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Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Recuperação na bolsa

Até onde vai o Ibovespa? Para a XP, o índice voltará aos 112 mil pontos ao fim de 2020

A XP Investimentos revisou para cima sua projeção para o Ibovespa ao fim de 2020, passando de 94 mil pontos para 112 mil pontos — um patamar que implica num potencial de alta de mais de 18% em relação aos níveis atuais da bolsa

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Imagem: Shutterstock

O Ibovespa está numa sequência daquelas: somente nesta semana que passou, acumulou ganhos de mais de 8% — e, se formos além e puxarmos o histórico desde o começo de maio, o salto do principal índice da bolsa brasileira já ultrapassa os 17%. Pois a XP diz que ainda há espaço para mais.

A instituição, que antes projetava o Ibovespa a 94 mil pontos ao fim de 2020, revisou para cima suas estimativas: agora, vê o índice encerrando o ano aos 112 mil pontos — marca que representa um potencial de alta de 18,3% em relação ao patamar atual, de 94.637,06 pontos.

Indo além: se atingidos, os 112 mil pontos fixados pela XP implicam que o Ibovespa irá praticamente zerar as perdas acumuladas desde janeiro. Vale lembrar que, ao fim de 2019, o índice oscilava perto dos 115 mil pontos.

Em relatório, o analista Fernando Ferreira discute os motivos que sustentaram essa forte alta do Ibovespa nos últimos dias e explica sua visão otimista em relação aos próximos meses.

Quanto à dinâmica recente da bolsa, ele lembra que, até a primeira metade de maio, os ativos domésticos estavam entre os de pior desempenho no mundo — e grande parte desse comportamento se devia à percepção ruim dos investidores em relação ao Brasil.

"A dúvida óbvia que fica após esse forte rally é: resolvemos algumas das crises que o Brasil vive (na saúde, economia e política)? Não, não resolvemos ainda nenhuma dessas três crises", escreve Ferreira, destacando, por outro lado, que qualquer melhora marginal nos fundamentos já seria suficiente para causar um rebote nos preços.

E, de fato, diversas "melhoras marginais" ocorreram recentemente: o risco de afastamento do presidente Jair Bolsonaro parece menor do que era há um mês; e a reabertura das economias globais aumentou a confiança dos investidores no exterior, apenas para citar dois pontos.

E para onde vamos?

Quanto ao futuro, a XP se diz confiante quanto à continuidade do rali — talvez não na mesma intensidade dos últimos dias, mas, ainda assim, suficiente para levar o Ibovespa além dos 100 mil pontos com tranquilidade.

Apesar dos diversos riscos ainda existentes no radar, incluindo incertezas políticas, econômicas e de saúde pública, a XP destaca que um processo de reabertura dos países já está em andamento — mas que, mesmo com essa normalização em curso, as injeções de dinheiro por parte dos governos e bancos centrais continuarão.

"Já são mais de US$17 trilhões anunciados por governos em todo o mundo, o que representa 20% do PIB global – uma verdadeira bazooka!" — Fernando Ferreira, analista da XP Investimentos

Além disso, há duas variáveis fundamentais para a XP: o início de uma tendência de enfraquecimento do dólar, considerando as dificuldades ainda enfrentadas pela economia americana por causa do coronavírus, e a recuperação nos preços das commodities, que foram às mínimas em março.

Por fim, Ferreira ainda cita a forte redução no risco-país do Brasil, de 450 bps para 280 bps, o que aumenta o múltiplo justo da relação entre preço e lucro para o Ibovespa — e, assim, um nível mais adequado para o índice ao fim do ano seria o de 112 mil pontos.

Riscos não desprezíveis

Apesar do otimismo, a XP não enxerga apenas bons ventos adiante. Há diversos fatores que podem ameaçar a recuperação da bolsa ao longo do ano, tanto domésticos quanto externos.

Aqui dentro, Ferreira vê o noticiário de Brasília como principal ponto de instabilidade aos mercados. "Os riscos políticos no Brasil parecem ter diminuído, mas não desapareceram por completo. É importante monitorar as tensões entre os três poderes, as investigações em curso, e as medidas setoriais sendo discutidas no Congresso".

Lá fora, ele lembra que as tensões entre EUA e China sempre podem aumentar a cautela entre os investidores, assim como a possibilidade de uma segunda onda da Covid-19 no Ocidente.

Por fim, há a incerteza econômica: tanto no Brasil quanto no exterior, a retomada da atividade no pós-pandemia deve levar bastante tempo — e, quanto mais demorado for o processo, mais riscos poderemos ter aos mercados financeiros.

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