🔴 AÇÕES PARA INVESTIR EM JULHO: CONFIRA CARTEIRA COM 10 RECOMENDAÇÕES – ACESSE GRATUITAMENTE

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Despencando

‘Risco-coronavírus’ volta a pesar e derruba o Ibovespa em mais de 7%; dólar dispara a R$ 4,72

A OMS passou a classificar o surto de coronavírus como pandemia global e, com isso, elevou o nível de nervosismo nos mercados. A notícia desencadeou uma forte onda vendedora na bolsa e fez o Ibovespa se aproximar dos 80 mil pontos.

Victor Aguiar
Victor Aguiar
11 de março de 2020
18:00 - atualizado às 18:48
Ibovespa queda bolsa fundos imobiliários
Imagem: Shutterstock

Não há como dourar a pílula: nos últimos dias, houve uma piora relevante no ambiente para os mercados financeiros globais. O surto de coronavírus e a crise do petróleo fizeram a aversão ao risco dar um salto — e, por aqui, o noticiário doméstico não tem servido como fonte de alívio. Nesse cenário, o Ibovespa e as bolsas do mundo todo têm sofrido.

Nesse contexto de apreensão, muitos investidores apostaram suas fichas num eventual esforço coordenado dos governos e bancos centrais, que lançariam pacotes de estímulo e programas de injeção de recursos, de modo a tentar preservar a economia mundial.

Só que, enquanto esse otimismo permanece apenas no campo da suposição, o noticiário da vida real está mais concreto que nunca — e os desdobramentos são cada vez mais preocupantes.

E é claro que, num momento de elevada aversão ao risco, qualquer informação negativa é capaz de empurrar os mercados precipício abaixo. Pois foi exatamente isso que aconteceu nesta quarta-feira (11).

O Ibovespa abriu a sessão em baixa, devolvendo parte da recuperação vista no pregão anterior. Durante a manhã, as perdas estavam relativamente sob controle, com quedas de "apenas" 4%. Mas, ainda no início da tarde, a situação começou a se deteriorar rapidamente.

O gatilho para essa queda súbita foi a mudança de postura da Organização Mundial de Saúde (OMS) em relação ao coronavírus, passando a classificar o surto da doença como uma 'pandemia mundial'. Uma notícia que trouxe pânico e deu início a um movimento de venda em massa de ações.

Leia Também

Logo, o Ibovespa começou a mergulhar e, às 15h15, bateu os 10% de queda, acionando o circuit breaker — o mecanismo que interrompe as negociações por 30 minutos para conter a espiral negativa. Foi a segunda vez nesta semana que o botão do pânico foi pressionado, algo que não acontecia desde 2008.

Passado o momento de caos, as operações voltaram a acontecer, mas sem grandes alívios na pressão. Ao fim do dia, o Ibovespa fechou em queda de 7,64%, aos 85.171,13 pontos — é o menor nível de encerramento desde 26 de dezembro de 2018, quando marcava 85.136,11 pontos.

No instante de maior tensão, o Ibovespa chegou a cair 12,38%, tocando os 80.795,50 pontos — o índice não chegava a patamares tão baixos desde 2 de outubro de 2018, última vez em que apareceu abaixo dos 80 mil pontos.

Com a nova queda expressiva vista hoje, o Ibovespa agora acumula impressionantes 13,09% de baixa somente nesta semana. Desde o início de 2020, as perdas já chegam a 26,35%.

Nos Estados Unidos, o dia foi igualmente negativo: o Dow Jones caiu 5,86%, o S&P 500 recuou 4,86% e o Nasdaq fechou em baixa de 4,70%. As bolsas da Europa e da Ásia também terminaram no vermelho, embora não tenham reagido à mudança de avaliação da OMS.

No câmbio, o dólar à vista deu um salto: fechou em forte alta de 1,62%, a R$ 4,7226, ficando a um triz das máximas históricas em termos nominais, a R$ 4,7243. Lá fora, o dia foi marcado pela valorização em massa da moeda americana em relação às divisas de países emergentes, num movimento de fuga de ativos mais arriscados.

(Mais um) dia tenso

Tivemos hoje mais um episódio na onda de forte volatilidade enfrentada pelos mercados globais nesta semana. Veja só o histórico recente do Ibovespa: na segunda-feira, o índice caiu 12,17%; ontem, subiu 7,14%; e, hoje, anulou completamente a recuperação da sessão anterior.

