O bitcoin tem um novo recorde. A criptomeda bateu nesta sexta-feira (20) a marca histórica de R$ 100 mil - US$ 18,7 mil -, em continuidade a uma alta de meses anteriores.
Em outubro, a moeda digital já havia rendido 29% - o melhor investimento daquele mês -, com uma rentabilidade de 171% em 2020.
Não é a primeira vez que o bitcoin chega ao patamar atual em dólar. No final de 2017, a criptomeda até se aproximou de US$ 20 mil - quando a moeda americana era cotada a R$ 3,30 -, mas caiu para US$ 3 mil.
A diferença entre os valores de dólar e real é justamente uma das principais razões para a criptomoeda a bater a marca emblemática dos R$ 100 mil. A divisa americana era cotada a R$ 5,36 nesta sexta.
- Acompanhe a cobertura de mercados do Seu Dinheiro nesta sexta.
Mercado menos amador
A alta do bitcoin em dólares está muito relacionada aos avanços institucionais do mercado de criptomedas - que valorizam os criptoativos de modo geral. Entre os movimentos importantes, destacam-se:
- Compras de investidores institucionais;
- Sinal verde do Fed, nos EUA, para a adoção das moedas digitais;
- Sinalização do Banco Central Europeu de possibilidade de criação de uma moeda digital;
- Anúncio de que a plataforma de pagamentos Paypal passaria a oferecer a compra e venda de criptomoedas
Para especialistas, as novidades indicariam maior profissionalização e institucionalização do mercado de criptomoedas. Ainda entra na conta da valorização do bitcoin o chamado "halving", que aconteceu em maio.
O movimento é uma correção técnica que acontece de quatro em quatro anos, cortando pela metade a emissão de bitcoins. No médio e longo prazo, com o crescimento da demanda, a medida tende a puxar uma alta da criptomeda.