🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Leve recuperação na bolsa

O Ibovespa acumulou ganhos de mais de 1% na semana, mas o dólar não acompanhou o alívio

Victor Aguiar
Victor Aguiar
17 de abril de 2020
18:27 - atualizado às 19:01
Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
O Ibovespa fechou a sessão de hoje em alta e, com isso, terminou a semana no azul. Por um lado, o otimismo visto lá fora ajudou a dar força à bolsa brasileira, mas, por outro, as tensões no cenário político inspiraram cautelaImagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Numa semana marcada pela tensão no cenário político doméstico, o Ibovespa conseguiu escapar ileso: desde segunda-feira, o índice brasileiro acumulou alta de 1,68%, sustentado pelo bom humor visto lá fora — hoje, subiu 1,51%, aos 78.990,29 pontos. Só que, no mercado de câmbio, a história foi diferente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Enquanto a bolsa flertava com o nível dos 80 mil pontos, o dólar à vista mostrava que os investidores estavam atentos aos riscos: a moeda americana subiu em quatro das últimas cinco sessões, fechando essa sexta-feira a R$ 5,2369 (-0,38%). Na semana, a divisa avançou 3,13%.

Essa disparidade de comportamento deixa claro que, por mais que haja um ou outro fator de otimismo no horizonte, a percepção é a de que a situação segue bastante difícil, tanto do ponto de vista econômico quanto político. E, em meio à nebulosidade, é melhor se proteger.

  • Veja abaixo a edição desta sexta-feira do podcast Touros e Ursos. O Vinícius Pinheiro e eu discutimos a respeito de tudo que mexeu com os mercados nesta semana:

E mesmo os ganhos tímidos do Ibovespa ao longo da semana mostram que os investidores estão hesitantes. A bolsa brasileira ficou para trás em relação aos mercados americanos, que tiveram altas mais expressivas nos últimos dias.

Somente nesta sexta-feira, o Dow Jones fechou em alta de 2,99%, o S&P 500 teve ganho de 2,68% e o Nasdaq avançou 1,38%; no acumulado da semana, os saltos foram de 2,20%, 3,03% e 6,09%, nesta ordem.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A chave para entender esse tom mais prudente nos mercados locais está aqui dentro: enquanto no exterior os investidores mostraram-se mais otimistas com o noticiário referente ao coronavírus, o clima no Brasil era de apreensão com as movimentações em Brasília.

Leia Também

Semana tensa

Foram três os vetores de apreensão no cenário político: a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em meio ao surto de coronavírus; a aprovação, no plenário da Câmara, do pacote de ajuda emergencial aos Estados e municípios; e a aprovação, no Senado, do texto-base do 'Orçamento de Guerra'.

O ponto mais sensível foi a movimentação na pasta da Saúde: Mandetta e o presidente Jair Bolsonaro vinham se desentendendo publicamente, dadas as diferenças nas estratégias para combater a pandemia: enquanto o ex-ministro defendia o isolamento social, o presidente queria a reabertura rápida do comércio e a retomada das atividades em ritmo normal.

A situação fincou insustentável após Mandetta conceder entrevista à TV Globo e cobrar um discurso único por parte do governo — a demissão foi consumada na tarde de quinta-feira (16). Em seu lugar, entra o oncologista Nelson Teich.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Apesar de a saída de Mandetta não ter sido surpreendente, a confirmação da troca gerou uma série de preocupações aos investidores. Em primeiro lugar, há a incerteza quanto às diretrizes a serem adotadas daqui para frente: qual será a postura do ministério da Saúde? Teremos uma continuidade do trabalho do ex-ministro ou uma mudança radical?

Em segundo, há a força política de Mandetta, que contava com o apoio de grande parte do Congresso, dos governadores e dos prefeitos — além de ter um alto índice de aprovação popular. Assim, sua demissão tende a deteriorar ainda mais as relações do governo com a Câmara e o Senado.

E, de fato, já há sinais de desgaste adicional entre os poderes: ainda ontem, Bolsonaro deu entrevista à CNN Brasil e fez duras críticas ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia; o deputado, por sua vez, acusou o ministro da Economia, Paulo Guedes, de passar informações falsas à sociedade quanto à crise de Estados e municípios.