  • Eu gravei um vídeo comentando esse comportamento errático do Ibovespa e das bolsas globais. Veja abaixo:

Isso porque, em linhas gerais, o panorama para os mercados continua o mesmo desde segunda-feira: a Arábia Saudita e a Rússia seguem com a guerra de preços do petróleo e, no front do coronavírus, há um temor cada vez maior quanto à disseminação da doença e os impactos à economia, principalmente na Europa.

No velho continente, a situação é particularmente ruim na Itália, que já tem mais de 12 mil casos confirmados da doença e 827 mortes. Em toda a Europa, já há diversos focos de quarentena e instruções para que eventos públicos sejam cancelados — competições esportivas, por exemplo, têm sido adiadas ou realizadas com portões fechados.

Assim, a recuperação de ontem se deve muito mais a fatores técnicos e à esperança quanto a uma ação rápida dos bancos centrais e dos governos para blindar a economia global em meio à crise; hoje, a dinâmica é a mesma, mas na direção oposta: uma correção de eventuais excessos na recuperação e uma desconfiança quanto à urgência das autoridades mundiais, já que os pacotes de estímulos ainda não chegaram.

Dólar dispara

No câmbio, o tom também foi de enorme prudência: o dólar à vista fechou em alta de 1,62%, a R$ 4,7226 — o Banco Central não atuou nesta quarta-feira, interrompendo os leilões extraordinários que eram vistos desde a semana passada, tanto no mecado de câmbio quanto no à vista.

Com a nova esticada do dólar à vista, os investidores mostram-se bem mais cautelosos em relação ao mercado de juros. No início da sessão, os DIs mais curtos operavam em baixa, refletindo as apostas num novo corte na Selic pelo Copom, na próxima semana.

Além disso, a inflação sob controle — o IPCA teve leve alta de 0,25% em fevereiro — aumentava o conforto quanto a novas reduções de juros no curto prazo. Só que, dado o aumento no 'risco-coronavírus', os agentes financeiros tiraram o pé do acelerador, assumindo uma postura mais defensiva nos juros.

Veja abaixo como ficaram as curvas mais líquidas nesta quarta-feira:

  • Janeiro/2021: de 3,89% para 4,21%;
  • Janeiro/2022: de 4,52% para 5,03%;
  • Janeiro/2023: de 5,22% para 5,92%.

Na conramão

Mesmo em meio a todo o pessimismo, duas ações do Ibovespa ainda conseguiram se salvar e fechar em alta: Tim ON (TIMP3), com ganho de 1,23%, e Telefônica Brasil PN (VIVT4), com valorização de 0,48%. Tudo graças ao noticiário corporativo envolvendo as empresas.

Na noite anterior, ambas anunciaram que uniriam esforços para tentar comprar a divisão de telefonia móvel da Oi, empresa que está em recuperação judicial e precisa de recursos para pagar os credores. A iniciativa, assim, foi bem recebida pelo mercado, que correu para o setor de telecomunicações em meio ao caos.

Top 5

Veja abaixo os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa nesta quarta-feira:

CÓDIGONOME PREÇO (R$)VARIAÇÃO
TIMP3TIM ON15,70+1,23%
VIVT4Telefônica Brasil PN54,32+0,48%
RADL3Raia Drogasil ON115,00-1,54%
TAEE11Taesa units29,75-1,78%
CRFB3Carrefour Brasil ON20,44-3,36%

Confira também as maiores baixas do índice:

CÓDIGONOME PREÇO (R$)VARIAÇÃO
AZUL4Azul PN30,25-16,39%
GOLL4Gol PN15,65-14,57%
CSNA3CSN ON8,02-14,41%
BRKM5Braskem PNA21,75-13,42%
BPAC11BTG Pactual units44,41-13,36%

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
APERTEM OS CINTOS!

O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3

9 de julho de 2025 - 20:19

O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%

CHANCE DOURADA

A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato

9 de julho de 2025 - 18:00

A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024

9 de julho de 2025 - 14:01

Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros

FIIS HOJE

FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria

9 de julho de 2025 - 12:52

Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira

VISÃO DO GESTOR

O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora

9 de julho de 2025 - 6:08

Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações

DIA DA LIBERTAÇÃO RELOADED

A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano

8 de julho de 2025 - 19:58

O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora

VOLTOU A VALER A PENA

Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil

7 de julho de 2025 - 19:49

Em carta mensal, a gestora revelou ganhos impulsionados por posições em euro, real, criptomoedas e crédito local, enquanto sofreu perdas com petróleo

