O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, disse que o relator da proposta, Samuel Moreira (PSDB-SP), foi "ao limite" no seu parecer.
Na quinta-feira, 13, o relatório do projeto foi apresentado na comissão especial, depois de muita expectativa criada. Agora, os olhos de todos se voltam para a votação da reforma na comissão e no plenário da Câmara dos Deputados.
Conforme contou o Eduardo Campos por aqui, no cenário menos agradável, o texto só começa a ser debatido em plenário em agosto. De qualquer forma, Maia agora faz uma avaliação do que aconteceu ontem na comissão. Confira os principais trechos da entrevista.
Como o sr. avalia o parecer que foi apresentado à comissão?
Foi uma demonstração de capacidade de articulação do relator. Aprovar um texto não depende das suas convicções, mas da capacidade do relator de construir maioria. Acho que fez isso muito bem.
Qual o risco de desidratação a partir de agora? Falam em mexer ainda mais no texto, o que pode reduzir a economia em mais R$ 150 bilhões?
Não acredito. Espero que todos compreendam que o relator foi ao limite. Qualquer mudança será uma sinalização ruim e vai reduzir a possibilidade de o Brasil voltar a crescer, gerar empregos e reduzir os juros básicos para um patamar histórico, na faixa dos 5% ao ano (hoje, está em 6,5% a.a.).
É possível votar no plenário antes do recesso de julho?
Eu gostaria. Vai depender da capacidade de mobilização dos líderes partidários com os seus deputados para encerrar o debate até o dia 25. Agora é garantir o que está no texto e trabalhar para construir o acordo com os governadores para que Estados e municípios voltem à reforma.
*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.