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Estadão Conteúdo
Luz no fim do túnel

Depois de um ano, credores aprovam plano de recuperação judicial da Abril

Um dos pilares do plano, que ainda precisa ser aprovado pela Justiça, é a venda da revista Exame

Estadão Conteúdo
27 de agosto de 2019
18:23 - atualizado às 14:29
Sede da Editora Abril na Marginal Tietê, em São Paulo - Imagem: Onildo Lima/ Divulgação

Em reunião realizada nesta terça-feira, 27, os credores do Grupo Abril, dono de revistas como Exame, Veja e Cláudia, aprovaram o plano de recuperação judicial da companhia. Um dos pilares do plano, que ainda precisa ser aprovado pela Justiça, é a venda da revista Exame.

Segundo apurou o 'Estado', o BTG Pactual estaria interessado no ativo, que deverá ser vendido como uma unidade produtiva independente (UPI) em até quatro meses.

A aprovação do plano veio um ano depois do pedido de recuperação judicial, realizado em 15 de agosto do ano passado. Além da venda da revista de economia e negócios do grupo, a Abril também prevê outras duas vendas de ativos: uma em até 20 meses (a unidade produtiva denominada Marginal Tietê, que inclui o edifício onde funciona a companhia) e outra em até 36 meses (a UPI Campos do Jordão).

A venda da Exame e de imóveis servirá para pagar os credores de menor porte, de até R$ 10 mil. Já as pessoas físicas e jurídicas que têm dívidas de mais de R$ 100 mil a receber tiveram de aceitar um desconto superior a 90% em seus débitos.

Desde 17 de abril, o empresário Fábio Carvalho, que já participou de processos de recuperação judicial relevantes no passado, como o da varejista fluminense Casa & Vídeo, é o novo presidente da Abril. Desde então, ele vem trabalhando para conseguir angariar apoio ao plano de recuperação da empresa, cuja votação foi adiada diversas vezes. Nesta terça-feira, porém, conseguiu aprovação de 92% dos detentores de créditos.

Embora o BTG não comente oficialmente a intenção de compra da Exame, a revista serviria para o banco montar uma plataforma de notícias sobre finanças e negócios no estilo do Infomoney, da XP Investimentos. O BTG inclusive já teria contratado uma executiva para tocar o novo projeto.

Débitos bilionários

As dívidas da companhia, no momento do pedido de recuperação judicial, somavam R$ 1,6 bilhão e eram consideradas "impagáveis" por fontes de mercado. Como seria impossível quitar todos os débitos, o jeito foi firmar um acordo em que credores abrissem mão de recursos em nome da manutenção da viabilidade econômica do negócio.

Como em outras recuperações judiciais, a ideia foi preservar pelo menos a chance de a companhia, no futuro, pagar pelo menos uma pequena parte do que deve.

Carvalho havia anunciado em dezembro de 2018 a compra de 100% do Grupo Abril. Ele pagou um valor simbólico, de R$ 100 mil, pelo negócio que concentra as principais revistas do País.

A reestruturação da companhia teve a participação da Alvarez & Marsal, consultoria especializada em negócios em dificuldades financeiras.

Na época, em entrevista ao 'Estado', Carvalho disse que a Abril ainda não gerava receitas suficientes para pagar suas obrigações, apesar da reestruturação capitaneada pela consultoria americana Alvarez & Marsal ao longo do ano passado.

Para garantir o equilíbrio do negócio no curto prazo, Carvalho disse à época que pretendia injetar R$ 70 milhões em dinheiro novo na Abril, em forma de financiamento do BTG.

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