ENTREGOU TUDO

Ibovespa em disparada: estrangeiros tiveram retorno de 34,5% em 2025, no melhor desempenho desde 2016

7 de julho de 2025 - 17:24

Parte relevante da valorização em dólares da bolsa brasileira no primeiro semestre está associada à desvalorização global da moeda norte-americana

MERCADOS E TARIFAS

Brasil, China e Rússia respondem a Trump; Ibovespa fecha em queda de 1,26% e dólar sobe a R$ 5,4778

7 de julho de 2025 - 13:46

Presidente norte-americano voltou a falar nesta segunda-feira (7) e acusou o Brasil de promover uma caça às bruxas; entenda essa história em detalhes

DE ENDEREÇO NOVO

Em meio ao imbróglio com o FII TRBL11, Correios firmam acordo de locação com o Bresco Logística (BRCO11); entenda como fica a operação da agência

7 de julho de 2025 - 12:12

Enquanto os Correios ganham um novo endereço, a agência ainda lida com uma queda de braço com o TRBL11, que vem se arrastando desde outubro do ano passado

FII DO MÊS

De volta ao trono: Fundo imobiliário de papel é o mais recomendado de julho para surfar a alta da Selic; confira o ranking

7 de julho de 2025 - 6:01

Apesar do fim da alta dos juros já estar entrando no radar do mercado, a Selic a 15% abre espaço para o retorno de um dos maiores FIIs de papel ao pódio da série do Seu Dinheiro

PERDEU O RASTREIO

Ataque hacker e criptomoedas: por que boa parte do dinheiro levado no “roubo do século” pode ter se perdido para sempre

5 de julho de 2025 - 10:00

Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro alertam: há uma boa chance de que a maior parte do dinheiro roubado nunca mais seja recuperada — e tudo por causa do lado obscuro dos ativos digitais

VOAR, VOAR, SUBIR, SUBIR

Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), lança programa de BDRs na B3; saiba como vai funcionar

4 de julho de 2025 - 16:03

Os certificados serão negociados na bolsa brasileira com o ticker EVEB31 e equivalerão a uma ação ordinária da empresa na Bolsa de Nova York

ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE

Quem tem medo da taxação? Entenda por que especialistas seguem confiantes com fundos imobiliários mesmo com fim da isenção no radar

4 de julho de 2025 - 14:08

Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, especialistas da Empiricus Research, da Kinea e da TRX debateram o que esperar para o setor imobiliário se o imposto for aprovado no Congresso

ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE

FIIs na mira: as melhores oportunidades em fundos imobiliários para investir no segundo semestre

4 de julho de 2025 - 14:02

Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, do Seu Dinheiro, especialistas da Empiricus Research, Kinea e TRX revelam ao que o investidor precisa estar atento no setor imobiliário com a Selic a 15% e risco fiscal no radar

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa sobe 0,24% e bate novo recorde; dólar avança e termina dia cotado em R$ 5,4248

4 de julho de 2025 - 12:37

As bolsas norte-americanas não funcionaram nesta sexta-feira (4) por conta de um feriado, mas o exterior seguiu no radar dos investidores por conta das negociações tarifárias de Trump

TREINO DE CARDIO

Smart Fit (SMFT3) falha na série: B3 questiona queda brusca das ações; papéis se recuperam com alta de 1,73%

3 de julho de 2025 - 19:02

Na quarta-feira (2), os ativos chegaram a cair 7% e a operadora da bolsa brasileira quis entender os gatilhos para a queda; descubra também o que aconteceu

AOS POUCOS

Ibovespa vale a pena, mas vá com calma: por que o UBS recomenda aumento de posição gradual em ações brasileiras

3 de julho de 2025 - 18:26

Banco suíço acredita que a bolsa brasileira tem espaço para mais valorização, mas cita um risco como limitante para alta e adota cautela

CHEGOU A HORA DE DAR TCHAU

Da B3 para as telinhas: Globo fecha o capital da Eletromidia (ELMD3) e companhia deixa a bolsa brasileira

3 de julho de 2025 - 15:54

Para investidores que ainda possuem ações da companhia, ainda é possível se desfazer delas antes que seja tarde; saiba como

O QUE EXPLICA?

Os gringos investiram pesado no Brasil no primeiro semestre e B3 tem a maior entrada de capital estrangeiro desde 2022

3 de julho de 2025 - 15:48

Entre janeiro e junho deste ano, os gringos aportaram cerca de R$ 26,5 bilhões na nossa bolsa — o que impulsionou o Ibovespa no período

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar