o mercado global
A cautela das autoridades ocidentais com relação ao fim de mais de 50 anos da dinastia Assad tem explicação: há muito mais em jogo do que apenas questões geopolíticas; entenda o que pode acontecer agora
Um alerta para Galípolo: Focus traz inflação de 2025 acima do teto da meta pela primeira vez e eleva projeções para a Selic e o dólar até 2027
Se as projeções se confirmarem, um dos primeiros atos de Galípolo à frente do BC será a publicação de uma carta pública para explicar o estouro do teto da meta
Atualização pela manhã: desdobramentos da guerra na Síria, tensão no governo francês e expectativas com a Selic movimentam bolsas hoje
A semana conta com dados de inflação no Brasil e com a decisão sobre juros na próxima quarta-feira, com o exterior bastante movimentado
Como levar o dólar para abaixo de R$ 4, pacto fáustico à brasileira e renúncia do CEO da Cosan Investimentos: confira os destaques do Seu Dinheiro na semana
Um bolão vencedor da Mega-Sena e a Kinea vendida em bolsa brasileira também estão entre as matérias mais lidas da semana
Com dólar recorde, ações da BRF (BRFS3) saltam 14% e lideram altas do Ibovespa na semana, enquanto CVC (CVCB3) despenca 14%
Frigorífico que exporta produtos para o mercado externo, a companhia tende a ter um incremento nas receitas com o dólar mais alto
Dólar volta subir, bate R$ 6,07 e renova pico histórico; Ibovespa recua 1,5% — veja o que mexeu com a bolsa hoje
O valor supera o recorde anterior, registrado na última segunda-feira (2), quando a moeda norte-americana fechou a R$ 6,06
Os sinais do dado de emprego sobre o caminho dos juros nos EUA. Bolsas se antecipam à próxima decisão do Fed
O principal relatório de emprego dos EUA mostrou a abertura de 227 mil postos no mês passado — um número bem acima dos 36 mil de outubro e da estimativa de consenso da Dow Jones de 214.000
Ações da MRV (MRVE3) disparam 8% e lideram altas do Ibovespa após anúncio de reestruturação que deve encolher as operações da Resia
O principal objetivo da revisão, que inclui venda de projetos e terrenos, é simplificar a estrutura da empresa e acelerar a desalavancagem do grupo MRV
Papai Noel dá as caras na bolsa: Ibovespa busca fôlego em payroll nos EUA, trâmite de pacote fiscal no Congresso e anúncios de dividendos e JCP
Relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano e velocidade do trâmite do pacote fiscal ditarão os rumos dos juros no Brasil e nos EUA
A possibilidade de se tornar uma boa pagadora de dividendos fez essa ação disparar
Não à toa, essa companhia foi eleita por nós uma das 5 melhores ações para dividendos no mês de dezembro
Acordo entre Eletrobras (ELET3) e AGU abre espaço para pagamento de dividendos de R$ 8 bilhões, diz Itaú BBA; entenda
Para os especialistas que cobrem a Eletrobras, o acordo, até o momento, foi bastante positivo para o mercado
Enquanto Ibovespa despenca, dólar é o 2º melhor investimento de novembro – atrás apenas do Bitcoin; veja como buscar até R$ 12 mil por mês com a moeda
Dólar à vista valorizou 3,8% no mês e tem desempenho digno de “ativo de risco” em 2024, com alta de 23,6% em relação ao real