A acentuação nos conflitos ocorre num momento em que dois importantes projetos são votados no Congresso: o pacote de ajuda financeira aos governadores e prefeitos e o 'Orçamento de Guerra'. O primeiro é o mais complicado, com um potencial de impactar severamente as contas do governo — por isso, vem sendo chamado de 'bomba fiscal'.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De acordo com o relator da pauta, o impacto estimado do projeto é de pouco menos de R$ 100 bilhões, mas cálculos do ministério da Economia falam numa cifra que pode chegar a quase R$ 200 bilhões. A aprovação do texto pelo plenário da Câmara já foi uma derrota para o governo, que tentou emplacar um auxílio direto de R$ 40 bilhões, sem sucesso.

Assim, antevendo essa relação árida entre os poderes, o mercado preferiu assumir uma postura mais cautelosa — e correu para a segurança do dólar, ao mesmo tempo que tentava segurar as posições em bolsa.

Essa é uma estratégia clássica para tempos de incerteza. O dólar acaba atuando como mecanismo de proteção às apostas no mercado de ações: se o cenário se deteriorar, a queda na bolsa será parcialmente neutralizada pela alta do dólar; se tudo correr bem, a alta das ações compensa a queda da moeda americana.

Coronavírus e economia

No exterior, tivemos mais uma rodada de dados econômicos mostrando os estragos causados pelo coronavírus à economia mundial. Nos Estados Unidos, o desemprego segue alto e as vendas no varejo em março tiveram uma queda expressiva — um quadro nada esperançoso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas, na China, as informações foram um pouco mais animadoras: a balança comercial do país em março veio melhor que o esperado, assim como a produção industrial. O PIB no primeiro trimestre caiu 6,8%, mas, ainda assim, ficou acima das expectativas.

Os dados da China são especialmente importantes porque, no país asiático, a fase mais aguda do surto de coronavírus ocorreu em janeiro e fevereiro.

Assim, os números referentes a março já pegam uma fase em que o país começava a retomar suas atividades — e o fato de os indicadores estarem vindo melhor que o esperado aumenta a esperança de que fenômeno semelhante poderá ser visto na Europa e nos EUA.

E, de fato, a semana contou com as primeiras notícias de relaxamento gradual da quarentena em alguns países da Europa, como Itália, Espanha e Alemanha — o que pode significar que o continente estaria começando a entrar numa fase de declínio da pandemia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump também já começa a falar na reabertura gradual da economia do país, embora tenha adotado um discurso mais brando e dado a entender que a decisão cabe aos governadores.

De qualquer maneira, são dados que serviram para injetar algum ânimo aos mercados globais, fazendo as bolsas americanas acumularem ganhos mais sólidos na semana.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973

14 de novembro de 2025 - 18:44

Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%

O DIA DEPOIS DO BALANÇO

Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%

14 de novembro de 2025 - 17:37

Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre

QUEM É VIVO SEMPRE APARECE. OU MELHOR: QUEM É OI

Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%

14 de novembro de 2025 - 16:52

Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3

O QUE BOMBOU NA BOLSA

Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano 

14 de novembro de 2025 - 15:02

Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano

AÇÕES QUE FICARAM PARA TRÁS

Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa

14 de novembro de 2025 - 12:02

Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3

GALPÕES LOGÍSTICOS

A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas

14 de novembro de 2025 - 6:07

Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?

“REALMENTE ME ASSUSTA”

A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações

13 de novembro de 2025 - 19:01

Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo

A VOZ DOS GESTORES

A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado

13 de novembro de 2025 - 14:01

Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial

HORA DO “GRANDE CORTE”

De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?

13 de novembro de 2025 - 11:59

Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018

REAÇÃO AO RESULTADO

A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte

13 de novembro de 2025 - 9:35

O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade

SÓ NA RENDA FIXA

Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento

13 de novembro de 2025 - 6:03

Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida

EFEITO MCMV

Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques

12 de novembro de 2025 - 20:03

A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora

APURAÇÃO SEU DINHEIRO

O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”

12 de novembro de 2025 - 13:45

Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis

SEGUNDA OFERTA DE AÇÕES

Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa

12 de novembro de 2025 - 12:11

A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores

ESTÁ ARRISCADO DEMAIS?

Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?

12 de novembro de 2025 - 10:25

Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco

FIM DO TREINO?

Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes

12 de novembro de 2025 - 8:35

Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.

MERCADOS

Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima

11 de novembro de 2025 - 12:57

Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos

NÃO TÃO VACA LEITEIRA

Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas

11 de novembro de 2025 - 6:03

Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções

O QUE FAZER COM AS AÇÕES?

Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?

10 de novembro de 2025 - 15:05

O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade

NÃO TEM MAIS COMO CONTINUAR

Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa

10 de novembro de 2025 - 12:30

Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar