10 centavos ou 4,84% de aumento?
O que vai doer menos no bolso do brasileiro: um aumento de 10 centavos no litro do diesel vendido pela Petrobras ou um reajuste de 4,84% no preço? Na verdade os dois números são idênticos, embora pareça mais amigável falar em um aumento de centavos do que em uma correção que supera a inflação em 12 meses, não é mesmo?
O anúncio de reajuste do preço do diesel pela Petrobras ontem foi uma tentativa de demonstrar que a empresa mantém sua autonomia para decidir os preços. Durante o anúncio - que em geral é um simples comunicado ao mercado, mas desta vez ganhou a pompa de entrevista coletiva do presidente da estatal - Roberto Castello Branco avisou que reajustes a partir de agora serão comunicados em centavos e não mais em variação percentual.
Me parece um uso de sinônimos matemáticos para “disfarçar” o aumento de preço. Se vai colar eu não sei, mas é válida a tentativa para manter a Petrobras independente e ao mesmo tempo acalmar os caminhoneiros, uma categoria que provou no ano passado o seu poder de parar o país e dobrar até mesmo o liberalismo de Temer. Saiba mais sobre a decisão da Petrobras nesta reportagem.

À venda, mas não tudo
Ainda falando sobre a Petrobras, o diretor financeiro da estatal, Rafael Grisolia, afirmou ontem que a petrolífera continuará sendo um importante acionista da BR Distribuidora, mesmo após a conclusão do seu processo de privatização. Hoje, a estatal tem 71% da BR, participação que deve ser reduzida para abaixo dos 50%. Questionado sobre como seria o controle da companhia depois disso, ele disse que está em definição e que a empresa fará anúncios específicos. É aguardar para ver.
O que diabos está rolando na CCJ?
A confusão de ontem na CCJ deve adicionar uma semana ou duas na tramitação da reforma da Previdência. A sessão foi suspensa e o parecer pode ser alterado. Ninguém entendeu direito o que rolou. O Eduardo Campos conta aqui o que está acontecendo nos bastidores.
Leia Também
Navegando em águas misteriosas
A grande sacada de investir em qualquer fundo é exatamente jogar para um gestor especialista a função de selecionar as melhores oportunidades do mercado. Mas o que fazer quando o seu gestor resolve trocar o certo pelo duvidoso? A coluna da Luciana Seabra traz nesta semana o fenômeno do “style drift”, ou quando um gestor de fundos resolve abandonar uma estratégia em que ele é craque para navegar em investimentos desconhecidos. E ainda tem um bônus: a Lu explica quatro cuidados que você deve tomar para fugir dos riscos nesse tipo de situação.
Quando o “hermano” fica doente...
O drama dos nossos vizinhos argentinos deve respingar no Brasil. O Ibre, da FGV, revisou para baixo a estimativa de crescimento da indústria brasileira por causa da queda esperada nas exportações. Nem o pacote anunciado ontem pelo presidente argentino, Mauricio Macri, será suficiente para reduzir os impactos que a recessão de lá tem causado por aqui.
Mais um unicórnio na Bolsa
Prestes a abrir capital, o site de compartilhamento de imagens Pinterest pretende levantar até US$ 1,3 bilhão em seu IPO. Segundo a imprensa internacional, a empresa venderia inicialmente 75 milhões de ações. O valor das ações e detalhes dessa operação você confere aqui.
IR: operações com opções de ações

Muitos leitores perguntaram e a Julia Wiltgen foi atrás dessa informação. Se você fez operações com opções de ações no ano passado, saiba que é obrigado a entregar a declaração de imposto de renda 2019. Para quem já declarou ações, a facilidade será maior porque o processo é parecido com a declaração de opções. Saiba quais passos seguir para não ficar em débito com o Leão.
A Bula do Mercado: cautela antes do feriado
Cautela é a palavra do dia nesta véspera de feriado. Os investidores saem para a pausa prolongada preocupados com o cenário político. Os últimos acontecimentos em Brasília deixam o mercado desconfortável.
Na CCJ, a estratégia da oposição funcionou e a votação do texto da Previdência ficou para a semana que vem. Marcelo Freitas, relator da proposta, deve aproveitar o momento para alterar o seu parecer, antes totalmente favorável ao projeto do governo. Na Petrobras, o aumento do preço do diesel deve colocar "panos quentes" na questão da política de reajuste.
A volta de velhos fantasmas deixa o clima tenso no exterior. A possível assinatura de um acordo entre Estados Unidos e China não animou os investidores, que aguardam mais detalhes sobre o acordo. Um novo teste nuclear feito pela Coreia do Norte também atrapalha os negócios. As principais bolsas da Ásia fecharam no vermelho e Nova York também amanheceu em queda.
Ontem, o Ibovespa fechou com queda de 1,11%, aos 93.284,75 pontos. O dólar encerrou o dia com alta de 0,85%, a R$ 3,9354. Consulte a Bula do Mercado para saber como devem se comportar bolsa e dólar hoje.
Um grande abraço e ótima quinta-feira!
Agenda
Índices
- Estados Unidos publicam dados sobre comércio em março e dados semanais de emprego
- Markit divulga PMIs da Alemanha, zona do euro e Estados Unidos em abril
Balanços 1º trimestre
- Lá fora: Unilever e American Express
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
