🔴 NOVA META: RENDA EXTRA DE ATÉ R$ 2 MIL POR DIA ENTENDA COMO

Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Vai mudar

Substituição no Ibovespa: sai Smiles e entram Energisa, Minerva e CPFL Energia

As três novatas passarão a integrar o Ibovespa a partir de maio — a carteira dos próximos quatro meses terá 75 ativos de 72 empresas

Victor Aguiar
Victor Aguiar
29 de abril de 2020
16:27 - atualizado às 18:32
Sede da B3 (B3SA3), no centro da capital paulista
Sede da B3, no centro da capital paulista - Imagem: Shutterstock

A cada quatro meses, a B3 realiza um rebalanceamento em seus principais índices acionários. E, no caso do Ibovespa, serão quatro mudanças na carteira com validade entre maio e agosto: as ações ON da CPFL Energia (CPFE3), os papéis ON da Minerva (BEEF3) e as units da Energisa (ENGI11) entram no portfólio, enquanto Smiles ON (SMLS3) deixa o índice.

A inclusão das três novatas era esperada, uma vez que as duas prévias anteriores da nova versão do Ibovespa já indicavam a entrada delas na carteira. No entanto, a exclusão da Smiles pegou alguns de surpresa: as versões preliminares do portfólio ainda contavam com as ações da empresa do setor de fidelidade.

Com as alterações, o Ibovespa passará a ter 75 ativos de 72 empresas diferentes, dando continuidade ao movimento de expansão do índice: em janeiro, cinco empresas entraram na carteira (Carrefour Brasil, Hapvida, SulAmérica, Cia Hering e Totvs); em setembro de 2019, foram duas novidades (NotreDame Intermédica e BTG Pactual); em maio do ano passado, outras duas fizeram sua estreia (Azul e IRB).

Setor de energia em foco

De cara, salta aos olhos a inclusão de duas empresas do setor de energia no Ibovespa: as distribuidoras Energisa e CPFL Energia — e cada uma possui suas peculiaridades.

Atualmente, o Grupo Energisa atende pouco menos de 8 milhões de consumidores em onze Estados, com destaque para a região Centro-Oeste do país — a área de concessão ultrapassa os 2 mil quilômetros quadrados. A companhia também possui ativos de transmissão, adquiridos em leilões públicos, mas seu foco é o setor de distribuição.

Em termos de desempenho na bolsa, as units da Energisa (ENGI11) apresentam um desempenho relativamente resistente: no acumulado do ano, os ativos da companhia caem 13%, cotados atualmente a R$ 46,23 — apenas como comparação, o Ibovespa amarga uma baixa de mais de 28% em 2020.

Leia Também

Essa resiliência se deve, em grande parte, à percepção de que as empresas do setor elétrico estão menos expostas às intempéries geradas pelo surto de coronavírus: o consumo de energia elétrica, afinal, não diminui por causa da pandemia, o que dá a essas companhias uma certa previsibilidade do ponto de vista financeiro.

Isso não quer dizer, obviamente, que a empresa não seja afetada pela Covid-19. Neste mês, a Energisa anunciou a postergação de investimentos na ordem de R$ 500 milhões, de modo a preservar seu caixa em meio às turbulências macroeconômicas.

A CPFL tem um perfil semelhante: através de suas subsidiárias, atende cerca de 9,7 milhões de clientes nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais. E, assim como a Energisa, também possui atividades em outras áreas, como a geração e a comercialização de energia.

Na bolsa, a CPFL tem um desempenho muito semelhante ao da Energisa: as ações ON da companhia (CPFE3) caem 15% desde o início de 2020, a R$ 30,04, também indo melhor que o Ibovespa.

E, de certa maneira, essas perdas mais brandas dos ativos das duas empresas se deve a uma característica típica do setor elétrico na bolsa: ambas são boas pagadoras de dividendos.

Por mais que a distribuição de proventos seja afetada por causa do surto de coronavírus — trata-se de uma medida emergencial, também no âmbito da preservação de caixa —, muitos investidores têm apostado nesse tipo de ativo, apostando no recebimento de remunerações periódicas num período de forte instabilidade na bolsa.

O boom das proteínas animais

A terceira estreante do Ibovespa, Minerva ON (BEEF3), pega carona no bom momento do setor de proteína animal. Desde o ano passado, o segmento tem se beneficiado com a maior demanda vinda da China, país que foi fortemente afetado por um surto de febre suína em 2019.

Além desse fator, o dólar cada vez mais elevado também contribui para dar ânimo aos frigoríficos: como essas empresas realizam vendas no exterior, suas receitas são fortemente impulsionadas pela taxa de câmbio mais alta.

Essa combinação de fatores ajuda a explicar o desempenho das ações da Minerva na B3: desde o começo do ano, os ativos acumulam leve baixa de 4,2%, a R$ 12,30 — uma desvalorização irrisória, considerando as perdas massivas vistas em grande parte dos papéis da bolsa.

O bom momento do setor de proteína animal fica claro ao analisarmos o balanço da Minerva no primeiro trimestre de 2020 — os números foram divulgados na noite de ontem. A companhia fechou o período com um lucro líquido de R$ 271,2 milhões, revertendo a perda de R$ 31,4 milhões vista há um ano.

As exportações da Minerva também melhoraram na base anual: as vendas brutas ao exterior totalizaram R$ 2,9 bilhões nos primeiros três meses de 2020, um aumento de 21% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

Carteira cheia

A entrada ou saída de um ativo da carteira do Ibovespa leva em conta o volume de negociações e uma série de outros critérios pré-determinados pela B3. Mas vale ressaltar que, ao engordar o portfólio, a instituição acaba diluindo a alta concentração de alguns setores na composição do índice.

Uma crítica recorrente à carteira do Ibovespa é a de que determinadas ações e segmentos possuíam um peso desnecessariamente alto — em especial, os setores de bancos e de commodities. Assim, oscilações mais fortes nesses papéis acabavam arrastando o índice como um todo.

Essas áreas continuam entre as mais representativas do índice: em termos de peso relativo, o top 5 do portfólio válido entre maio e agosto traz Vale ON (9,997%), Itaú Unibanco PN (7,532%), Bradesco PN (5,793%), B3 ON (5,543%) e Petrobras PN (5,307%). Mas, com mais ativos no portfólio, essa concentração tende a diminuir.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Caça ao tesouro (Selic): Ibovespa reage à elevação da taxa de juros pelo Copom — e à indicação de que eles vão continuar subindo

12 de dezembro de 2024 - 8:01

Copom elevou a taxa básica de juros a 12,25% ao ano e sinalizou que promoverá novas altas de um ponto porcentual nas próximas reuniões

PESSIMISMO COM O BRASIL

Stuhlberger à procura de proteção: lendário fundo Verde inicia posição vendida na bolsa brasileira e busca refúgio no dólar

11 de dezembro de 2024 - 12:28

Com apostas em criptomoedas e dólar forte, o Verde teve desempenho consolidado mensal positivo em 3,29% e conseguiu bater o CDI em novembro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Encontros e despedidas: Ibovespa se prepara para o resultado da última reunião do Copom com Campos Neto à frente do BC

11 de dezembro de 2024 - 8:09

Investidores também aguardam números da inflação ao consumidor norte-americano em novembro, mas só um resultado muito fora da curva pode mudar perspectiva para juros

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ibovespa aguarda IPCA de novembro enquanto mercado se prepara para a última reunião do Copom em 2024; Lula é internado às pressas

10 de dezembro de 2024 - 8:09

Lula passa por cirurgia de emergência para drenar hematoma decorrente de acidente doméstico ocorrido em outubro

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Histerese ou apenas um ciclo — desta vez é diferente?

9 de dezembro de 2024 - 20:00

Olhando para os ativos brasileiros hoje não há como precisar se teremos a continuidade do momento negativo por mais 18 meses ou se entraremos num ciclo mais positivo

AINDA VALE A PENA

Petrobras (PETR4) acena com dividendos fartos e Goldman Sachs diz que é hora de comprar

9 de dezembro de 2024 - 17:45

Nos cálculos do banco, o dividend yield (retorno de dividendos) da petroleira deve chegar a 14% em 2025 e a 12% para os próximos três anos

MERCADOS HOJE

Nova máxima histórica: Dólar volta a quebrar recorde e fecha no patamar de R$ 6,08, enquanto Ibovespa sobe 1% na esteira de Vale (VALE3)

9 de dezembro de 2024 - 17:22

A moeda chegou a recuar mais cedo, mas inverteu o sinal próximo ao final de sessão em meio à escalada dos juros futuros por aqui e dos yields nos Estados Unidos

ORIENTE MÉDIO EM CHAMAS

Trump, Rússia, Irã e Israel: quem ganha e quem perde com a queda do regime de Assad na Síria — e as implicações para o mercado global

