Por que as ações da Marfrig sobem e as da BRF caem forte após o balanço do 2º trimestre
Empresas do mesmo setor divulgaram balanços no mesmo dia, mas apresentaram resultados bastante diferentes; entenda

Marfrig e BRF atuam no mesmo setor — proteína animal — e divulgaram os balanços do segundo trimestre no mesmo dia — quarta-feira (12) à noite. Mas tanto os resultados como a reação dos investidores foram bastante distintos.
De um lado, a Marfrig registrou lucro líquido recorde de R$ 1,5 bilhão, com resultados operacionais que animaram o mercado. Já a BRF divulgou um balanço bem menos animador e avaliado como abaixo do esperado pelos analistas.
A seguir, eu conto para você quais foram os principais motivos para os resultados tão distintos entre as empresas do setor.
Marfrig surpreende
Os analistas de um modo geral já esperavam por um bom balanço da Marfrig, mas a empresa conseguiu superar até as expectativas mais otimistas.
Para os analistas do BTG Pactual, a pandemia do coronavírus teve um efeito positivo para a companhia, com a redução abrupta do abate de gado nos Estados Unidos — um dos principais mercados da Marfrig. Como as empresas de carne bovina não são verticalmente integradas, o preço do gado caiu, enquanto o valor da carne bovina disparou.
O movimento beneficiou imensamente os embaladores do setor como a Marfrig, além de fazer com que as margens aumentassem além do esperado para o trimestre.
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O resultado surpreendente também foi impulsionado pelas operações na América do Sul, que aumentaram a sua receita líquida em 27,7% em relação a igual período do ano anterior, ao aproveitar a demanda crescente de exportações para a China.
Por fim, cabe também o destaque da depreciação cambial, que fez do real uma moeda mais barata ante o dólar.
Diante do efeito “boi barato, carne cara”, os analistas do BTG decidiram colocar em revisão suas recomendações para as ações da Marfrig. A indicação atual é neutra, com preço-alvo de R$ 13. As ações da empresa fecharam em leve alta no Ibovespa nesta quinta, de 0,41%, para R$ 14,78.
O que aconteceu com a BRF?
Apesar de os resultados da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, terem sido considerados sólidos, os analistas do BTG avaliam que foram mais fracos do que o esperado para este trimestre.
De acordo com o relatório, o CPV (custo dos produtos vendidos) cresceu cerca de 14% na comparação anual. Enquanto isso, a margem de preço médio não ajudou, com alta de apenas 10% no mesmo período, resultando no aumento de R$ 7,65/kg no 2º trimestre de 2019 para R$ 8,41/kg no segundo trimestre de 2020.
A empresa também destacou que neste trimestre teve demandas referentes ao investimento de suas operações e para intensificar a proteção aos consumidores, o que totalizou cerca de R$ 218 milhões em gastos de abril a junho.
Os papéis da BRF tiveram uma forte reação aos números, fechando em queda de 7,8%, cotados a R$ 20,93. A notícia de que as autoridades chinesas detectaram coronavírus em embalagens de asas de frango congeladas brasileiras também pesou no desempenho das ações hoje.
Apesar de tudo isso, a XP Investimentos ainda recomenda compra, pois avalia que as ações da BRF estão sendo transacionadas a um patamar ainda atrativo de 8,5x EV/Ebitda 2021.
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