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Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Bolsa tranquila

Ibovespa perde força e dólar sobe a R$ 5,58 com divulgação de depoimento de Moro

O Ibovespa sobe quase 2%, sustentado pelo tom mais ameno visto nos mercados globais. Mas o dólar continua em alta, mostrando cautela com a iminente queda de juros

Victor Aguiar
Victor Aguiar
5 de maio de 2020
10:39 - atualizado às 17:04
Selo Mercados AGORA Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O Ibovespa desacelerou e o dólar à vista foi às máximas da sessão logo após a CNN Brasil divulgar a íntegra do depoimento do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, à Polícia Federal em Curitiba.

Por volta de 16h50, o Ibovespa subia 1,23%, aos 79.848,91 pontos — mais cedo, o índice chegou a avançar 2,78%, aos 81.065,90 pontos. O dólar à vista tocou os R$ 5,6045 (+1,52%) na máxima e, agora, avança 1,12%, a R$ 5,5825.

No depoimento, Moro voltou a dizer que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir no comando da PF no Rio de Janeiro, solicitando que o ex-ministro desse a ele a opção de escolher o superintendente no Estado.

  • Eu gravei um vídeo para explicar a dinâmica do mercado brasileiro nesta terça-feira. Veja abaixo:

Considerando a deterioração no cenário político, o mercado teme que o depoimento de Moro provocará uma piora ainda maior no clima em Brasília. Assim, a reação imediata dos investidores foi no sentido de diminuir a exposição ao risco, reduzindo as posições na bolsa e comprando dólares.

Exterior positivo

Apesar da tensão local, o tom positivo visto lá fora consegue sustentar o Ibovespa no campo positivo. Mesmo com os recentes atritos entre americanos e chineses, os agentes financeiros mostram-se focados na reabertura econômica gradual na Europa e em algumas regiões dos EUA.

A expectativa é a de que, com a atividade voltando lentamente ao normal nessas áreas, o ciclo de recuperação da economia global poderá começar o mais rápido possível — e essa perspectiva sustenta as bolsas mundiais no campo positivo nesta terça-feira.

Além disso, os indicadores de atividade do setor de serviços nos EUA vieram ligeiramente mais fortes que o projetado pelo mercado, o que contribui para elevar a percepção de que a retomada econômica poderá ocorrer mais cedo que o esperado.

Nesse cenário, as bolsas da Europa fecharam em alta firme; nos Estados Unidos, o Dow Jones (+0,56%), o S&P 500 (+0,90%) e o Nasdaq (+1,13%) também sobem.

Expectativa para o Copom

No Brasil, os investidores aguardam a decisão de juros do Copom, com divulgação prevista para amanhã, depois do fechamento dos mercados. As projeções são de corte na Selic, mas não há unanimidade no mercado em relação à magnitude da redução — as apostas dividem-se em baixas de 0,5 ou de 0,75 ponto.

A fraqueza demonstrada pela produção industrial do país em março dá ainda mais força à percepção de que será necessário continuar cortando a Selic para dar sustentação à economia: o indicador caiu 9,1% em relação a fevereiro, a maior queda para o mês desde 2002.

Nesse cenário, o mercado de juros futuros opera em baixa nesta manhã, tanto na ponta curta quanto na longa — uma evidência de que os investidores veem espaço para mais cortes na Selic:

  • Janeiro/2021: de 2,79% para 2,71%;
  • Janeiro/2022: de 3,66% para 3,53%;
  • Janeiro/2023: de 4,91% para 4,72%;
  • Janeiro/2025: de 6,63% para 6,49%.

Essa certeza de que a Selic será cortada na reunião de amanhã e a possibilidade de o ciclo de alívio monetário continuar ao longo do ano acaba trazendo pressão ao dólar à vista e impede que o mercado doméstico de câmbio acompanhe o alívio externo.

Com a Selic cada vez mais baixa, diminui o chamado diferencial de juros em relação aos Estados Unidos — e, consequentemente, os investidores que buscam retornos mais atrativos acabam tendo menor interesse no país. Assim, entram menos dólares no mercado brasileiro, o que pressiona a taxa de câmbio.

Itaú em foco

No lado corporativo, destaque para o Itaú Unibanco: a instituição fez uma provisão de R$ 10 bilhões no primeiro trimestre deste ano, antevendo os impactos futuros da crise do coronavírus. Com isso, o lucro do banco caiu 43% na base anual, para R$ 3,912 bilhões.

Apesar dessa forte baixa no lucro, as ações PN da instituição (ITUB4) operam em alta de 4,61% nesta manhã — os números do balanço chamam a atenção, mas a abordagem cautelosa do Itaú também foi bem recebida pelos investidores.

Veja abaixo os cinco papéis de melhor desempenho do índice no momento:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
SBSP3Sabesp ON42,22 +5,79%
PETR3Petrobras ON19,08 +5,71%
PETR4Petrobras PN18,32 +5,41%
KLBN11Klabin units18,70 +5,17%
VVAR3Via Varejo ON9,98 +5,05%

Confira também as maiores quedas do Ibovespa:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
IRBR3IRB ON9,17 -4,38%
HYPE3Hypera ON27,78 -3,17%
COGN3Cogna ON5,10 -2,30%
EMBR3Embraer ON7,57 -1,94%
BRML3BR Malls ON9,25 -1,07%

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