9 de dezembro de 2024 - 15:33

A cautela das autoridades ocidentais com relação ao fim de mais de 50 anos da dinastia Assad tem explicação: há muito mais em jogo do que apenas questões geopolíticas; entenda o que pode acontecer agora

EXPECTATIVAS DESANCORADAS

Um alerta para Galípolo: Focus traz inflação de 2025 acima do teto da meta pela primeira vez e eleva projeções para a Selic e o dólar até 2027

9 de dezembro de 2024 - 11:54

Se as projeções se confirmarem, um dos primeiros atos de Galípolo à frente do BC será a publicação de uma carta pública para explicar o estouro do teto da meta

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Atualização pela manhã: desdobramentos da guerra na Síria, tensão no governo francês e expectativas com a Selic movimentam bolsas hoje

9 de dezembro de 2024 - 8:04

A semana conta com dados de inflação no Brasil e com a decisão sobre juros na próxima quarta-feira, com o exterior bastante movimentado

BOMBOU NO SD

Como levar o dólar para abaixo de R$ 4, pacto fáustico à brasileira e renúncia do CEO da Cosan Investimentos: confira os destaques do Seu Dinheiro na semana

8 de dezembro de 2024 - 12:28

Um bolão vencedor da Mega-Sena e a Kinea vendida em bolsa brasileira também estão entre as matérias mais lidas da semana

RANKING DO ÍNDICE

Com dólar recorde, ações da BRF (BRFS3) saltam 14% e lideram altas do Ibovespa na semana, enquanto CVC (CVCB3) despenca 14%

7 de dezembro de 2024 - 16:43

Frigorífico que exporta produtos para o mercado externo, a companhia tende a ter um incremento nas receitas com o dólar mais alto

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Dólar volta subir, bate R$ 6,07 e renova pico histórico; Ibovespa recua 1,5% — veja o que mexeu com a bolsa hoje

6 de dezembro de 2024 - 19:18

O valor supera o recorde anterior, registrado na última segunda-feira (2), quando a moeda norte-americana fechou a R$ 6,06

O PAYROLL MANDOU AVISAR QUE…

Os sinais do dado de emprego sobre o caminho dos juros nos EUA. Bolsas se antecipam à próxima decisão do Fed

6 de dezembro de 2024 - 13:06

O principal relatório de emprego dos EUA mostrou a abertura de 227 mil postos no mês passado — um número bem acima dos 36 mil de outubro e da estimativa de consenso da Dow Jones de 214.000

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da MRV (MRVE3) disparam 8% e lideram altas do Ibovespa após anúncio de reestruturação que deve encolher as operações da Resia

6 de dezembro de 2024 - 11:36

O principal objetivo da revisão, que inclui venda de projetos e terrenos, é simplificar a estrutura da empresa e acelerar a desalavancagem do grupo MRV

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Papai Noel dá as caras na bolsa: Ibovespa busca fôlego em payroll nos EUA, trâmite de pacote fiscal no Congresso e anúncios de dividendos e JCP

6 de dezembro de 2024 - 7:55

Relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano e velocidade do trâmite do pacote fiscal ditarão os rumos dos juros no Brasil e nos EUA

SEXTOU COM O RUY

A possibilidade de se tornar uma boa pagadora de dividendos fez essa ação disparar

6 de dezembro de 2024 - 6:14

Não à toa, essa companhia foi eleita por nós uma das 5 melhores ações para dividendos no mês de dezembro

DESTAQUES DA BOLSA

Acordo entre Eletrobras (ELET3) e AGU abre espaço para pagamento de dividendos de R$ 8 bilhões, diz Itaú BBA; entenda

5 de dezembro de 2024 - 14:56

Para os especialistas que cobrem a Eletrobras, o acordo, até o momento, foi bastante positivo para o mercado

SD Select

Enquanto Ibovespa despenca, dólar é o 2º melhor investimento de novembro – atrás apenas do Bitcoin; veja como buscar até R$ 12 mil por mês com a moeda

5 de dezembro de 2024 - 14:12

Dólar à vista valorizou 3,8% no mês e tem desempenho digno de “ativo de risco” em 2024, com alta de 23,6% em relação ao real

CRISE EM PARIS

Uma bomba explodiu no colo de Macron: a reação dos mercados à queda do governo na França e o que acontece agora

5 de dezembro de 2024 - 12:46

O primeiro-ministro Michel Barnier apresentou sua renúncia na manhã desta quinta-feira (5) e aumentou a pressão sob o presidente francês, que corre contra o relógio para encontrar um substituto; saiba quem são os possíveis candidatos a ocupar o cargo

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar