Dólar tomba 2,5% e volta a níveis de setembro com Biden perto da vitória
Na semana, a moeda acumulou queda de 6%, embora suba ainda 35% no ano; maior leveza do cenário político local também contribui com fraqueza do dólar

É um dia raro em 2020: tombo do dólar. A moeda americana cai 2,5% por volta das 16h30, sendo cotada aos R$ 5,40, no nível mais baixo desde 22 de setembro, quando era negociada a R$ 5,39.
A explicação principal é simples: um novo presidente americano com uma retórica — e ação — provavelmente menos protecionista, Joe Biden, favorecerá moedas de países emergentes, o que enfraquece o dólar globalmente.
E os investidores parecem ter se lembrado, repentinamente, de que o real existe.
"É importante só observar que o real estava bem fora do radar dos gringos há algum tempo", diz Italo Abucater, gerente de câmbio da Tullett Prebon, citando que a venda global de dólar faz investidores comprarem outras moedas, como a brasileira. "É 100% efeito Biden hoje."
Em 2020, o dólar subiu, até o momento, incríveis 35% frente ao real, atingindo os maiores níveis históricos frente à moeda brasileira.
Nunca é o bastante lembrar que este ano foi atípico, já que tivemos a maior pandemia em um século, o que estressou os investidores e exigiu a ida para ativos mais seguros, entre os quais está a moeda americana.
Leia Também
O movimento de alívio na taxa de câmbio também vem na esteira de sinalizações mais leves provenientes do cenário político brasileiro.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que tem a intenção de retomar a agenda de reformas econômicas parada na Casa após o primeiro turno das eleições — ou seja, a partir do dia 16.
Nesta semana, a disposição do Congresso em votar os vetos do presidente Jair Bolsonaro — como o veto ao prolongamento da desoneração da folha de pagamentos, que foi derrubado — e a aprovação no Senado do projeto de autonomia do Banco Central também contribuíram para o tombo do dólar.
Com tantos ventos positivos, na semana, a moeda acumulou queda de 6%.
"Hoje é dia de otimismo, o fator que guia os negócios sem dúvida é externo", diz Paulo Nepomuceno, analista de renda fixa da Terra Investimentos. "Mas o Maia dar essa sinalização ajuda muito."
Nepomuceno menciona que os mercados de câmbio e juros estão se reajustando após reações exageradas. Nessa mesma linha, o ministro da Economia Paulo Guedes disse há pouco que a taxa de câmbio já teve o seu "overshooting" — isto é, uma reação desproporcional de um ativo.
Ainda assim, a situação brasileira não é fácil, com a conjuntura doméstica trazendo fatores que podem limitar uma queda prolongada do dólar.
"Na minha opinião, dólar abaixo de R$ 5,50 é uma grande farsa", diz Abucater, da Tullett Prebon. "Por toda nossa conjuntura: fiscal comprometido e, sem taxas de juros atrativa, não tem entrada de grana."
Enquanto isso, o Ibovespa opera perto da estabilidade. Acompanhe a cobertura completa de mercados do Seu Dinheiro.
Ibovespa bate novo recorde de fechamento com corte de juros nos EUA; mais cedo, índice chegou a romper os 146 mil pontos
Principal índice da bolsa brasileira fechou em alta de 0,93%, a 145.404,61 pontos; dólar teve leve alta de de 0,06%, a R$ 5,3012
BB Seguridade (BBSE3) lidera ranking de melhores pagadoras de dividendos, mas ação cai no ano; demais campeãs se valorizaram até 90%
Com exceção da seguradora do Banco do Brasil, todas as demais ações do top 10 se valorizaram no ano; duas construtoras de baixa renda figuram na lista
Ouro renova (de novo) as máximas históricas na véspera da decisão do Fed sobre juros dos EUA
A queda dos juros dos Treasurys e do dólar no exterior, assim como o clima de cautela em mercados acionários, contribuem para os ganhos do ouro hoje
Confiança em xeque: mercado de capitais brasileiro recebe nota medíocre em pesquisa da CVM e especialistas acendem alerta
Percepção de impunidade, conflitos de interesse e falhas de supervisão reforçam a desconfiança de investidores e profissionais no mercado financeiro brasileiro
Prio (PRIO3) sobe no Ibovespa após receber licença final para a instalação dos poços de Wahoo
A petroleira projeta que o início da produção na Bacia do Espírito Santo será entre março e abril de 2026
Dólar vai abaixo dos R$ 5,30 e Ibovespa renova máximas (de novo) na expectativa pela ‘tesoura mágica’ de Jerome Powell
Com um corte de juros nos EUA amplamente esperado para amanhã, o dólar fechou o dia na menor cotação desde junho de 2024, a R$ 5,2981. Já o Ibovespa teve o terceiro recorde dos últimos quatro pregões, a 144.061,64 pontos
FII BRCO11 aluga imóvel para M. Dias Branco (MDIA3) e reduz vacância
O valor da nova locação representa um aumento de 12% em relação ao contrato anterior; veja quanto vai pingar na conta dos cotistas do BRCO11
TRXF11 vai às compras mais uma vez e adiciona à carteira imóvel locado ao Assaí; confira os detalhes
Esse não é o primeiro ativo alugado à empresa que o FII adiciona à carteira; em junho, o fundo já havia abocanhado um galpão ocupado pelo Assaí
Ouro vs. bitcoin: afinal, qual dos dois ativos é a melhor reserva de valor em momentos de turbulência econômica?
Ambos vêm renovando recordes nos últimos dois anos à medida que as incertezas no cenário econômico internacional crescem e o mercado busca uma maneira de se proteger
Do Japão às small caps dos EUA: BlackRock lança 29 novos ETFs globais para investir em reais
Novos fundos dão acesso a setores, países e estratégias internacionais sem a necessidade de investir diretamente no exterior
Até onde vai o fundo do poço da Braskem (BRKM5), e o que esperar dos mercados nesta semana
Semana começa com prévia do PIB e tem Super Quarta, além de expectativa de reação dos EUA após condenação de Bolsonaro
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
Anita Scal, sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da empresa, afirma que a perspectiva de um ciclo de queda da taxa de juros no Brasil deve levar as cotas dos fundos a se valorizarem
TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII
Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar
Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic